Projeto de energia solar ganhou a adesão de jipeiros
brasilienses e proposta é ter mais colaboradores para iluminar outas regiões do
país
Tudo começou
com uma viagem de amigos jipeiros a uma região de cachoeiras e trilhas ao lado
da Chapada dos Viadeiros, cerca de 300 km da capital federal. “André Viegas,
empresário brasiliense sempre viajava a região da cidade Cavalcante, Goiás, e
conheceu a comunidade Kalunga (fotos) e em um desses encontros do Jipe Clube de Brasília
ele conhece outro projeto chamado Litro de Luz”, conta a jornalista Fabiana
Botelho Conte, que também é jipeira.
A partir
dessa ideia, do Litro de Luz, que segundo Fabiana explica é utilizado através
de garrafas pet cheias de água, presas ao teto para iluminar a casa refletindo
a luz do Sol, o empresário que também tem habilidade em eletrônica, inventou um
sistema de energia solar utilizando Led, criando um projeto piloto, inicialmente
por conta própria.
“Foi então
que no final do ano passado o idealizador conseguiu formalizar e transformar o
projeto Pisco de Luz, em uma associação sem fins lucrativos, mantido com o
apoio de voluntários”, afirma Fabiana, ressaltando que dessa forma seria mais
fácil de conseguir o apoio de empresas e colaboradores.
Ainda de
acordo com a jornalista e jipeira Fabiana, “o pessoal do Jipe Clube de Brasília
começou a apoiar a ideia, ajudando a mapear as casas que além de doar dinheiro
para a montagem dos kits do Pisco e Luz, vão na região para instalar e levarem
outros tipos de doações como roupa e
sapatos.
Outro fato
pitoresco, da comunidade, é a resistência de alguns poucos moradores ao projeto
de instalação da luz. “Interessante é que, apesar da maioria dos kalungas receber
muito bem a ideia, outros recusam ou recebem com um ar meio ‘desconfiado’, lamentavelmente”, observa a jornalista.
“Teve gente
que recusou a instalação do kit porque foi ameaçado por pessoas com a
informação de que na casa dele nunca chegaria energia elétrica, enfim, foram
entraves que o projeto teve, embora este ano esteja se fortalecendo bastante”,
pontua.
Fabiana, que
acompanha o projeto Pisco de Luz de perto, é testemunha da vida dura da
comunidade. “Algumas crianças chegam a atravessar rios a nado para chegar na
escola, enfim, é uma vida desafiadora, mas é incrível como o pessoal não
desanima e é feliz com a vida simples que tem”.
Em abril, os
jipeiros do clube de Brasília estarão visitando a região para a instalação
de mais kits de energia solar do projeto
Pisco de Luz, no feriado da semana santa.
Seja um
doador de luz, é uma vida que brilha em um piscar de amor ao próximo.
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Pisco de Luz a iluminar o lar de mais de 1 milhão de famílias que ainda vivem
na escuridão sem acesso algum a eletricidade, tendo em vista que a proposta é
extensiva a todas as regiões do país.
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Pisco de Luz
Fotos relacionadas à divulgação/cedidas