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domingo, 26 de janeiro de 2025

PAULINHO FREIRE E O RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

Por Fernando Luiz*

Todos nós sabemos que atualmente as autoridades governamentais em todos os âmbitos (Federal, Estadual e Municipal) demonstram preocupação com a preservação do Meio Ambiente, preocupação esta que só tem aumentado nas últimas décadas. Em dezembro de 1972, a Assembleia Geral da ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e desde então o cuidado com a sustentabilidade ambiental só tem aumentado.

Nos últimos anos a ocorrência de desastres ambientais cada vez mais frequentes tem contribuído para aumentar a preocupação com a preservação da Natureza: o degelo das calotas polares, o avanço do mar, as tempestades frequentes, os incêndios florestais e a irregularidade das estações do ano, entre outros fenômenos climáticos, têm ocorrido com frequência cada vez maior. Isso sem contar com a ação do próprio Homem, que tem sido o maior predador do Meio Ambiente, em virtude de sua incessante busca de lucro a qualquer preço. 

Um dos maiores desafios dos gestores atuais é ter que buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental, pois a  responsabilidade com o Meio Ambiente vai além da questão ética: trata-se também de uma questão estratégica, de vez que, quando um gestor adota na sua administração práticas sustentáveis corretas, ele está adotando uma política que vai ter como consequência  benefícios ambientais, sociais e econômicos a longo prazo, já que proporciona bem estar à geração atual e também às futuras gerações. 

O ex-vice-presidente norte-americano Al Gore, ativista ambiental, autor do livro Uma Verdade Inconveniente tornou-se uma espécie de símbolo da defesa do Meio Ambiente e é um ferrenho defensor de políticas que preservam os recursos naturais. O atual secretário-geral da ONU, António Guterres, tem feito reiterados apelos em defesa da mesma causa. O Papa Francisco, na encíclica Laudato Si (Sobre o cuidado da Casa Comum) afirma: “Toda a criação é obra de Deus. O ser humano faz parte dessa criação” e propõe a criação de “uma ecologia integral que inclua claramente as dimensões humanas e sociais”, afirmando que “toda criação merece respeito e cuidados, pois o ser humano, além de criatura mais perfeita do cosmo, ainda elevado à condição de filho amado de Deus, recebeu a terra e todo o universo como um presente de Deus para que a tenha como sua casa”.

No programa de governo de Paulinho Freire quando da sua candidatura à Prefeitura de Natal, está presente o compromisso de respeito ao Meio Ambiente, através do seguinte texto, assinado por ele e por Joanna Guerra, então sua candidata a vice.  Exponho aqui o texto literalmente: “O programa de governo de Paulinho Freire apresenta uma visão inovadora e comprometida com a sustentabilidade ambiental. Reconhecendo a importância crucial de um meio ambiente saudável para o desenvolvimento econômico e social, Paulinho Freire propõe uma série de iniciativas que visam a preservação dos recursos naturais, a promoção de energia limpa e a conscientização ambiental.” Portanto, uma promessa de campanha; mais do que isso, um compromisso com a população de Natal.

Como já me referi anteriormente em outros artigos, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, ao apagar das luzes do seu mandato, fez a doação da praça Assis Chateaubriand localizada no Tirol para a Arquidiocese de Natal construir uma capela. O processo foi realizado sem ouvir a população do bairro (com exceção de alguns moradores de dois prédios de luxo do Delta Tirol); não houve uma audiência pública e a quase totalidade dos moradores, tomada de surpresa, só tomou conhecimento da doação da praça depois da publicação no Diário Oficial do Município. 

Na praça Assis Chateaubriand existem árvores cinquentenárias, uma academia ao ar livre e o espaço é utilizado frequentemente pela população como um ponto de encontro, lazer e convívio social. A instalação no local de uma capela com capacidade para oitenta pessoas, além de exigir a eliminação de algumas árvores – sem dúvida um crime ecológico -, prevê também a realização de uma missa semanal, o que vai causar transtornos, alteração no trânsito um sério prejuízo a todos – moradores e comerciantes do local, particularmente da rua Ângelo Varela onde existem prédios residenciais, clínicas, escritórios, bares e restaurantes que serão prejudicados se a capela for construída. Isto sem contar com outras cerimônias como casamentos, batizados, crismas etc., que com certeza, com o tempo também se realizarão, além da provável poluição sonora causadas por esses eventos religiosos.

No final vale a pena perguntar: em virtude de uma doação feita para a construção de uma capela – o que é um desrespeito às demais denominações religiosas - o prefeito Paulinho Freire pode revogar esta lei esdrúxula da gestão anterior? Se legalmente puder fazer isto – E SE FIZER -   Paulinho Freire vai manter sua promessa de campanha e respeitar o Meio Ambiente. Se puder E NÃO FIZER, com certeza o prefeito de Natal vai descumprir uma das mais importantes das suas promessas de campanha: o reconhecimento da importância crucial de um meio ambiente saudável para a população de Natal. O que, com certeza, não será nada bom para sua administração

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Banda Grafith comanda o pré-carnaval da Patuscada


Vai no trem!! Com aquela energia única, que o público potiguar conhece bem, a Banda Grafith chega para comandar a Patuscada de pré-carnaval, no dia 08 de fevereiro, no espaço Prainha, na Via Costeira.

A festa, tem tudo que um bom carnaval pede: cores, música, cerveja gelada, alegria, e claro! Diversidade e respeito!

O lote de ingressos gratuitos, patrocinado pela Unimed Natal, já esgotou, mas você já pode ir preparando aquele look e garantir o seu acesso com um precinho especial no site Outgo.

Fique ligado nos perfis @sigapatuscada e @teia.lab para ficar por dentro de todas as atrações e não perder nenhuma novidade!

A Patuscada de pré-carnaval tem realização da Teia.lab, com o patrocínio da Prefeitura do Natal, Lei Djalma Maranhão e Unimed Natal.

SERVIÇO

Patuscada de pré-carnaval

Dia 08 de fevereiro, sábado, a partir das 15h

Prainha Natal - Via Costeira (ao lado do hotel Imirá)

Ingressos:https://outgo.com.br/patuscada

Luciana Oliveira/Assessoria de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Pesquisadores buscam patentear medicamento que promete ação diferenciada em tratamento de doenças da unha

 Pesquisadores da UFRN buscam patentear medicamento que promete ação diferenciada em tratamento de doenças na unha

Um medicamento na forma de esmalte para unhas, pensado para ser usado no tratamento para onicomicose — infecção causada por fungos que tem como uma das características ‘descolar’ a unha da pele —, é a mais nova tecnologia desenvolvida por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A descoberta é fruto da pesquisa de Aleph Matthews da Silva Souza, na época mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPgCF-UFRN).

Ele pontua que o tratamento da onicomicose é desafiador devido à complexidade para saber as causas da doença, que requer uma formulação com parâmetros adequados e um antifúngico potente. “Essa nossa invenção contém um antifúngico de amplo espectro de ação para combater os diferentes fungos que causam a doença. Além disso, como é uma formulação nanotecnológica, é capaz de ampliar o potencial de ação do antifúngico e diminuir efeitos adversos do ativo”, descreve Aleph. Usualmente afetando as unhas dos pés, a onicomicose atinge cerca de 10% das pessoas, e seu tratamento acontece frequentemente por via oral.

Contudo, é um tratamento extremamente longo e ineficiente. Orientador do estudo, o professor Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito afirma que tratar a doença por via tópica é um desafio, pois os fungos causadores da doença se localizam abaixo da unha e os medicamentos atuais não são eficientes em penetrar a unha e chegar até o local de ação. “Este dispositivo, devido à nanotecnologia empregada, proporciona que o ativo esteja encapsulado em nanogotículas que são capazes de permear a matriz da unha e chegar até os fungos no seu leito, proporcionando a ação antifúngica”, frisa o docente do Departamento de Farmácia.

Ele destaca ainda que, com a mesma lógica de ação, o ‘esmalte farmacêutico’ pode ser usado no tratamento de diversas patologias ungueais (relativas a unha), com destaque para a onicomicose. Tecnicamente, o leito ungueal, ou o leito da unha, fica abaixo da placa ungueal (a parte dura da unha formada pela proteína queratina) e é responsável por prender a unha ao dedo. Já a matriz ungueal localiza-se na base da unha, sendo o local a partir de onde a unha cresce. Essa configuração entre o leito, a placa e a matriz fica prejudicada em situação de ocorrência da onicomicose.

Outro inventor envolvido, Wógenes Nunes de Oliveira, fala que há um protótipo desenvolvido e caracterizado quanto aos aspectos esperados para esse tipo de produto farmacêutico. Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSA) da UFRN e vinculado ao Laboratório de Sistemas Dispersos (LaSid), local onde os experimentos ocorreram, Wógenes salienta que o protótipo também passou por estudo de estabilidade preliminar, atividade in vitro contra cepas de fungos causadores de onicomicose e permeabilidade das unhas em modelo ex vivo.

Além de Aleph, Sócrates e Wógenes, o depósito de pedido de patente, realizado no mês de novembro, contou com a colaboração de Matheus Cardoso de Oliveira, Lucas Amaral Machado e Éverton do Nascimento Alencar. Eles esperam que, no cotidiano, pessoas que tenham alguma unha acometida por onicomicose possam comprar este medicamento e tratar-se de forma eficiente, rápida e confortável em casa, ao aplicar o esmalte sob a unha infectada.

Para o grupo, o processo de patenteamento, para além das questões de proteção intelectual, é uma grande oportunidade de colocar o inventor em contato direto com o que há de mais inovador no mundo. “A área científica muitas vezes é bastante acadêmica, e muitas das pesquisas que lemos não se traduzem em algo concreto e que impacte na vida das pessoas. Mas, quando nós, como inventores, somos colocados para buscar outras invenções e estudar sobre elas, buscando confrontá-las e também fortalecer nossas próprias reivindicações, ganhamos a oportunidade de lidar especificamente com uma ciência que transpôs as barreiras da comunidade científica e se concretiza como produto ou protótipo capaz de beneficiar a sociedade”, defende Aleph Matthews.

Patenteamento

Na UFRN, o primeiro passo para os interessados em proteger a tecnologia é fazer a notificação de invenção dela. O procedimento ocorre no próprio sistema SIG, na aba pesquisa. Os passos seguintes recebem o acompanhamento da Agência de Inovação da Reitoria (Agir). Dessa maneira, a Universidade procura garantir aos seus cientistas suporte no processo de pedido, auxiliando na escrita e até em questões burocráticas, como a responsabilidade pelo pagamento de taxas. Assim, uma série de atividades necessárias à existência da patente, como quitação de anuidades, pedido de exame e concessão do pedido, são exemplos de atribuições da UFRN, especificamente da Agir.

O ponto culminante é a concessão da patente. Também chamada de Carta Patente, é um documento concedido pelo INPI após análise sobre, entre outros aspectos, os requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. A carta é um ato administrativo declarativo e confere a seu titular a exclusividade de uso, comercialização, produção e importação de determinada tecnologia no Brasil.

A caminhada para a concessão de uma patente exige obediência a critérios temporais previstos em lei. Após o depósito, o Instituto guarda o documento por 18 meses em sigilo. Em seguida, o estudo é publicado e fica o mesmo período aberto a contestações. Passados os três anos, o Instituto parte para a análise em si. Por esse motivo, é comum a concessão ocorrer após quatro anos do depósito.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN Imagem relacionada à divulgação

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domingo, 19 de janeiro de 2025

UMA ÁREA NOBRE A CAMINHO DA DESVALORIZAÇÃO

Por Fernando Luiz*

Está mais do que claro que a preservação de uma praça pública é de extrema importância para garantir a qualidade de vida dos moradores de uma área. As praças públicas não são apenas simples espaços verdes; são locais de convivência, lazer e interação social que oferecem um refúgio do cotidiano agitado das cidades, promovendo o bem-estar mental e físico de uma população.

Já há alguns anos tem havido um movimento crescente entre moradores e autoridades para preservar e revitalizar essas áreas nobres, com o objetivo de transformar as praças em espaços inclusivos, que possam ser utilizados por pessoas de todas as idades e classes sociais. Projetos de paisagismo, instalação de equipamentos de ginástica, playgrounds e a possibilidade da realização de eventos culturais, são algumas das propostas que tem como objetivo devolver às praças seu antigo encantamento.

Todos sabemos que a preservação ambiental é um fator crucial na época atual, onde projetos ambiciosos que ignoram o respeito ao Meio Ambiente ameaçam estes espaços coletivos, através de projetos personalísticos que não contemplam o interesse comum. Preservar as praças, não só as embeleza, mas também contribui para a melhoria da qualidade do ar, a redução da temperatura ambiente e o bem-estar da população. 

Nos últimos anos, diversas campanhas de conscientização têm sido organizadas para envolver as comunidades, num esforço coletivo de defender esses espaços. As praças devem ser pontos de encontro entre pessoas de todas as classes sociais, credos, gênero e ideologias; pontos que devem ser preservados, respeitados e valorizados, que contenham um sentido de pertencimento e orgulho entre os moradores do entorno.

A praça Assis Chateaubriand, localizada no Tirol, na confluência das ruas Desembargador Hemetério Fernandes e Ângelo Varela, há mais de meio século vem proporcionado aos moradores do bairro todos os benefícios aqui citados. Todavia, como já citei em artigos anteriores, o espaço está ameaçado pela criação de uma capela. Numa lei sancionada pelo ex-prefeito Álvaro Dias ao apagar das luzes do seu mandato, o espaço foi cedido sem que a comunidade fosse ouvida, indo de encontro a tudo o que foi exposto aqui.

Segundo um croqui expedido pela SEMSUR – Secretaria de Serviços Urbanos de Natal -, a área da praça é de 661,40 metros quadrados. Se o projeto for executado - o que a grande maioria dos moradores do bairro teme e não quer, - a capela ocupará um espaço de 254,45 metros quadrados, correspondendo a 38,5% do espaço total da praça. Isto significa, com certeza, o corte de pelo menos uma parte das árvores cinquentenárias existentes na praça, embora os defensores do projeto afirmem que nem todas as árvores serão derrubadas. NEM TODAS? Nem uma árvore pode ser derrubada!

Aqui ainda não citei que existe a previsão da realização de uma missa semanal, o que, com certeza, vai causar engarrafamento, impedindo as pessoas de usufruírem do ambiente nesses dias. Se nos aprofundarmos mais, teremos que admitir que além das missas haverá batizados, casamentos e outras celebrações muito comuns em capelas do tipo da que querem construir na praça Assis Chateaubriand.

Com certeza, todas as pessoas que compraram apartamento no entorno da praça pensando na paz e na tranquilidade do local, ainda correm um risco extra: o de verem seus investimentos desvalorizados e os seus sonhos destruídos.

A região do Delta Tirol é uma área nobre a caminho da desvalorização. E, se isto acontecer, todos sairão perdendo. Inclusive a Natureza.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 18 de janeiro de 2025

Foto histórica de caicoenses bomba na estatística do blog

 Uma postagem deste blog de 2016, noticiando o falecimento de Chico Elias, pioneiro na Rádio Rural de Caicó, vem se destacando nas últimas semanas nas estatísticas de postagens do blog, ainda mais por conta de uma foto histórica da década dos anos 1950, na qual estão amigos de Chico Elias, como o tio deste blogueiro, Antenor Tavares de Araújo, que faleceu em janeiro de 2020, ou seja, há cinco anos. Tio Antenor foi namorado de uma irmã de Chico Elias, Malvina, e chegaram a ser noivos, mas não se casaram, porque ele foi embora para São Paulo, nos anos 1960, casando-se na capital paulista.

A legenda da foto, a partir da esquerda: Chico Elias, Chico Pindoba, Zé Santos, Ivone e Antenor Tavares. [uma observação em relação ao crédito da foto: não temos, porque foi retirada da internet] 

A postagem que se refere as estatísticas e já se caminha para mil acessos: Morreu em Natal o caicoense Chico Elias, pioneiro da Rádio Rural

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IMD recebe registro para software voltado para banco de leite materno

 Solução foi desenvolvida visando automatizar processos do Banco de Leite da Maternidade Divino Amor

Voltado para otimizar a gestão de procedimentos vinculados ao serviço de banco de leite materno, o Sistema Doama, programa de computador desenvolvido no âmbito do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), recebeu seu registro oficial do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no mês de dezembro.

Desenvolvido por alunos e professores da UFRN e da Universidade Potiguar (UnP), com o objetivo de ser implantado no banco de leite da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, o Doama visa modernizar processos que atualmente são realizados manualmente, como cadastro de doadoras, controle logístico de coletas e rastreamento do leite materno.

“Tivemos a ideia de fazer o sistema para ajudar o banco de leite de Parnamirim, pois ao conhecê-lo, percebemos que vários processos não são digitalizados e isso ajudaria a otimizar o trabalho da equipe e atrair mais doadoras”, conta a coordenadora do desenvolvimento do Doama, a professora do IMD Anna Giselle Ribeiro.

Ainda em fase inicial, a primeira versão do software já está funcionando no que tange à parte do cadastro. Ana Giselle conta que o Doama foi idealizado em parceria com especialistas da área de saúde materno-infantil da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, e da Divino Amor, em Parnamirim.

A docente ressalta que o software ainda não foi implementado e que foi elaborado, em grande medida, de forma voluntária, apesar de, no início de sua execução, ter contado com algumas bolsas de projetos de iniciação científica da UFRN.

Financiamento

No momento, a equipe desenvolvedora busca financiamento adicional para realizar novas funcionalidades para o Doama, incluindo o rastreamento do leite doado e a automação do registro de processos como pasteurização e armazenamento.

“Infelizmente, não estamos com recursos para dar seguimento ao software”, lamenta Anna Giselle. Ela conta que a equipe almeja conseguir alguma fonte que possa financiar o projeto, de modo a ser concluído e implementado. Ela destaca que interessados em auxiliar o projeto podem entrar em contato através do número (84) 99625-8000.

Assessoria de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN

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Game vai auxiliar atendimento em unidades básicas de saúde

UFRN desenvolve game para auxiliar no atendimento em unidades básicas de saúde

 A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu, no início do mês de dezembro, o registro definitivo de proteção de um game para auxiliar enfermeiros no atendimento a pessoas com estomias intestinais. Denominado Estomagame, o aplicativo tem como autores Luana Souza Freitas e Isabelle Katherinne Fernandes Costa e tem como pressuposto que as tecnologias educativas podem ser ferramentas para auxiliar no acolhimento dos pacientes. 

No documento apresentado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), as inventoras destacaram que, como exemplo desse tipo de recurso, existem os serious games, que são jogos virtuais com dinâmica responsiva que objetivam alcançar a aprendizagem com uso de recursos visuais para motivação.

No caso da tecnologia desenvolvida, o jogador é um enfermeiro de uma Unidade Básica de Saúde e atende pessoas com estomias intestinais, realizando assistência à saúde, fornecendo orientações e auxiliando esses pacientes. A estomia intestinal é um procedimento cirúrgico que consiste na criação de uma abertura artificial no abdômen para a saída de fezes. Pode ser temporária ou permanente, dependendo da causa do problema que levou à sua realização. 

No game, as temáticas abordadas versam sobre conceitos iniciais de estomias intestinais de eliminação, higiene de ostomia e pele periestomal, limpeza e troca de bolsas coletoras, aspectos de alimentação e indicação de bolsas, complicações, questões sociais, emocionais e de adaptação, leis e direitos da pessoa com estomia e métodos de continência intestinal. O jogo pode ser utilizado por enfermeiros ou por acadêmicos de enfermagem. O Estomagame é fruto de uma tese vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, a qual, em sua conclusão, assevera que “foi possível construir e validar um serious game para a educação permanente de enfermeiros da atenção primária na assistência à pessoa com estomia, buscando a melhoria da qualidade do cuidado a essa população”.

A Lei de Direito Autoral (Lei nº 9.610/1998) e, subsidiariamente, a Lei de Software (Lei nº 9.609/1998), conferem proteção ao programa de computador em si, ou seja, a expressão literal do software, suas linhas de código-fonte. O registro de programa de computador no INPI é a forma de garantir a propriedade e obter a segurança jurídica necessária de modo a proteger o seu ativo de negócio, inclusive, por exemplo, no caso de uma demanda judicial para comprovar a autoria e titularidade do programa. A validade do direito é de 50 anos a partir do dia 1º de janeiro do ano subsequente à sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

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domingo, 12 de janeiro de 2025

QUEM ESTÁ CERTO? O PAPA, OU O PADRE?

Por Fernando Luiz*

Ao apagar das luzes do mandato do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), mais precisamente no dia 16 de dezembro passado, o Diário Oficial do Município publicou a cessão, por 20 anos, de um terreno no Tirol, onde está localizada a praça Assis Chateaubriand, para a construção de uma capela, sob a responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha. A cessão atendeu a um projeto do vereador Aldo Clemente (PSDB), então líder do prefeito na Câmara Municipal. 

A decisão do prefeito foi tomada sem consultar os moradores da região e atendeu ao pedido de moradores de dois prédios localizados no Delta do Tirol, sem consulta aos demais moradores do bairro, causando a reação de inúmeros moradores do entorno da praça, alguns residentes nas ruas Hemetério Fernandes, Ângelo Varela e em outras ruas do bairro. Não houve uma audiência pública, não foi feita nenhuma consulta ampla à população e ninguém tomou conhecimento antecipadamente dos detalhes da construção da capela.

O Ministério Público já tomou conhecimento do perigo que a praça corre, bem como de todos os inconvenientes e os transtornos que a construção da capela pode causar ao bairro. Entre esses inconvenientes, podemos citar o fluxo incessante de carros nos dias de missa e outras cerimônias a serem realizadas na capela, sem contar com a destruição de árvores plantadas há décadas, o que é um verdadeiro desrespeito e um crime contra o Meio Ambiente. 

Na praça existe uma academia ao ar livre, onde muitas pessoas se exercitam; além disso, a praça é um lugar onde os pais passeiam com seus filhos pequenos e onde idosos se encontram; enfim, a praça Assis Chateaubriand é um espaço arborizado onde as pessoas de qualquer credo, gênero e classe social se encontram, se divertem e vivem momentos agradáveis. 

A lei criada autoriza a cessão do terreno por 20 anos e a paróquia terá o prazo de dois anos para construir a capela.

Algumas pessoas reclamam que a praça não tem sido cuidada como merece, o que é verdade; mas, nesse caso, a culpa é única e exclusivamente da prefeitura, que tem a responsabilidade de cuidar dos bens públicos; não é dos moradores do bairro.

Depois da publicação no Diário Oficial do município – faltando apenas 15 dias para o fim do mandato do prefeito – foi criado um movimento por moradores do bairro que querem salvar a praça; também foi criada uma petição com um abaixo assinado que qualquer pessoa pode assinar, acessando o link: https://chng.it/GG2R728hPc

Parece incrível que, enquanto o Papa Francisco se prepara para escrever uma encíclica defendendo a preservação do Meio Ambiente, um padre queira criar uma capela em uma praça cinquentenária, alterando a paisagem e eliminando árvores plantadas há décadas. No dia 7 passado, durante uma reunião que houve na praça entre moradores do Tirol para protestar contra a construção da capela, compareceram pessoas de diversas denominações religiosas, inclusive católicos.

Num pronunciamento pelo canal de notícias Vatican News, o Papa Francisco fez o seguinte apelo em defesa do Meio  Ambiente: “O egoísmo, a indiferença e os estilos irresponsáveis estão ameaçando o futuro dos jovens. Existe esperança para preparar um amanhã melhor para todos. Das mãos de Deus recebemos um jardim; aos nossos filhos não podemos deixar um deserto”.

A luta em defesa da praça Assis Chateaubriand está só começando e vale a pena fazer uma pergunta, inclusive aos católicos: afinal de contas, quem está certo? O Papa Francisco (que defende o Meio Ambiente), ou o padre (que vai contra o ponto de vista do sumo pontífice?).

A praça Assis Chateaubriand não é lugar para fundar nenhum tipo de templo religioso, de qualquer crença ou o credo. 

Por favor, amigo internauta, assine a petição! Fazendo isso, você pode ajudar a salvar a praça Assis Chateaubriand.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 11 de janeiro de 2025

Dicionário Oswaldo Lamartine está à venda no Instituto Histórico e Geográfico

Lançado em setembro de 2024, o Dicionário Oswaldo Lamartine de Faria relaciona temas, publicações, pessoas e instituições relacionados ao universo oswaldiano. A obra surge com o objetivo de abarcar o caráter enciclopédico da obra do escritor natalense que escreveu sobre as coisas e os costumes do sertão e do seu sertão, o sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte. O livro está à venda por R$ 60 (sessenta reais) na sede do Instituto Histórico e Geográfico do RN, na Cidade Alta. 

O autor do dicionário é o escritor, historiador e jornalista Gustavo Sobral, sócio benemérito e coordenador da Comissão Oswaldo Lamartine. Sobral gentilmente doou exemplares à livraria do IHGRN, que agora dispõe do livro para venda, cujo percentual será destinado à manutenção da instituição. O jornalista foi diretor de Biblioteca, Arquivo e Museu (BAM), implantou e foi o primeiro responsável pela assessoria de imprensa da instituição; também atuou como assessor da diretoria e coordenou a Comissão Mulheres Pioneiras, é doador contumaz de livros e documentos para o acervo da Instituição e atua desde 2016 como editor da Revista IHGRN. Em seu site pessoal, reúne e disponibiliza de forma gratuita suas publicações: gustavosobral.com.br.

O Instituto - 123 anos

Fundado em 1902, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte completa 123 anos em 2025. É a mais antiga instituição cultural potiguar. Abriga a biblioteca, o arquivo e o museu mais longevos em atividade do Estado. Promove exposições, palestras e atividades voltadas à manutenção e divulgação da cultura, história e geografia norte-rio-grandense, e publica a sua revista desde 1903, sendo a mais antiga em circulação no Rio Grande do Norte.

Gustavo Sobral e Marcela Bulhões

Comissão de Comunicação

comunicacao@ihgrn.org.br

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Bazar da ONG ReforAMAR retorna 2025 com novidades!

Após a pausa de fim de ano, o Bazar beneficente da ONG ReforAMAR reabre suas portas nesta sexta-feira, 10 de janeiro, oferecendo uma ampla seleção de itens como móveis, roupas, eletrodomésticos, eletrônicos, artigos de decoração e materiais de construção, tudo a preços acessíveis. A novidade deste ano inclui uma maior variedade de produtos, garantindo que cada visita ao bazar seja uma oportunidade única de compra.

Além de oferecer economia ao consumidor, o bazar desempenha um papel fundamental na promoção da economia circular, incentivando o reaproveitamento de itens em bom estado e contribuindo para a sustentabilidade. Cada compra ajuda a financiar as ações da ONG ReforAMAR, que realiza reformas habitacionais e capacitações profissionais, impactando positivamente famílias em situação de vulnerabilidade social. “Adquirir produtos no Bazar ReforAMAR é muito mais do que economizar; é um gesto de solidariedade que transforma vidas”, afirma Jennyfer Morais, gestora do bazar.

Sobre a ReforAMAR

A ReforAMAR é uma organização sem fins lucrativos que promove reformas sociais e capacitações, impactando positivamente a vida de famílias em situação de vulnerabilidade. Com ações voltadas à melhoria de habitações e capacitação profissional, a ONG já transformou a realidade de comunidades periféricas no Rio Grande do Norte e em regiões vizinhas. Todo o valor arrecadado no bazar é revertido para essas ações, garantindo sua continuidade e alcance. A ReforAMAR realiza essas transformações graças às doações e ao trabalho de voluntários dedicados.

Para aqueles que desejam contribuir ou se voluntariar, mais informações estão disponíveis no site: reforamar.org.br.

Localização e impacto social

Localizado na Rua Pastor Manoel Leão, 2160, Candelária, Natal, próximo ao Atacadão Mar Vermelho, o bazar funciona nas sextas e sábados e é um espaço onde o consumo consciente se alia a mudanças sociais significativas. Não perca a chance de conferir as novidades, aproveitar as ofertas e fazer parte dessa transformação social.

Para mais informações sobre o bazar e as ações da ONG, entre em contato através do tel.: 84 98889-2018.

Por Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

(84) 98728-0813

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Aplicativo contribui com programa nacional de cisternas

 UFRN desenvolveu um aplicativo que contribui com programa nacional de cisternas

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu um novo sistema de gestão para mapeamento de famílias e construção de cisternas em áreas rurais. Denominado SIG Cisternas, o aplicativo é fruto de parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN) e teve seu registro de propriedade intelectual alcançado no mês de dezembro. O programa de computador tem como inventores João Carlos Xavier Júnior, Hideljundes Macedo Paulino, Mateus Gabriel da Silva Batista, Andrea Rodrigues Moreira, Vinicius de Andrade Felippetti, Vitor Leal Santana e Yara da Silva Farias.

O SIG Cisternas conta com um sistema informatizado próprio para registro da execução, monitoramento e prestação de contas das parcerias celebradas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o programa é a garantia da gestão, controle e transparência do programa e todas as tecnologias sociais implementadas são registradas nesse sistema. Cada registro apresenta dados gerais dos beneficiários, dos processos formativos realizados, além dos dados de localização geográfica, com georreferenciamento, município e comunidade.

O sistema integra o Programa Cisternas, iniciativa do Governo Federal que contou com investimento anual em 2024 superior a 500 milhões de reais. O orçamento deve se repetir em 2025, com a previsão de construção de 221 mil cisternas até o fim de 2026. Para termos ideia, uma cisterna tem capacidade para armazenar 16 mil litros de água e  garante o abastecimento de uma família de até cinco pessoas por até oito meses, durante o período de estiagem. A água da chuva é coletada do telhado das casas, através de calhas, e direcionada para o reservatório.

Apesar de não ser obrigatório por lei, o registro de programa de computador é fundamental para comprovar a autoria de seu desenvolvimento perante o Poder Judiciário, podendo ser muito útil em casos de processos relativos a concorrência desleal, cópias não autorizadas e pirataria, garantindo, assim, maior segurança jurídica ao seu detentor para proteger o seu ativo de negócio.

Aqui vale uma ressalva: softwares apenas conceituais, ou seja, programas de computador que ainda se encontrem meramente no campo da ideia, não são passíveis de proteção. O registro do software no INPI é rápido, totalmente eletrônico, com a expedição do certificado em um prazo médio inferior a sete dias. A validade do direito é de 50 anos a partir do dia 1° de janeiro do ano subsequente à sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

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Lançado terceiro bloco de Editais que contempla projetos de Fomento às Linguagens

 O Bloco contém sete dos 21 editais que compõem a PNAB RN; as inscrições podem ser realizadas através do portal Mais Cultura RN até o próximo dia 27.

Por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o Governo do RN lança hoje (8) o terceiro bloco de Editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB RN), composto por sete editais de Fomento às Linguagens. A seleção pública visa incentivar as diversas formas de manifestações culturais do Rio Grande do Norte, e irá contemplar, nesta etapa, 339 propostas, totalizando 9,9 milhões de reais.

“Este é um dos Blocos mais aguardados pelos fazedores de cultura do estado e é também onde a gente vai distribuir o maior montante de recursos, seguido do Bloco de Apoio, que iremos divulgar nos próximos dias”, explica a Secretária de Cultura do Estado, Mary Land Brito.

“São cerca de dez milhões de reais que vão ser destinados para a realização de projetos de artes visuais, audiovisual, jogos eletrônicos, música, dança, literatura e teatro. Todas essas linguagens irão receber esses apoios financeiros para que a gente possa fortalecer cada vez mais a cultura potiguar em toda a sua diversidade”, detalha Brito, sobre o terceiro bloco.

A Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), instituída em julho de 2022, visa fomentar a cultura em todo o Brasil, apoiando Estados, Distrito Federal e Municípios, garantindo o financiamento e a manutenção de agentes, espaços e ações artísticos-culturais e democratizando o acesso e a produção artística com abrangência de áreas periféricas, urbanas e rurais.

No dia 30 de dezembro, foram encerradas as inscrições da PNAB RN para os Editais do Bloco II, de Cultura Viva, no valor de 3,9 milhões de reais, e anteriormente, no dia 19, para os Editais do Bloco I, de Premiação, no valor de 4,5 milhões.

As submissões de propostas do Bloco III poderão ser feitas a partir de hoje, 8 de novembro, até 27 de janeiro, no portal Mais Cultura RN. Acesse: maiscultura.rn.gov.br > “Editais” > “Editais PNAB”.

Para dúvidas sobre Editais do Bloco III, entre em contato pelo e-mail pnabrnfomento@secult.rn.gov.br ou pelo WhatsApp: 84 98614-4427. O atendimento é realizado em dias úteis, das 09h às 18h. A Secult também disponibiliza atendimento presencial, realizado no Complexo Cultural Rampa, em dias úteis, das 09h às 17h.

Por Comunicação Cultura RN

comunicacaoculturarn@gmail.com

Foto: Raiane Miranda

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domingo, 5 de janeiro de 2025

A PRAÇA É DO POVO!

Por Fernando Luiz*

“A praça Castro Alves é do povo, como o céu é do avião... / Um frevo novo, um frevo, um frevo novo / Todo mundo na praça e muita gente sem graça no salão...”

Assim começa a música Um Frevo Novo de Caetano Veloso, numa referência à praça Castro Alves, um dos símbolos de Salvador. Na verdade, os versos iniciais da canção foram inspirados na frase do poema O Povo ao Poder, de Castro Alves: “A praça é do povo, como o céu é do condor”, na qual o genial artista baiano se inspirou para escrever a canção que, a partir de 1977 tem embalado, durante décadas, carnavais pelo Brasil afora.  Caetano substituiu a palavra condor por avião, transportando o sentido da frase para os tempos modernos.

Castro Alves, o “Poeta dos Escravos”, nasceu na cidade de Cachoeira, na Bahia e, embora também escrevesse poemas de amor, notabilizou-se por causa de suas poesias de caráter abolicionista, sendo seu poema O Navio Negreiro o mais conhecido, em virtude da sua importância histórica. Já nos seus primeiros versos, o poema fala de “dois infinitos que se estritam num abraço insano, que unem dois azuis dourados, plácidos, sublimes...”  para perguntar em seguida: “Qual dos dois é o céu, qual é o oceano?  E o longo poema, em um trecho contundente, poético e também chocante, escreveu: “Sonho dantesco! / O tombadilho que das luzernas avermelha o brilho em sangue a se banhar!... /Tinir de ferros, estalar de açoites...

Oficialmente extinta, a escravidão ainda está presente em várias partes do planeta, com a prática imoral do trabalho escravo e como ela, também persiste a prática criminosa da falta de respeito ao Meio Ambiente, por meio de um capitalismo selvagem que   alimenta as mudanças do clima e a destruição do nosso ecossistema, fazendo quase agonizar o planeta em que vivemos, considerado por muitos como um organismo vivo e chamado, em 1969, de Mãe Gaia, pelo cientista inglês James Lovelock.    

Numa época em que tragédias ecológicas e desastres ambientais ocorrem com cada vez mais frequência, é de se esperar que líderes e seguidores de muitas das religiões do mundo lutem a favor das minorias, dos menos favorecidos e de um esforço conjunto em defesa do Meio Ambiente. O que, infelizmente, nem sempre acontece.

Na cidade de Natal, a Prefeitura Municipal, sem consultar os moradores do Tirol, fez a doação de um terreno (onde existe uma praça cinquentenária) para a construção de uma capela. A população, não só do bairro, mas de toda a cidade deve se unir para combater este “assassinato ecológico” que, ao se concretizar – O QUE NÃO PODE E NEM DEVE ACONTECER – vai derrubar árvores, destruir uma área de lazer onde crianças brincam, uma academia ao ar livre onde muitas pessoas se exercitam, um local tranquilo onde os pais passeiam com seus filhos bebês, um lugar aprazível onde idosos se encontram e um espaço arborizado onde as pessoas de qualquer credo, qualquer gênero e qualquer classe social se encontram, se divertem e vivem momentos agradáveis.

Embora já tenha sido publicada no Diário Oficial do Município a doação do terreno, sabemos que este ato pode ser anulado pela nova administração da capital e a população precisa se movimentar com veemência para que isto aconteça e impedir que este crime contra a natureza se concretize. Nós vivemos num país laico e uma praça que é de uso comum não pode jamais ser destruída para a construção de uma capela; nem um templo evangélico, budista, de um centro espírita, de religião de matriz africana ou qualquer segmento religioso não citado aqui.

Como disse Castro Alves, “A praça é do povo, como o céu é do condor”.  E como afirmou Caetano Veloso, “A praça é do povo, como o céu é do avião”.

Os natalenses devem dizer: “Qualquer praça é do povo”; nós do bairro  do Tirol dizemos: “A praça Assis Chateaubriand é nossa!”

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

Imagem da praça, em Natal, reproduzida pelo autor

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