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sábado, 6 de setembro de 2025

Programa de Incubação do Metrópole Parque abre inscrições para startups

 Edital oferece oito vagas na modalidade remota. Inscrições encerram em dezembro

O Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque) abriu hoje, 1º de setembro, um novo ciclo de inscrições para seu programa de incubação e pré-incubação de empresas. O processo segue com formação de ciclos de avaliação até 28 de dezembro e oferece oito vagas, todas na modalidade remota (não residente).

A seleção segue as diretrizes do Edital Nº 01/2025 e as inscrições podem ser realizadas mediante formulário on-line disponível no site do Metrópole Parque. Após o preenchimento, será gerada uma Guia de Recolhimento da União (GRU) com taxa de R$ 100.

Para a etapa de pré-incubação, podem se inscrever empreendedores que ainda não possuam empresas formalizadas e que tenham um protótipo funcional com potencial de se tornar um negócio de tecnologia de informação.

Já na etapa de incubação, podem se inscrever empresas formalizadas que possuam produto ou serviço em fase de comercialização no mercado. As startups também devem apresentar produtos ou serviços inovadores na área de TI, comprovando faturamento.

Uma vez selecionados, os empreendedores passam a integrar o programa de incubação do Metrópole Parque. A associação não residente garante o acesso, de maneira remota, aos benefícios da incubadora – como consultorias, assessorias e suporte técnico – não abrangendo a instalação física da empresa na sede do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).

Seleção

O processo é organizado em ciclos de avaliação: após a confirmação do pagamento da primeira inscrição, será iniciado um prazo de 15 dias corridos para que novos projetos submetidos sejam avaliados em conjunto no respectivo ciclo de avaliação, respeitando o limite de vagas de cada etapa do programa.

As propostas inscritas passarão por duas etapas: análise documental e avaliação da proposta. Na primeira, será verificado se os candidatos atendem aos requisitos do edital. Já na segunda, uma comissão de especialistas analisará a formação e a disponibilidade dos empreendedores, além do potencial de mercado da solução ou negócio apresentado.

Para mais informações, acesse o edital completo no site do Metrópole Parque.

Assessoria de Comunicação do Metrópole Parque (IMD/UFRN)

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Tecnologia promove independência funcional em atividades simples

 Tecnologia da UFRN promove independência funcional em atividades simples

Passar slides em uma apresentação qualquer é uma atividade relativamente simplista, bem como manusear o controle remoto de uma televisão. Mas e para quem tem dificuldades na chamada “motricidade fina” dos dedos? Pensando na dificuldade enfrentada por pessoas com paralisia de membros superiores, paralisia cerebral, acidente vascular ou até com lesão medular, um grupo de cinco pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Santos Dumont (ISD) desenvolveu um equipamento denominado “Passador de slides para pessoas com deficiências motoras”, que auxilia pessoas com dificuldades de realizar movimentos precisos e delicados utilizando os músculos menores do corpo, como os das mãos e dedos.

Nele, com o auxílio de dois botões conectados sem fio ao computador, pessoas com deficiência podem utilizar qualquer parte do corpo para controlar a apresentação de slides durante uma palestra ou aula. Assim, o dispositivo pode ser posicionado ou colocado sobre uma mesa, cadeira ou mesmo no piso. Dessa maneira, a pressão nos botões pode ser feita com qualquer parte do corpo, como mãos, cotos em amputados e pés. “Os controles comerciais de passar slides são inviáveis para quem não consegue controlar movimentos finos dos dedos, segurar um controle ou mesmo que não tenha partes do membro superior”, descreve José Carlos Gomes da Silva, um dos inventores envolvidos.

Ele destaca que o material do suporte dos botões do passador pode ser confeccionado em diferentes tipos, para permitir flexibilidade e ser acomodado em superfícies côncavas ou convexas, ou mesmo em material rígido para superfícies planas. Inclusive, os botões arredondados podem ter diferentes alturas para se adequar à necessidade da pessoa com deficiência. Esse aspecto é uma das singularidades da invenção. “A faz diferir dos dispositivos de apresentação disponíveis no mercado, pelo fato de realizar o passar dos slides com botões grandes e separados, mesmo para quem não possui controle motor fino, enquanto os apresentadores sem fio similares exigem controle motor manual fino. Assim, permite que pessoas com deficiência possam fazer palestras ou aulas sem depender de outra pessoa para controlar os slides, e o dispositivo também pode controlar outros equipamentos eletrônicos, como uma smart TV”, pontua José Carlos.

Professor da UFRN, Paulo Moreira Silva Dantas salienta que não há no mercado, nem em pesquisas científicas, um passador de slides que seja adaptado para pessoas sem coordenação motora fina. Ele retrata que o dispositivo criado é composto por um suporte confeccionado em material rígido ou flexível para se adaptar à superfície de apoio do usuário, dois botões com tamanhos e resistências variadas, para facilitar o pressionar do usuário de acordo com a deficiência motora; e o microcontrolador sem fio que transmite os comandos para controlar a apresentação dos slides. Paula Dantas destaca que, com essa concepção, o dispositivo pode ser customizado para atender diversas necessidades.

Ele cita que atualmente existem teclados de computador adaptados para pessoas com deficiências, mas não existe um passador de slides para pessoas com deficiência utilizarem durante apresentações com slides em salas de aula e auditórios. Os teclados adaptados exigem coordenação motora fina e limitam o uso de slides durante a apresentação da pessoa com deficiência.

Além de Paulo Dantas e José Carlos, participaram do desenvolvimento da invenção Cícera Bruna Silva de Sousa, Edgard Morya e Luiz Henrique Bertucci Borges, cientistas também vinculados ao Programa de Neuroengenharia do ISD. O pedido para proteção intelectual do equipamento foi feito no mês de julho, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão nacional responsável pela análise e concessão de patentes, bem como pela emissão de registros de computador.

O grupo de pesquisadores identifica que o dispositivo surgiu da necessidade de uma pesquisadora em tecnologia assistiva que é palestrante – inclusive, o protótipo foi testado e está em funcionamento. Segundo eles, o próximo passo é fazer equipamentos com mais opções de controle, para aumentar as funcionalidades de acordo com a deficiência. Edgard Morya, gerente do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), instituição à qual o ISD é vinculado, realça que os inventores do Instituto e da UFRN compartilham o desenvolvimento em tecnologias assistivas, desde a parte científica até a necessidade de resolver problemas reais de quem está precisando de soluções.

É um contexto que abarca também a quantidade de pessoas, número de ações e de patentes de um grupo de pesquisa: o de Atividade Física e Saúde (Afisa). Formado pela aliança entre graduandos em Educação Física, Fisioterapia e Nutrição, além de mestres e doutores em Educação Física e em Ciências da Saúde, a Afisa tem como base de sustentação seis linhas de pesquisa: saúde e indicadores biofísicos e culturais na motricidade humana; atividade física e qualidade de vida em portadores de necessidades especiais; atividade física, qualidade de vida e estilo de vida; descoberta de talentos esportivos; herdabilidade e aptidão física; e bioquímica da nutrição no contexto do exercício.

A junção de teoria e prática, ensino, extensão e pesquisa, casada com a inclinação de enxergar a inovação como aspecto de crescimento da importância científica da instituição, contribuiu para a existência de um rol de novas tecnologias que se alargou a ponto de despertar o interesse de grupos europeus pelas pesquisas desenvolvidas. “A gente não foca apenas em um equipamento, a gente foca em soluções, tendo em vista que o nosso grupo é um grupo de estudos e pesquisas em tecnologias de saúde. Então estamos também com outras demandas, de outros problemas, que a gente está desenvolvendo outras soluções”, descreve Paulo Moreira Silva Dantas.

Como exemplos da produtiva parceria científica existente, a UFRN e o ISD são cotitulares de quase uma dezena de pedidos de patenteamento de descobertas científicas. Uma delas busca patentear um invento que promete facilitar a identificação precoce da Esclerose Lateral Amiotrófica. Outra trata-se de um aparelho que possibilita maior independência a pessoas que têm alguma patologia ou que sofreram algum acidente que as impossibilite de realizar certos movimentos por falta de força muscular nas pernas. Outro pedido realizado é de um jogo virtual que treina pessoas com lesão medular para o uso de cadeiras de rodas motorizadas. “Parcerias institucionais como esta com a UFRN reforçam o compromisso do ISD em desenvolver soluções inovadoras e de baixo custo, capazes de ampliar o acesso a novas tecnologias com potencial para gerar impacto social para a população”, contextualiza Edgard Morya.

A tecnologia passa a compor a Vitrine Tecnológica da UFRN, grupo de tecnologias protegidas formado por Programas de Computador e Patentes, totalizando atualmente mais de 800 ativos. Essas invenções podem ser acessadas pelo site da Agência de Inovação (Agir) da UFRN: www.agir.ufrn.br. A Agência é responsável pela gestão da propriedade intelectual dessas inovações, bem como pelo apoio aos ambientes promotores de inovação, como incubadoras, parques e polos tecnológicos. O objetivo desse entrelaçamento funcional é ampliar a capacidade inovadora e empreendedora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, permitindo que projetos com potencial comercial sejam transformados em benefício para a sociedade, por meio de empresas, novos produtos ou patentes.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN/

Foto: Cícero Oliveira


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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Pesquisa usa resíduo de salinas para produção de hidrogênio e água sanitária

 Pesquisa da UFRN usa resíduo de salinas para produção de hidrogênio e água sanitária

Um grupo de cinco inventores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu um caminho adicional para a produção de hidrogênio, um combustível limpo, e para a fabricação do hipoclorito de sódio, a popular água sanitária. A geração dos produtos ocorre a partir de uma solução concentrada de cloreto de sódio, presente no efluente salino, por meio de um processo eletroquímico. O sistema proposto inclui etapas de pré-tratamento da água, nas quais um fluxo de água do mar é processado para gerar um fluxo de alimentação pré-tratado, baseado em água salobra. Portanto, a proposta evita o uso de água potável para a produção de hipoclorito.

“O nosso grupo de pesquisa foca no tratamento de efluentes industriais ricos em cloreto. Inicialmente, tratamos água produzida da indústria do petróleo para gerar hidrogênio. Essa experiência nos levou a trabalhar com o rejeito da indústria salineira, uma água de composição menos complexa, mas com alta concentração de sais, utilizando reatores híbridos. Desse rejeito, produzem-se simultaneamente hidrogênio e hipoclorito, commodities com diversas aplicações, como desinfetantes, tratamento de água e branqueamento de tecidos”, explica Elisama Vieira dos Santos.

Orientadora da pesquisa que resultou na tecnologia, Elisama frisa que o eixo central da invenção é a concepção de um sistema híbrido para a produção de hipoclorito de sódio e hidrogênio, a partir de águas salinas oriundas de rios, lagos, poços, água do mar, resíduos de salmoura provenientes da indústria salineira ou de processos de osmose reversa. Ela destaca que o produto (eletrolisador híbrido) pode ser aplicado em setores como o energético, tecnologias offshore de geração de energia, combustíveis, petroquímica, dentre outras subáreas, como têxtil, desinfecção de águas, como em estações de tratamento de esgoto, e superfícies.

A invenção teve seu pedido de proteção industrial depositado no mês de junho pela UFRN junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e recebeu o nome de “Sistema para a geração de hipoclorito de sódio por meio de fluxo de reciclagem de água salina combinado com a produção de hidrogênio”. Além de Elisama, são autores do estudo Karen Giovanna Duarte Magalhães, Luis Felipe Silva de Miranda, Jussara Câmara Cardozo e Carlos A. Martínez-Huitle. A pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Eletroquímica Ambiental e Aplicada, fazendo parte de uma dissertação de mestrado em Engenharia Química, vinculada também ao programa de pós-graduação em Química.

O grupo de cientistas pontua que a tecnologia está inserida em um contexto no qual diversas iniciativas estão impulsionando a implantação de energias renováveis em grande escala. Dentre elas, as metas de neutralidade de carbono propostas por diferentes países, a crescente participação global em resposta às mudanças climáticas e o desenvolvimento acelerado da economia verde na era pós-Covid. “Pensamos que, intrínseco ao estudo, estão os temas sustentabilidade e meio ambiente, crise hídrica e economia circular”, salienta Karen Magalhães, aluna da pós-graduação e orientanda de Elisama.

Ela identifica que, ao utilizar como matéria-prima um rejeito industrial, como o efluente salino, transformando-o em um produto útil, os pesquisadores buscam novas soluções na área de produção de energia e água, com o hidrogênio como vetor associado. Karen defende que o invento tem caráter inovador por conectar dois segmentos industriais: um, com a produção de espécies oxidantes, tal como o hipoclorito de sódio, uma possibilidade de tratamento de efluentes que apresentem alta salinidade; o segundo, com o hidrogênio, que é um combustível limpo.

Outro aspecto é que a produção de hidrogênio por eletrólise da água, utilizando energia renovável, permite a geração de hidrogênio com emissões reduzidas de CO₂, contribuindo para a transição energética sustentável. Além disso, considerando a crescente escassez de água doce no planeta, o uso de águas salinas e residuárias tem se mostrado uma alternativa promissora para a produção de hidrogênio verde, impulsionando o avanço da indústria.

Com relação ao hipoclorito, amplamente conhecido como água sanitária e cuja fórmula química é NaClO, é bastante utilizado na indústria devido às suas propriedades oxidantes, desinfetantes e branqueadoras. As aplicações vão desde a desinfecção de hospitais, laboratórios, indústrias alimentícias e piscinas, além de ser utilizado na produção de papel e celulose e no branqueamento de tecidos na indústria têxtil. Suas múltiplas aplicações destacam sua importância como um componente versátil e essencial em diversos setores industriais.

Carlos Martínez-Huitle fala também que, além disso, essa patente representa um avanço para as tecnologias de produção offshore, ampliando as possibilidades de exploração sustentável dos recursos hídricos disponíveis. Nesse sentido, a inovação da presente invenção consiste em um processo que utiliza um dosador atuando como corrente de reciclo de efluentes salinos para favorecer a produção de hipoclorito de sódio e a simultânea produção de hidrogênio. “Nosso grupo possui quinze anos de expertise em processos eletroquímicos e no design e construção de reatores, com uma destacada capacidade de desenvolver e produzir eletrolisadores internamente, de peças ou equipamentos completos, situação que contrasta com a dependência brasileira de tecnologia importada para a produção de hidrogênio verde”, destaca Martínez-Huitle.

Mexicano radicado no Brasil há quase duas décadas, ele descreve que o sistema compreende um reator eletroquímico de dois compartimentos separados; dois eletrodos, que se conectam com uma fonte de energia elétrica; uma entrada e uma saída de efluente; uma saída de gás; e demais peças vedadas. “São quatro etapas interligadas, que foram ajustadas para potencializarmos a relação entre a produção do hipoclorito de sódio para cada litro de solução salina utilizada”, enfatiza Martínez-Huitle.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

Foto: cícero Oliveira/UFRN


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sábado, 23 de agosto de 2025

Nova tecnologia em nova rota para a produção de hidrogênio e adoçantes

 UFRN cria tecnologia em nova rota para produção de hidrogênio e adoçantes

Uma invenção que pode ser aplicada no processo de armazenamento e produção de hidrogênio e, ainda que pareça inusitada, também pode ser útil na capacidade de transformar a lactose do soro de leite (um subproduto da indústria de laticínios) em lactitol, um adoçante anticariogênico e de baixo teor calórico. Não bastasse, é potencialmente eficiente no tratamento ambiental de resíduos do petróleo. Este é o resultado que gerou o mais novo depósito de pedido de patente feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no mês de julho.

As funcionalidades ocorrem em virtude das características presentes no carbeto de mononíquel (NiC), novo material cujo desenvolvimento é o resultado da dissertação de mestrado de Fábio André Moura Nóbrega, um dos cientistas envolvidos na pesquisa. Fábio identifica que os objetivos principais do método são apresentar uma alternativa tecnicamente e economicamente viável para a produção de carbeto de mononíquel, que seja facilmente ampliada para escala industrial, propondo uma alternativa mais simples e com menos operações unitárias que os demais métodos. Assim, cria-se um catalisador voltado para aplicações como produção de hidrogênio e de células de combustível.

“Simultaneamente, permitindo controle sobre os tamanhos de partícula, morfologia e fase cristalina do material produzido, obtendo carbeto de níquel em escala nanométrica, com estrutura cristalina cúbica e alto teor de pureza. Por conseguinte, gerando grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais para nossa região”, lista o egresso do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Um número aumentado dessas operações unitárias está intimamente associado ao custo desses processos, os quais se tornam, por vezes, inviáveis. Além disso, a quantidade afeta as questões de segurança de processos, que se tornam sucessiva e exponencialmente mais complexas.

Além de Fábio, participaram dos estudos que resultaram no pedido de patenteamento André Luis Lopes Moriyama, Camila Pacelly Brandão de Araújo, Carlson Pereira de Souza e Ila Gabriele Diniz Dias de Azevedo. O depósito recebeu o nome de “Processo de obtenção de carbeto de mononíquel nanométrico em reator de leito fixo por reação gás-sólido”. O grupo pontua que os estudos de carbetos de metais refratários vêm ganhando atenção devido às propriedades que esses materiais apresentam, tais como elevado ponto de fusão, alta dureza, alta estabilidade térmica, alta resistência à corrosão e atividade catalítica, fotocatalítica e eletrocatalítica. A conjunção dos atributos os torna atrativos para indústrias diversas, como catálise (quando se quer controlar a velocidade de uma determinada reação entre substâncias), produção de sensores e produção de materiais semicondutores.

Orientadora do estudo, a professora Camila de Araújo frisa que os testes iniciais foram realizados em escala laboratorial, com planos para ensaios futuros em uma planta maior. Ao todo, foram realizados mais de 50 ensaios. Ela destaca também que a pesquisa foi desafiadora devido à pouca literatura existente sobre o carbeto de mononíquel e seu processo de obtenção, que se mostrou inovador. O produto final, considerado o protótipo da invenção, é um pó escuro, com fina granulação.

“Exemplos de diferenciais são o custo-benefício e a segurança, pois a tecnologia utiliza níquel, um metal mais abundante e barato que os materiais nobres como platina e paládio, usualmente empregados em catalisadores, e é considerado mais seguro operacionalmente que o níquel de Raney, que é explosivo”, explica a docente da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT). Camila de Araújo complementa que a pesquisa que Fábio desenvolveu sob sua orientação é voltada para aplicações relevantes na área de transição energética. Ela identifica que, recentemente, a ECT aprovou a criação de um novo Programa de Recursos Humanos (PRH) da Universidade, junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Ela descreve que a expectativa é que a criação e consolidação desse PRH na ECT intensifique o desenvolvimento de mais pesquisas de qualidade e impacto para esse setor de transição energética. O PRH é um programa fomentado pela ANP e voltado para formar pessoas para a área de transição energética, conceito que atualmente abrange as iniciativas especificamente da área de petróleo.

Química, física e engenharia

Para se chegar ao resultado final, alguns conhecimentos precisaram ser ativados. A produção de carbeto de níquel foi feita através de reação heterogênea do tipo gás-sólido, entre um sólido de nitrato de níquel calcinado e carvão ativado, e os gases metano e hidrogênio, em um reator. Em seguida, quatro etapas principais: dentre elas, um “tratamento térmico” ao qual o nitrato de níquel é submetido; do resultado, mistura e homogeneização do pó calcinado com carvão ativado; após, adição de carbono, em condições específicas de reações químicas e físicas diversas; ao fim, resfriamento do material.

Dessa conjunção de saberes, Camila Pacelly Brandão de Araújo enfatiza a importância da forte colaboração interdepartamental na UFRN, em um entrelaçamento de saberes de pesquisadores do Departamento de Engenharia Química e da Escola de Ciência e Tecnologia, com um enlace de conhecimento de áreas como química, física e engenharia.

Na perspectiva específica, o grupo vem desenvolvendo uma cooperação científica internacional com instituições da França, Inglaterra e Canadá. Isso porque o desenvolvimento do estudo foi realizado no âmbito do Laboratório de Materiais Nanoestruturados em Reatores Catalíticos, unidade com pesquisas atualmente baseadas em anos de expertise do grupo em carbetos e com conexões para além das fronteiras nacionais. O produto da patente, bem como outros frutos de pesquisas no laboratório, deverão ser testados nessas universidades.

Por Wilson Galvão - Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

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Foto: Cícero Oliveira/UFRN


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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Dispositivo odontológico de baixo custo traz mais precisão ao diagnóstico em tratamentos complexos

 Dispositivo odontológico da UFRN traz mais precisão ao diagnóstico em tratamentos complexos

Um novo dispositivo para a área odontológica, de fácil manuseio e utilização, custo baixo e alta reprodutibilidade, foi objeto de pedido de patente no mês de junho por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Com ele, é possível medir a quantidade de dente anterior que fica exposto em uma posição que os profissionais chamam de repouso — posição representada pelos músculos da face relaxados, com os dentes sem contato. A professora Adriana da Fonte Porto Carreiro, orientadora do projeto que resultou na invenção, explica que o dispositivo pode ser utilizado em todas as áreas odontológicas que tenham interesse em mensurar com precisão a exposição da coroa dos dentes incisivos superiores ou inferiores, já que, quando adaptado no dente, permite medir a quantidade de exposição de dentes anteriores.

“É um dispositivo intraoral, ou seja, usamos dentro da boca do paciente. Ele permite mensurar e acompanhar modificações faciais e dentárias, como as que ocorrem com o envelhecimento, que provocam a diminuição da exposição dos incisivos superiores e o aumento da exposição dos incisivos inferiores. Essa alteração, com o envelhecimento, transforma desde a oclusão até o sorriso”, pontua Adriana Carreiro.

A docente Hallissa Simplício, coorientadora do projeto, lista outro exemplo de aplicação nas áreas de Cirurgia e Ortodontia: nos casos de cirurgia ortognática, indicada para melhorar a função mastigatória, respiratória e a estética facial. Nessa situação, o planejamento da cirurgia é norteado pela posição dos dentes anteriores superiores, o que torna a mensuração essencial. Outra situação é em casos de harmonização facial, em que o dispositivo é útil para o acompanhamento dos procedimentos estéticos faciais que alterem a posição dos lábios. Simplício frisa que o dispositivo consegue fornecer as informações para guiar o plano de tratamento e indicar a necessidade de correções da posição dos dentes, seja com procedimentos reabilitadores, com ortodontia ou com a combinação de especialidades.

Egressa do Programa de Pós-Graduação em Clínicas Odontológicas, do Departamento de Odontologia da UFRN, Marina Bozzini Paies acrescenta outros exemplos de aplicação do equipamento: na reabilitação oral e na área de Dentística, onde pode justificar ajustes estéticos e quantificar o incremento necessário para tratamentos estéticos que sugerem a jovialidade do paciente, ou ainda na área acadêmica, possibilitando comparações precisas em pesquisas científicas clínicas, com padronização e alta reprodutibilidade.

“Parece fácil medir com precisão a exposição de dentes anteriores. A dificuldade está relacionada ao fato de que, com métodos convencionais, ao aproximarmos a régua ou o paquímetro dos lábios e dentes, o paciente reage involuntariamente com contração muscular, alterando a quantidade de exposição dos dentes. Destaco ainda que esta invenção é inovadora devido ao fato de permitir quantificar com precisão os casos em que o lábio cobre totalmente os dentes anteriores. Mensurar essa diferença entre a borda incisal do incisivo e o lábio, em casos orto-cirúrgicos, é uma dificuldade que o cirurgião Ruy Veras Filho, também inventor do dispositivo, enfrentava clinicamente. Usualmente, essa medida é feita de forma extraoral, com paquímetros ou réguas convencionais, o que exige a atuação de dois operadores. O nosso dispositivo de mensuração intraoral se torna inovador por reduzir a necessidade de outro profissional para conferir a mensuração, tanto em casos de conferência clínica imediata quanto em casos de avaliação por aquisição fotográfica para realizar a medição, já que o profissional consegue fazer isso sozinho, pois não é necessário segurar este dispositivo na boca do paciente”, circunstancia Marina Paies.

Além das três, integram o grupo de inventores Lucas Cavalcante de Sousa, Anne Kaline Claudino Ribeiro e Ruy Veras Filho. O pedido de patente recebeu o nome de “Dispositivo intraoral para mensuração de exposição de dentes anteriores”. Os protótipos desenvolvidos foram impressos em resina e estão em processo de ajustes finos, melhoria de impressão e produção em aço cirúrgico. Segundo o grupo de pesquisa, o intuito é verificar a forma mais prática e menos onerosa de ser comercializado. Eles descrevem que o dispositivo é uma peça única, rígida, de vinte milímetros em seu maior comprimento, que pode ser fabricada em aço cirúrgico ou por impressão 3D de alta precisão com resinas, como foi o caso do protótipo. Por fim, os inventores salientam que o dispositivo oferece uma medida crucial para a análise facial e dentária, um momento minucioso, o qual atualmente não conta com um dispositivo similar para aferição.

Patenteamento

Na UFRN, o primeiro passo para os interessados em proteger a tecnologia é fazer a notificação de invenção dela. O procedimento ocorre no próprio sistema SIG, na aba Pesquisa. Os passos seguintes recebem o acompanhamento da Agência de Inovação da Reitoria (Agir). Dessa maneira, a Universidade procura garantir aos seus cientistas suporte no processo de pedido, auxiliando na escrita e até em questões burocráticas, como a responsabilidade pelo pagamento de taxas. Assim, uma série de atividades necessárias à existência da patente, como a quitação de anuidades, o pedido de exame e a concessão do pedido, são exemplos de atribuições da UFRN, especificamente da Agir.

O ponto culminante é a concessão da patente. Também chamada de Carta Patente, é um documento concedido pelo INPI após análise sobre, entre outros aspectos, os requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. A carta é um ato administrativo declarativo e confere a seu titular a exclusividade de uso, comercialização, produção e importação de determinada tecnologia no Brasil.

A caminhada para a concessão de uma patente exige obediência a critérios temporais previstos em lei. Após o depósito, o Instituto guarda o documento por 18 meses em sigilo. Em seguida, o estudo é publicado e fica, pelo mesmo período, aberto a contestações. Passados os três anos, o Instituto parte para a análise em si. Por esse motivo, é comum a concessão ocorrer após quatro anos do depósito.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Pesquisadores obtêm patente de curativo com propriedades de liberação de medicação

 Pesquisadores da UFRN obtêm patente de curativo com propriedades de liberação de medicação

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o patenteamento definitivo de uma fita cerâmica com aparência similar a um curativo, como os da marca ‘band-aid’, capaz de, ao ser colocada em uma ferida, liberar uma medicação gradualmente, auxiliando na cicatrização.

O grupo de cientistas envolvidos é composto por Sibele Berenice Castellã Pergher, Anna Karla de Carvalho Freitas, Iane Maiara Soares de Souza, Ana Paula da Silva Peres e Wilson Acchar. O depósito da invenção ocorreu no ano de 2017 e recebeu o nome de “Nanocompósito LPM13 para liberação controlada de neomicina a partir do argilomineral paligorskita via tape casting aquoso”. Os pesquisadores identificam que a fita pode ser moldada em diferentes formatos e tamanhos, conforme a necessidade.

Professora do Instituto de Química, Sibele Pergher pontua que o material utilizado no estudo é uma argila chamada paligorskita, também conhecida como atapulgita. “Trata-se de um material natural, abundante e de baixo custo, com propriedades fibrosas e porosas. Nestes poros, inserimos a neomicina, um fármaco que é liberado de forma lenta e controlada no local da ferida. Além da argila e do medicamento, há também um agente ligante e um biopolímero, que conferem maleabilidade e facilitam o uso”, descreve.

O objetivo é que a fita proporcione o tratamento da ferida, liberando o medicamento por um período prolongado, sem a necessidade de aplicações frequentes. Um efeito colateral positivo é que, dessa maneira, o material agride menos a pele, por exemplo, ao reduzir a necessidade de trocas recorrentes de curativos. A fita cerâmica com o antibiótico tende a absorver a umidade, sendo especialmente útil em feridas de difícil cicatrização, como as de pacientes diabéticos. Outro inventor envolvido, Wilson Acchar, salienta que a pesquisa envolveu o teste da tecnologia com o fármaco neomicina, mas ela pode ser aplicada a outros fármacos, o que demonstra a sua versatilidade.

“A tecnologia por trás da fabricação dessa invenção, desenvolvida durante o doutorado de Iane e Anna Karla, otimizou o processo para criar uma fita que pode ser cortada no tamanho desejado e aplicada em um esparadrapo, funcionando de maneira semelhante a um curativo comercial desses encontrados em farmácias. A espessura da fita pode variar dependendo da aplicação desejada, assim como a proporção dos ingredientes utilizados”, identifica o docente da UFRN.

Tecnicamente, o procedimento utilizado consiste na preparação do híbrido paligorskita-neomicina. Uma vez obtido este material, é possível iniciar a preparação da fita cerâmica via tape casting. A suspensão, para tanto, foi preparada através da mistura da paligorskita-neomicina, água destilada, dispersante e etanol, sendo esta colocada sob agitação em um moinho de bolas. Após, são incluídos o ligante, o plastificante, o etanol, o surfactante e o antiespumante. Em seguida, a suspensão é levada novamente para o moinho de bolas.

A colagem da fita é efetuada através do movimento da superfície coletora sob uma lâmina fixa, e a secagem é realizada em temperatura ambiente. Após a fita cerâmica ser produzida, ocorreu a fase de testes, a fim de verificar a capacidade de controle de liberação, o que comprovou que o nanocompósito LPM13 apresentou controle na liberação do fármaco neomicina, sendo de interesse para uso tópico, como curativos, com atividade antimicrobiana.

Entre o depósito e a concessão

“Apesar do tempo decorrido entre o depósito da patente e a expedição da carta patente, estamos trabalhando para dar continuidade ao projeto, visando sua implementação e disponibilização ao público. As desenvolvedoras chegaram a criar uma startup chamada TAPE Care que, embora não tenha avançado, demonstra o potencial do produto. A simplicidade da fita facilita a sua utilização, mas o desenvolvimento exigiu anos de pesquisa para definir a quantidade ideal de fármaco e a sua liberação prolongada”, narra Sibele. A pesquisadora acrescenta ainda a importância de parcerias e aproximações entre grupos de pesquisa, como ocorreu no caso, que juntou pesquisadores da engenharia de materiais e da química. Para Pergher, a interdisciplinaridade otimiza a pesquisa e acelera o desenvolvimento de novos produtos.

“Por exemplo, eu trabalho com a parte de materiais porosos, enquanto que o professor Wilson Acchar tem mais expertise na obtenção de fitas cerâmicas (com várias teses defendidas neste tema), e precisamos também de competências na parte de liberação de fármacos. A gente tem uma patente, com a participação do Artur de Santana Oliveira e Ana Clécia Santos de Alcântara, que é a liberação controlada da olanzapina, substância utilizada no tratamento da esquizofrenia”, pontua Pergher. Essa tecnologia foi também objeto de outra reportagem, cujo acesso pode ser feito clicando aqui.

Juntando as concessões de patente que ambos participaram, Sibele e Achar contam com doze cartas-patente, o que os coloca entre os principais patenteadores da UFRN. Essa é a 97ª concessão da UFRN, número que também a insere em um patamar de relevância regional, sendo a instituição de ensino com mais concessões entre as localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN/84 991936277

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN


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sábado, 26 de julho de 2025

Invenção de equipamento melhora funcionalidade de medição da radiação solar

 Equipamento da UFRN melhora funcionalidades na verificação de radiação solar

Um equipamento para medir a radiação solar, com maior precisão e estabilidade. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou um produto, objeto de um pedido de patente, no mês de junho, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O dispositivo é um tipo de piranômetro, um radiômetro de Equivalência Elétrica com Diferença de Temperatura Constante (REE-DTC). Ele é capaz de mensurar a radiação solar incidente, utilizando dois sensores térmicos, um aquecido e outro em temperatura ambiente. Ele opera mantendo uma diferença de temperatura constante entre eles, o que garante maior precisão e estabilidade na medição.

Denominada “Arquitetura de equivalência elétrica com espelho de corrente cascode e diferença de temperatura constante utilizando termorresistências”, a invenção é fruto do trabalho conjunto de Evandson Claude Seabra Dantas e Sebastian Yuri Cavalcanti Catunda. O primeiro foi responsável pela concepção da arquitetura do dispositivo, desenvolvimento dos cálculos teóricos, seleção dos componentes, modelagem do sistema, simulações e validações. Ele pontua que o sistema é inteiramente analógico e dispensa o uso de microcontroladores ou ajustes manuais, sendo robusto frente a ruídos, variações térmicas e adequado para ambientes externos ou sistemas embarcados.

“Os piranômetros têm amplas aplicações em áreas como energia solar, na avaliação da viabilidade técnica de fazendas fotovoltaicas e calibração do ângulo de instalação dos painéis, também na meteorologia e climatologia, pelo monitoramento da radiação solar para estudos do clima e agricultura, bem como na saúde pública, com a medição da intensidade da radiação solar para alertas de exposição e uso de protetor solar. Em outras palavras, embora passe despercebido pelo público em geral, esse tipo de sensor está presente em fazendas solares, ajudando na gestão da produção de energia; nas estações meteorológicas, auxiliando na previsão do tempo; e em centros de pesquisa, universidades e órgãos de meio ambiente”, enumera Evandson Dantas.

O desenvolvimento do projeto faz parte da tese de doutorado de Evandson, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e cuja orientação foi feita pelo professor Sebastian Catunda, em uma contribuição que abrangeu a definição dos princípios de funcionamento, análise de estabilidade térmica, estratégias de controle, além de acompanhar a construção dos modelos e a redação depositada. “O nosso dispositivo traz uma arquitetura mais moderna, eficiente e robusta, com ampla faixa de operação térmica, ideal para aplicações em diferentes condições climáticas. Ele é mais sensível, confiável e de menor custo em comparação com modelos disponíveis no mercado”, descreve o docente. Ele tem atuado na articulação com o programa de pós-graduação e nas perspectivas de desdobramentos tecnológicos do projeto.

Catunda acrescenta que, atualmente, o grupo de pesquisa tem explorado novas melhorias técnicas que poderão originar novos modelos de utilidade. Segundo ele, essa invenção, somada a outras já desenvolvidas, permitirá criar um piranômetro de alto desempenho, com baixo custo, tamanho reduzido e viabilidade comercial real. O objetivo é levar ao mercado soluções acessíveis tanto para consumidores industriais quanto residenciais, rompendo com os preços atualmente proibitivos desse tipo de equipamento. Essa é o terceiro produto que “virou” pedido de patente; os outros dois, inclusive, foram tema de reportagem anterior, que pode ser conferida clicando aqui. Com protótipos construídos em todas as invenções, a dupla continua em testes com os equipamentos, avaliando o desempenho em diferentes condições ambientais, bem como explorando seu desempenho a longo prazo.

“Essa nova tecnologia representa um avanço ao superar uma limitação dos modelos anteriores, a influência da variação da temperatura ambiente nas medições. A nova perspectiva resultou em um equipamento mais confiável, sensível e adaptável, como frisei anteriormente, o que favorece o uso em escalas comerciais e científicas”, identifica Evandson.

Atuando como profissional há cerca de dois anos junto a empresas do estado de São Paulo, o pesquisador cita que há a expectativa de que a continuação dos estudos gere outros depósitos de pedido de patente. “O patenteamento tem papel essencial na valorização da ciência produzida na universidade. É uma forma concreta de transformar pesquisa em inovação, gerando benefícios para a sociedade, seja por meio do desenvolvimento tecnológico, seja por incentivar colaborações com o setor produtivo”, salienta Evandson.

Patenteamento

O procedimento para um inventor submeter sua descoberta para patentear tem início no próprio Sigaa, na aba Pesquisa, com a notificação de invenção. Após executar esse procedimento, os pesquisadores enviam os dados dos inventores e o texto da patente para o e-mail da Agência de Inovação. Os pormenores seguintes são também acompanhados pela equipe da Agência, bem como os pagamentos de taxas, que são realizados pela Universidade.

O caminho até a concessão propriamente dita demora, usualmente, mais de quatro anos. Nesse período, o INPI avalia se a invenção atende aos critérios de patenteabilidade. O primeiro deles, a novidade, refere-se ao fato de que é algo diferente de tudo o que já existia. O segundo, a atividade inventiva, ocorre sempre que, para um técnico no assunto, a invenção não decorre de maneira evidente. Assim, deve apresentar um grau de criatividade e não ser apenas uma combinação óbvia de elementos já existentes. Por fim, ter uma concessão de patente significa também que ela é passível de aplicação industrial, isto é, pode ser utilizada ou produzida em qualquer tipo de indústria.

Entretanto, ao já fazer o depósito, a tecnologia passa a integrar a vitrine tecnológica da UFRN, grupo de invenções composto pelos pedidos e concessões de patentes e pelos programas de computador que receberam registro do INPI. A lista contém mais de 700 ativos e está disponível para acesso e consulta no site da Agência de Inovação (www.agir.ufrn.br). Dentro da Universidade, a Agência de Inovação (Agir) é a unidade responsável pela proteção e pela gestão desses ativos de propriedade intelectual.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 13400/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN/84 991936277

Foto: Cícero Oliveira/UFRN


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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Sabugo do milho vira composto químico na purificação da água

 

Já pensou em usar o sabugo do milho e transformar em um produto capaz de remover petróleo, corantes e outros poluentes de águas produzidas, comumente chamadas de contaminadas? É o que fizeram Alcides de Oliveira Wanderley Neto, Dennys Correia da Silva, Carlos Eduardo de Araújo Padilha, Elano Costa Silva e Karen Biatriz Lima de Góis, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O grupo usou a lignina, substância encontrada nas paredes celulares das plantas — no caso, do sabugo de milho —, e a alterou quimicamente. Com a inserção de cloreto de colina e peróxido de hidrogênio, popularmente conhecidos como sal amarelo e água oxigenada, respectivamente, alcançaram um composto com propriedades melhoradas para remoção de poluentes de ambientes aquáticos. O processo de modificação acaba por aumentar a porosidade, área superficial e afinidade com contaminantes orgânicos.

Esse composto tem assim alto potencial para aplicação na indústria petrolífera e têxtil, contribuindo para a diminuição dos impactos ambientais causados pela descarga de resíduos líquidos, ao mesmo tempo que agrega valor ao sabugo de milho, uma biomassa amplamente disponível e pouco valorizada.

“Testes demonstraram que as esferas de lignina modificadas apresentam maior eficiência na adsorção de contaminantes quando comparadas a materiais convencionais, como carvão ativado. Além disso, a cinética de remoção revelou elevada afinidade da lignina modificada pelos poluentes, destacando sua viabilidade para aplicações em grande escala”, relata Alcides de Oliveira Wanderley Neto.

Assim, a principal aplicação está no tratamento de efluentes industriais e domésticos, com destaque para ambientes que sofrem com vazamentos de petróleo ou presença de compostos orgânicos. Ou seja, desde indústrias têxteis, cosméticas e alimentícias, no controle de poluentes gerados durante os processos produtivos, até filtros domésticos e purificadores de água, como barreiras extras de proteção contra poluentes orgânicos. Também podem ser aplicadas em laboratórios e hospitais, no tratamento de resíduos líquidos contaminados por substâncias químicas, além da possibilidade de postos de gasolina e oficinas mecânicas usarem para contenção e absorção de óleo derramado.

Não bastasse, o invento é útil em estações de tratamento de esgoto e em áreas sujeitas a acidentes ambientais, como rios e lagos afetados por derramamentos de petróleo, promovendo a descontaminação de forma rápida e sustentável. Elano Costa Silva situa que a tecnologia tem custo reduzido, por ser derivado de um resíduo agroindustrial, o sabugo de milho, e versatilidade, podendo ser adaptado para diferentes tipos de contaminantes com simples ajustes de formulação. Portanto, alia eficiência técnica à viabilidade econômica e ao impacto ambiental positivo.

O desenvolvimento do material representa uma solução inteligente e ambientalmente responsável para a crescente demanda por tecnologias de purificação de água. A percepção a respeito da relevância da patente é ratificada por utilizar resíduos agroindustriais, valorizar a economia circular e reduzir a dependência de materiais sintéticos de alto custo. Ademais, é potencialmente reutilizável, com possibilidade de recuperação do petróleo adsorvido em determinadas condições e contribui para o cumprimento de legislações ambientais e práticas de ESG (ambiental, social e governança) por empresas e instituições.

Elano reforça que o grupo já desenvolveu um protótipo funcional, cujo composto modificado é encapsulado em esferas de um outro composto, o alginato de sódio, formando um sistema poroso e reutilizável. “Esse sistema facilita o manuseio, melhora a eficiência na captura dos poluentes e simplifica sua remoção do meio após o tratamento. A tecnologia está atualmente em fase de validação laboratorial, com testes em diferentes tipos de efluentes e cenários simulados. O próximo passo envolve a escala piloto, com vistas à transferência para aplicação industrial e comercial”, explica Elano, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFRN.

Por causa disso, o grupo de pesquisa está testando novas combinações químicas para ampliar o espectro de poluentes que podem ser adsorvidos, situação que implica em desenvolver versões encapsuladas do adsorvente para facilitar o uso em filtros e colunas de tratamento. “As ações buscam aperfeiçoar e expandir sua aplicabilidade em escala industrial e doméstica, englobando um contexto de avaliação do desempenho do material com contaminantes emergentes, como medicamentos e pesticidas, bem como investigando a reutilização do material e os melhores métodos para regenerá-lo após o uso, o que aumenta a sustentabilidade do processo”, descreve outro dos cientistas envolvidos, Dennys Correia.

Nesse percurso de testar novas possibilidades e avançar no grau de progresso que uma investigação científica ou tecnológica faz ao longo do tempo, desde a concepção inicial até a sua aplicação ou implementação, Dennys acredita que o patenteamento é um ponto importante, em virtude de alguns aspectos. “Primordialmente, a trajetória científica e tecnológica do grupo de pesquisa é impactada. Para além disso, é um instrumento de valorização da pesquisa aplicada, conectando universidade e mercado, e uma ferramenta de fomento à inovação ao mostrar como é possível transformar conhecimento em soluções práticas. Outros pontos são que a patente é um caminho de promoção da visibilidade acadêmica, facilitando colaborações interinstitucionais e atraindo investimentos, e, por outro lado, contribui para a formação de profissionais empreendedores preparados para gerar impacto positivo na sociedade por meio da ciência”, finaliza.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN-84 991936277

Foto: Cícero Oliveira/UFRN

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sábado, 12 de julho de 2025

Invento: Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

 Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

Wilson Galvão – Agir/UFRN

Transformar a coroa do abacaxi em um material sustentável, com propriedades físicas adequadas para que o produto seja utilizado na fabricação de sacolas ecológicas, utensílios descartáveis, películas para proteção de superfícies e laminados leves. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou pedido para patenteamento, cujo nome é filmes poliméricos biodegradáveis à base de coroa de abacaxi (ananas comosus (l) merr.), seu processo de obtenção e seus usos.

A invenção é resultado da tese de doutorado de Meyrelle Figueiredo Lima, que liderou os experimentos e o desenvolvimento das formulações no laboratório. A cientista destaca que os filmes poliméricos desenvolvidos apresentam facilidade de produção com baixo custo, partindo de um resíduo agroindustrial frequentemente descartado e abundante, promovendo sustentabilidade aliada à viabilidade econômica. “Ao invés de ser um descarte sem valor, a coroa do abacaxi se torna matéria-prima de um material ecológico, renovável e funcional, promovendo a economia circular”, frisa. 

Este é o segundo depósito de patentes de Meyrelle. O primeiro, formulações contendo óleo de copaíba (copaifera officinalis l) e seu processo de obtenção, era uma formulação inédita na área  cosmecêutica — junção dos nomes cosmética e farmacêutica — uma emulsão, cujo princípio ativo é o óleo de resina de Copaíba. A reportagem sobre essa descoberta pode ser acessada clicando aqui.

A invenção pode ser usada em que?

Os filmes desenvolvidos podem substituir o plástico convencional em uma ampla gama de aplicações, especialmente em produtos de uso único, que são os principais vilões da poluição ambiental. Um dos inventores envolvidos, Dennys Correia da Silva, lista que, no cotidiano, podemos vislumbrar a aplicação desses filmes no embalamento de cosméticos artesanais ou naturais, como sabonetes, cremes e shampoos sólidos, substituindo plásticos; na confecção de sacolas entregues por comércios conscientes, como feiras orgânicas ou lojas sustentáveis; na produção de recipientes biodegradáveis para produtos de higiene hospitalar ou kits de hotelaria ecológica. “Até mesmo como filmes agrícolas para proteção de mudas e sementes, contribuindo para uma agricultura mais limpa, essas aplicações mostram como um resíduo que antes iria para o lixo pode, por meio da tecnologia, ganhar um novo propósito e ajudar a mudar o mundo ao nosso redor”, complementa.

Orientador do estudo, o professor do Instituto de Química e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Alcides de Oliveira Wanderley Neto, acrescenta que há um ponto essencial para a relevância da invenção: uma contribuição tríplice — ambiental, social e econômica. Ele explica que, ambientalmente, isso se dá pela redução do descarte de resíduos agroindustriais e a dependência de plásticos sintéticos, promovendo materiais que se degradam naturalmente e mais rápido. Socialmente, pode gerar novas oportunidades de renda para as comunidades produtoras de abacaxi, valorizando a cadeia produtiva local. Enquanto que, economicamente, apresenta um baixo custo de produção e potencial de escalabilidade industrial, com apelo ecológico para mercados que exigem sustentabilidade.

“Já temos amostras laboratoriais dos filmes com características promissoras. Agora, a equipe está na fase de validação técnica, realizando testes adicionais para avaliar o desempenho e a escalabilidade. O próximo passo é desenvolver um protótipo com características padronizadas, o que permitirá rodadas de testes com parceiros potenciais da indústria e futuros pedidos de fomento para a produção em escala piloto. Em resumo, trata-se de uma tecnologia verde com alto impacto positivo no presente e no futuro”, contextualiza o docente.

Além de Meyrelle, Dennys e Alcides, completa o time de inventores os pesquisadores Wanderley de Oliveira Bezerra e Domingos Fabiano de Santana Sousa. O primeiro participou da coleta de dados e da produção experimental dos filmes, enquanto o Domingos, ao lado de Dennys e Alcides, contribuiu, sobretudo, na orientação científica,  análise dos resultados e redação técnica da patente. Para o grupo, as patentes são marcos fundamentais na ciência aplicada. “O processo de patenteamento representa o reconhecimento do caráter inovador e aplicável de uma pesquisa, protegendo a autoria, abrindo portas para parcerias com o setor produtivo e, além disso, ao ser publicada, a patente disseminará conhecimento técnico e científico, servindo de base para novas pesquisas e soluções”, ressalta Dennys Correia.

Os experimentos ocorreram no Laboratório de Tecnologia de Tensoativos, localizado no Instituto de Química, no Campus Central da UFRN. Lá, atualmente, a equipe de pesquisa está expandindo os estudos para desenvolver novos biopolímeros biodegradáveis a partir de outras matérias-primas renováveis e resíduos agroindustriais. “A ideia é testar diferentes composições que otimizem propriedades como resistência mecânica, flexibilidade, transparência, estabilidade térmica e tempo de degradação. Esses esforços complementam diretamente a invenção já patenteada, mostrando que a tecnologia pode ser ampliada e adaptada às outras necessidades industriais e ambientais, como aplicações agrícolas, médicas ou até  impressão 3D com materiais verdes”, salienta o professor Alcides.

Fotos: Cícero Oliveira – UFRN


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Oportunidade: Programa do IMD abre 55 vagas para cursos gratuitos em tecnologia

 Inscrições vão até 20 de julho e são para público externo à UFRN

O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) abriu inscrições nesta semana para o seu Programa de Estudos Secundários (PES). Iniciativa que oferece formação gratuita em temas ligados à tecnologia, o Programa está disponibilizando 55 vagas, destinadas a pessoas que não possuem cadastro ativo em cursos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Os interessados em concorrer às vagas deverão já possuir uma graduação, estar cursando uma ou mesmo já ter iniciado um curso superior, mesmo que não o tenha concluído. As inscrições abertas até o dia 20 de julho acontecem exclusivamente pela seção “processos seletivos – formação complementar” do SIGAA da UFRN. Para se inscrever, o candidato deverá anexar, em formato PDF, documentos como cópia do diploma ou certificado de conclusão, histórico de graduação, documento de identificação com foto e CPF.

As oportunidades são para cursos em Bioinformática, Ciência de Dados, Inovação e Empreendedorismo, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas e Jogos Digitais. Cada curso conta com cinco vagas, com exceção do curso de IA, que conta com 30 vagas. A taxa de inscrição é de R$ 70. Após a escolha do curso, não será possível realizar alterações na formação selecionada ao longo do período letivo.

As aulas serão presenciais, com horários que poderão variar a cada semestre, de acordo com a disponibilidade de infraestrutura e equipe docente.

Regido pelo Edital nº 001/2024, o PES possui processo seletivo composto por uma Prova de Conhecimentos Específicos, de objetivo ambiental. A avaliação abordará conteúdos teóricos e práticos relacionados com a área de Tecnologia da Informação (TI), bem como competências essenciais para o ingresso no programa.

O resultado final está previsto para ser publicado no dia 7 de agosto, na própria página da seleção no SIGAA.

PES

Classificado como um curso sequencial conforme regulamentado pela Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educação, o PES oferece formações especializadas e pontuais em diversas áreas de tecnologia, totalizando entre 300 e 360 horas de aprendizado.

Voltado a profissionais de diferentes áreas, o programa busca desenvolver competências exploradas pouco nas séries curriculares tradicionais. Ao final da formação, os participantes recebem certificação na área escolhida, o que contribui para a valorização do currículo e ampliação das possibilidades de atuação no mercado de trabalho.

Assessoria de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN

☎ (84) 99229-6564 | 📧 ascom@imd.ufrn.br

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sábado, 5 de julho de 2025

Natal sedia evento nacional sobre cidades inteligentes e gestão pública inovadora: Confira programação

 Summit vai reunir líderes e especialistas para discutir soluções digitais de alto impacto

Nos dias 21 e 22 de julho, Natal será palco do Smart Metropolis FIWARE iHub Summit 2025, evento inédito que reúne gestores públicos, especialistas e empreendedores para discutir o futuro das cidades inteligentes no Brasil. A programação será realizada no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), e marca o lançamento oficial do Smart Metropolis FIWARE iHub, primeiro centro de inovação FIWARE oficialmente reconhecido no país.

A iniciativa é fruto de uma década de atuação do IMD em projetos voltados para a transformação digital da gestão pública, com foco em soluções baseadas em padrões abertos e interoperáveis. Voltado especialmente para prefeitos e líderes municipais, o Summit propõe uma agenda prática de inovação, conectando experiências e tecnologias aplicadas à administração pública.

A tecnologia FIWARE, de código aberto e origem europeia, estará no centro das discussões. Reconhecida por promover a integração entre diferentes sistemas urbanos, ela permite que as cidades adotem soluções mais eficientes, transparentes e sustentáveis, com redução de custos, maior autonomia tecnológica e melhor prestação de serviços ao cidadão.

“Com vagas limitadas e o interesse crescente de gestores de todo o país, este Summit é um convite exclusivo aos prefeitos e administradores públicos que desejam posicionar seus municípios na vanguarda da transformação digital”, aponta Frederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis.

Programação

Durante os dois dias de evento, os participantes terão acesso a painéis, visitas técnicas e apresentações de casos reais, como o projeto AMUREL Conectada, desenvolvido pela startup SmartCityTec, que criou um dos primeiros espaços de dados regionais do Brasil usando a plataforma FIWARE.

O primeiro dia de evento contará com painéis sobre os fundamentos da tecnologia, seu impacto na gestão pública e exemplos de aplicação prática em mobilidade urbana, energia inteligente e segurança pública. Destaque para a apresentação do bairro Harmonia, da construtora Ecocil, planejado desde sua origem como um bairro inteligente com base na interoperabilidade de dados.

Já no segundo dia, uma programação será voltada para visitas técnicas guiadas, incluindo o Plano de Cidades Inteligentes de Natal, apresentado pela Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), além de visitas ao Metrópole Parque e ao projeto Harmonia.

O evento é uma realização do Smart Metropolis FIWARE iHub, iConects, Consórcio CIGA e UFRN, com patrocínio do Grupo Interjato. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/smart-metropolis-fiware-ihub-summit-2025/2976344

Programação do Smart Metropolis FIWARE iHub Summit 2025

21 e 22 de julho de 2025

Local: IMD - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

9h - 9h40: Abertura e Boas-Vindas

José Daniel Diniz Melo, Reitor da UFRN

Emerson Maas, Prefeito de Mafra e Presidente do CIGA José Ivonildo do Rêgo, Diretor do IMD/UFRNEloi Ronnau, Presidente do iConectsFrederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis FIWARE iHub

9h40 - 10h10: O Papel do Smart Metropolis FIWARE iHub na Construção de Cidades Inteligentes. O que é Fiware e por que as prefeituras deveriam adotar

Frederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis FIWARE iHub

Karine Symonir, Consultora PNUD vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

10h10 - 11h: O poder público como indutor das cidades inteligentes

Vagner Araújo, Secretário de Planejamento de Natal (a confirmar)

Emerson Maas, Prefeito de Mafra e Presidente do CIGA

11h - 11h50: Vitrine: soluções prontas com fiware - Como a Fiware pode transformar sua cidade (Destaque para as Filiadas ao FIWARE iHub: Grupo Interjato e SmartCityTec)

11h50 - 14h: Almoço e Networking (Restaurante Nau)

14h - 14h30: Harmonia: O bairro inteligente que nasce com Fiware

Equipe da Ecocil - Harmonia

Apresentar como o bairro Harmonia, desenvolvido pela Ecocil, está sendo planejado desde sua concepção para ser um bairro inteligente, utilizando FIWARE como base para interoperabilidade, sustentabilidade e bem-estar urbano.

14h30 - 15h20: Desafios e Oportunidades no Uso de Dados para a Construção de Cidades Inteligentes

Painel de discussão com especialistas sobre os desafios tecnológicos, legais e éticos na implementação de soluções de dados abertos e interoperabilidade nas cidades.

Prof. Daniel Sabino (Smart Metropolis FIWARE iHub), especialista em IA para cidades inteligentes

Mestrado. Rodrigo Romão, Diretor do Metrópole Parque e Vice-diretor do Smart Metropolis Fiware iHub

Prof. Raimundo Nonato Jr., Coordenador do Laboratório de Inovação e Inteligência Territorial (LI2T)

15h20 - 16h: Inovação e colaboração na segurança pública no contexto das cidades inteligentes .

Prof. Nelio Cacho (Smart Metropolis FIWARE iHub), especialista em Engenharia de Software e Vice-coordenador do Smart Metropolis

Coronel Emiliano Loyola, Coordenador de TI da SESED/RN

Coronel Kléber Macedo, Secretário de Segurança de Macaíba

16h - 17h: Visita ao Metrópole Parque

17h - 17h30: Encerramento do Dia 1

Dia 2 - 22 de julho de 2025 - Visitas Técnicas

9h - 10h30: Visita Técnica para conhecer o Plano de Cidades Inteligentes de Natal: Inovação e Sustentabilidade em Ação

10h30 - 12h Visita à Ecocil para tradição no Harmonia

13h - 14h: Almoço e Networking

14h - 16h: Visita ao Grupo Interjato para conhecer soluções Powered by Fiware

Por Metrópole Parque <metropoleparque@imd.ufrn.br

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