Após uma
programação intensa de apresentações e disputas, a primeira fase do HackFest
MPRN 2019, maratona de desenvolvimento de tecnologias voltadas ao combate à
corrupção, foi encerrada no último sábado (20). A ocasião foi marcada pela
classificação dos cinco melhores projetos cidadãos, que passarão a concorrer,
na segunda fase, a prêmios que somam R$ 10 mil.
A maratona,
promovida pelo Ministério Público do RN em parceria com o Instituto Metrópole
Digital (IMD/UFRN), classificou os grupos de estudantes BiopsiaR, Spellcodes,
Elefante Branco, Tedesco Software e Pandora Team.
Segundo o
professor Nélio Cacho, responsável pelo evento no IMD, o resultado foi bastante
positivo. “Acho que foi um sucesso, com 680 participantes e diversas palestras,
além de excelentes projetos na maratona”, avalia ele.
Nessa
segunda fase, as equipes – formadas principalmente por discentes da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Federal do
Rio Grande do Norte (IFRN) – terão 30 dias para desenvolverem, na prática, as
soluções idealizadas na primeira etapa do evento.
De acordo
com o edital da competição, também conhecida por hackthon, a classificação é
“zerada”, de maneira que todas as equipes competem em igualdade na segunda
rodada.
Projetos
cidadãos
Segundo o
professor Nélio Cacho, os projetos classificados são plataformas de análise de
dados e aplicativos de denúncias públicas. A proposta é unir a criatividade e a
ciência para elaboração de produtos inovadores, capazes de auxiliar órgãos
públicos no combate à corrupção.
Para isso,
durante o evento, cada grupo recebeu de membros do MPRN e do Tribunal de Contas
do Estado (TCE) uma série de problemáticas, que nortearam o trabalho dos
estudantes durante a disputa.
“Vários
promotores e fiscais do Ministério Público e do Tribunal participaram. A
proposta era que cada grupo pudesse desenvolver projetos tecnológicos que
sanassem uma ou mais das problemáticas levantadas por essas pessoas”, explica o
professor.
Dentre os
temas expostos, encontravam-se, por exemplo, o de cruzamento de dados, e o de
dispositivos de comunicação direta entre o cidadão e os órgãos públicos de
fiscalização.
Competição
Cada projeto
foi julgado conforme os critérios de criatividade, potencial de impacto,
completude e viabilidade. Para julgar as soluções tecnológicas, estiveram
presentes membros do MPRN, IMD, Controladoria Geral da União (CGU) e do
Tribunal de Contas da União (TCU).
Participaram
da competição 16 grupos de estudantes, que somaram um total de 75 pessoas. Com
atividades que iam das 8h às 22h, o hackthonteve início na quinta (18) e seguiu
até a tarde de sábado (20).
“Foram
muitos projetos apresentados, mas alguns não se mostraram viáveis. Isso
contribuiu para o julgamento final. Essas soluções serão postas em prática pelo
MPRN e, portanto, devem obedecer o critério de viabilidade”, comenta Nélio
Cacho.
HackFest
2019
Ainda de
acordo com o professor, a participação de estudantes na maratona é um resultado
positivo, pois, a partir dela, é possível perceber como a universidade vem
contribuindo para suprir as necessidades de formação na área de Tecnologia da
Informação (TI).
“O Metrópole
Digital tem uma forte formação no que diz respeito a Ciência de Dados,
Inteligência Artificial e Processamento de grandes dados. Então, certamente
eles (os maratonistas) estão bem apoiados no conhecimento que eles viram no
curso e estamos confiantes que desenvolverão ótimas soluções”, aponta o
docente.
Além da
disputa em TI, o HackFest 2019 também contou com uma série de palestras e
debates, que discutiram temas como investimentos em TI, cidadania, design,
entre outros. Dado o retorno positivo do evento, segundo Nélio Cacho, a
organização já prevê uma segunda edição para o próximo ano. [Assessoria de
Comunicação do Instituto Metrópole Digital]
Foto relacionada à divulgação