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domingo, 13 de julho de 2025

CANTAUTORES POTIGUARES

  Por Fernando Luiz*

O termo cantautor  é pouco utilizado e muito pouco conhecido. Geralmente refere-se a artistas populares que compõem e interpretam suas próprias canções, cujas letras tratam de temas populares sociais ou políticos, podendo também girar em torno do cotidiano dos seus autores. 

Pode ser considerado um cantautor  alguém com capacidade de criar e interpretar suas próprias obras, transformando em canções as suas experiências pessoais no ambiente em que vive, unindo-se ao seu público através do seu trabalho como compositor e intérprete; portanto, o cantautor é alguém que escreve, compõe e canta suas criações artísticas, incluindo letra e melodia. Vários músicos renomados também escrevem apenas a letra ou a melodia de suas próprias canções, mas são chamados apenas de cantores. No Brasil, o termo cantautor não é difundido e no seu lugar utiliza-se o termo "cantor-compositor".

Em Natal, Esso Alencar pode ser considerado um autêntico cantautor. Ele iniciou a sua carreira em Natal no ano de 1991, como vocalista da banda Os Quatro. Depois, de modo arrojado, criou seu próprio selo, pelo qual lançou dois discos: Bossta Nova em 2006 e Alma de Poeta, em 2009, (este último, premiado pelo projeto Pixinguinha, uma realização da Funarte/MinC).  Em 2017 Esso lançou o CD Várzea da Caatinga. Ele também lançou  um livro com parte das letras das suas músicas. 

Esso Alencar participou do CIMA – Circuito Itinerante de Música Autoral, que nasceu com o objetivo de chamar a atenção do grande público e dos nossos governantes para a importância e a necessidade da criação de uma política pública para a valorização e a divulgação da música produzida no nosso estado.

No dia 09 passado, o Teatro Alberto  Maranhão foi palco de um show diferente e especial: a Primeira Mostra de Cantautores da Música Potiguar. O evento contou com as apresentações de Esso Alencar e do Trio Toró. O show, uma iniciativa da Rede Potiguar de Música e da Fundação José Augusto, foi o primeiro – e importantíssimo - passo para o nosso estado saber que aqui também temos cantautores talentosos.

@fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 12 de julho de 2025

Invento: Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

 Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

Wilson Galvão – Agir/UFRN

Transformar a coroa do abacaxi em um material sustentável, com propriedades físicas adequadas para que o produto seja utilizado na fabricação de sacolas ecológicas, utensílios descartáveis, películas para proteção de superfícies e laminados leves. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou pedido para patenteamento, cujo nome é filmes poliméricos biodegradáveis à base de coroa de abacaxi (ananas comosus (l) merr.), seu processo de obtenção e seus usos.

A invenção é resultado da tese de doutorado de Meyrelle Figueiredo Lima, que liderou os experimentos e o desenvolvimento das formulações no laboratório. A cientista destaca que os filmes poliméricos desenvolvidos apresentam facilidade de produção com baixo custo, partindo de um resíduo agroindustrial frequentemente descartado e abundante, promovendo sustentabilidade aliada à viabilidade econômica. “Ao invés de ser um descarte sem valor, a coroa do abacaxi se torna matéria-prima de um material ecológico, renovável e funcional, promovendo a economia circular”, frisa. 

Este é o segundo depósito de patentes de Meyrelle. O primeiro, formulações contendo óleo de copaíba (copaifera officinalis l) e seu processo de obtenção, era uma formulação inédita na área  cosmecêutica — junção dos nomes cosmética e farmacêutica — uma emulsão, cujo princípio ativo é o óleo de resina de Copaíba. A reportagem sobre essa descoberta pode ser acessada clicando aqui.

A invenção pode ser usada em que?

Os filmes desenvolvidos podem substituir o plástico convencional em uma ampla gama de aplicações, especialmente em produtos de uso único, que são os principais vilões da poluição ambiental. Um dos inventores envolvidos, Dennys Correia da Silva, lista que, no cotidiano, podemos vislumbrar a aplicação desses filmes no embalamento de cosméticos artesanais ou naturais, como sabonetes, cremes e shampoos sólidos, substituindo plásticos; na confecção de sacolas entregues por comércios conscientes, como feiras orgânicas ou lojas sustentáveis; na produção de recipientes biodegradáveis para produtos de higiene hospitalar ou kits de hotelaria ecológica. “Até mesmo como filmes agrícolas para proteção de mudas e sementes, contribuindo para uma agricultura mais limpa, essas aplicações mostram como um resíduo que antes iria para o lixo pode, por meio da tecnologia, ganhar um novo propósito e ajudar a mudar o mundo ao nosso redor”, complementa.

Orientador do estudo, o professor do Instituto de Química e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Alcides de Oliveira Wanderley Neto, acrescenta que há um ponto essencial para a relevância da invenção: uma contribuição tríplice — ambiental, social e econômica. Ele explica que, ambientalmente, isso se dá pela redução do descarte de resíduos agroindustriais e a dependência de plásticos sintéticos, promovendo materiais que se degradam naturalmente e mais rápido. Socialmente, pode gerar novas oportunidades de renda para as comunidades produtoras de abacaxi, valorizando a cadeia produtiva local. Enquanto que, economicamente, apresenta um baixo custo de produção e potencial de escalabilidade industrial, com apelo ecológico para mercados que exigem sustentabilidade.

“Já temos amostras laboratoriais dos filmes com características promissoras. Agora, a equipe está na fase de validação técnica, realizando testes adicionais para avaliar o desempenho e a escalabilidade. O próximo passo é desenvolver um protótipo com características padronizadas, o que permitirá rodadas de testes com parceiros potenciais da indústria e futuros pedidos de fomento para a produção em escala piloto. Em resumo, trata-se de uma tecnologia verde com alto impacto positivo no presente e no futuro”, contextualiza o docente.

Além de Meyrelle, Dennys e Alcides, completa o time de inventores os pesquisadores Wanderley de Oliveira Bezerra e Domingos Fabiano de Santana Sousa. O primeiro participou da coleta de dados e da produção experimental dos filmes, enquanto o Domingos, ao lado de Dennys e Alcides, contribuiu, sobretudo, na orientação científica,  análise dos resultados e redação técnica da patente. Para o grupo, as patentes são marcos fundamentais na ciência aplicada. “O processo de patenteamento representa o reconhecimento do caráter inovador e aplicável de uma pesquisa, protegendo a autoria, abrindo portas para parcerias com o setor produtivo e, além disso, ao ser publicada, a patente disseminará conhecimento técnico e científico, servindo de base para novas pesquisas e soluções”, ressalta Dennys Correia.

Os experimentos ocorreram no Laboratório de Tecnologia de Tensoativos, localizado no Instituto de Química, no Campus Central da UFRN. Lá, atualmente, a equipe de pesquisa está expandindo os estudos para desenvolver novos biopolímeros biodegradáveis a partir de outras matérias-primas renováveis e resíduos agroindustriais. “A ideia é testar diferentes composições que otimizem propriedades como resistência mecânica, flexibilidade, transparência, estabilidade térmica e tempo de degradação. Esses esforços complementam diretamente a invenção já patenteada, mostrando que a tecnologia pode ser ampliada e adaptada às outras necessidades industriais e ambientais, como aplicações agrícolas, médicas ou até  impressão 3D com materiais verdes”, salienta o professor Alcides.

Fotos: Cícero Oliveira – UFRN


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Oportunidade: Programa do IMD abre 55 vagas para cursos gratuitos em tecnologia

 Inscrições vão até 20 de julho e são para público externo à UFRN

O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) abriu inscrições nesta semana para o seu Programa de Estudos Secundários (PES). Iniciativa que oferece formação gratuita em temas ligados à tecnologia, o Programa está disponibilizando 55 vagas, destinadas a pessoas que não possuem cadastro ativo em cursos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Os interessados em concorrer às vagas deverão já possuir uma graduação, estar cursando uma ou mesmo já ter iniciado um curso superior, mesmo que não o tenha concluído. As inscrições abertas até o dia 20 de julho acontecem exclusivamente pela seção “processos seletivos – formação complementar” do SIGAA da UFRN. Para se inscrever, o candidato deverá anexar, em formato PDF, documentos como cópia do diploma ou certificado de conclusão, histórico de graduação, documento de identificação com foto e CPF.

As oportunidades são para cursos em Bioinformática, Ciência de Dados, Inovação e Empreendedorismo, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas e Jogos Digitais. Cada curso conta com cinco vagas, com exceção do curso de IA, que conta com 30 vagas. A taxa de inscrição é de R$ 70. Após a escolha do curso, não será possível realizar alterações na formação selecionada ao longo do período letivo.

As aulas serão presenciais, com horários que poderão variar a cada semestre, de acordo com a disponibilidade de infraestrutura e equipe docente.

Regido pelo Edital nº 001/2024, o PES possui processo seletivo composto por uma Prova de Conhecimentos Específicos, de objetivo ambiental. A avaliação abordará conteúdos teóricos e práticos relacionados com a área de Tecnologia da Informação (TI), bem como competências essenciais para o ingresso no programa.

O resultado final está previsto para ser publicado no dia 7 de agosto, na própria página da seleção no SIGAA.

PES

Classificado como um curso sequencial conforme regulamentado pela Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educação, o PES oferece formações especializadas e pontuais em diversas áreas de tecnologia, totalizando entre 300 e 360 horas de aprendizado.

Voltado a profissionais de diferentes áreas, o programa busca desenvolver competências exploradas pouco nas séries curriculares tradicionais. Ao final da formação, os participantes recebem certificação na área escolhida, o que contribui para a valorização do currículo e ampliação das possibilidades de atuação no mercado de trabalho.

Assessoria de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN

☎ (84) 99229-6564 | 📧 ascom@imd.ufrn.br

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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Rock Gospel do RN segue com relevância com a Banda Kruyssen

 Mais que música, pioneirismo missionário

A música rock gospel no Brasil representa uma intersecção marcante entre fé cristã e a cultura jovem ligada ao rock — um gênero que, por muito tempo, foi visto com desconfiança por setores religiosos mais conservadores. Esse movimento começou a ganhar força no Brasil nas décadas de 1980 e 1990, desafiando paradigmas e abrindo novos caminhos para a música evangélica no país.

Entre as bandas que marcaram esse início, a Kruyssen segue se destacando como um dos nomes pioneiros e mais relevantes do rock gospel no Rio Grande do Norte. Fundada em 2001, na cidade de Natal, pelo músico potiguar Israel Tenório, a banda assumiu desde o início um compromisso com a excelência musical e uma mensagem espiritual profunda. Com uma proposta ousada e inovadora, a Kruyssen trouxe ao cenário cristão nacional uma sonoridade progressiva, combinando elementos do metal melódico, rock sinfônico e nuances de música brasileira — algo inédito no segmento em todo o país até então.

Em 2019, com o album Metanoia, a banda esteve entre as nominadas no Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum Rock de Lingua Portuguesa ou Álbum Alternativo”.

Proclamar através da arte

O nome "Kruyssen", de origem grega, significa "proclamar" e resume bem o propósito da banda: levar uma mensagem de transformação, esperança e fé por meio da música. Ao longo de mais de duas décadas de carreira, a banda construiu uma identidade sólida dentro e fora do estado, sendo considerada referência nacional no rock cristão alternativo.

Seu álbum de estreia, "Pelo Seu Poder" (2006), marcou um divisor de águas no cenário gospel potiguar, elevando o padrão técnico e artístico da produção cristã local. O disco, que contou com arranjos de cordas e composição refinada, levou a Kruyssen a vencer o Prêmio Hangar de Música como Melhor Banda Cristã em 2009 — um feito inédito para uma banda gospel de rock no RN.

Em 2014 lançou o single + Clip de “Vestígios de perfeição “ sendo indicada como melhor videclip do ano pelo premio Hangar de música, a Kruyssen também lançou o aclamado álbum conceitual "Metanoia", uma obra densa e espiritual que narra a jornada de transformação de um personagem em crise existencial. A profundidade lírica, somada a arranjos sofisticados, consolidou ainda mais o nome da banda como uma força criativa dentro da música cristã brasileira. A versão em inglês do álbum, lançada em 2023, expandiu o alcance da banda para o público internacional.

Influência e legado

A influência da Kruyssen ultrapassa os limites da própria música. Ela abriu caminhos para outras bandas locais, inspirando novos músicos cristãos a explorarem o rock com autenticidade e qualidade. Sua participação em festivais, congressos e turnês , ajudou a consolidar o rock gospel como um gênero legítimo e respeitado dentro das igrejas e no cenário musical mais amplo, e foi um verdadeiro motor de um estilo diferente do popular, rompendo barreiras da música gospel, contribuindo significativamente para o aumento de eventos e rádios.

Outros grupos como Getsemani, Discipulos, Santuario, Kairós Rock, Verbo Vivo, Êxodo 20, Elyon,  também contribuíram para o crescimento do estilo, mas foi a Kruyssen , através da liderança resiliente de Israel Tenório (que desenvolvia múltiplos papéis de produção musical e executiva dentro da banda), que pavimentou o caminho com maior consistência e alcance, tornando-se sinônimo de inovação e compromisso espiritual no rock cristão potiguar.

Relevância atual

Mesmo após mais de 20 anos de trajetória, a Kruyssen segue ativa e relevante. Seus videoclipes, como “One More Time”, continuam sendo lançados com produção profissional e mensagens impactantes, mantendo a conexão com uma nova geração de ouvintes. A banda está presente nas principais plataformas digitais e tem uma base sólida de seguidores nas redes sociais, o que demonstra sua vitalidade e influência contínua, tanto pelo seu profissionalismo quanto pela projeção nacional e internacional.

Histórico

Considerada a primeira banda de rock gospel do Brasil, o Rebanhão surgiu no Rio de Janeiro no início da década de 1980. Seus integrantes — como Pedro Braconnot e Carlinhos Félix — misturavam rock progressivo, MPB e letras cristãs. Seu ápice fica por conta do álbum "Mais Doce que o Mel" (1981), sendo duramente criticado por alguns líderes evangélicos, mas também extremamente influente. Sendo os primeiros a se apresentarem com instrumentos elétricos e linguagem jovem nas igrejas.

A década de 1990 consolidou o rock gospel no Brasil com a visão e investimentos da igreja “Renascer”,  bandas como Oficina G3 (SP) que misturava metal, hard rock e pop com letras cristãs; Katsbarnea (SP),  marcante pelo apelo evangelístico nas ruas e shows; Resgate (SP) que trouxe um som mais voltado ao rock clássico e ao humor inteligente nas letras; Fruto Sagrado com um som pesado , abordando temas como desigualdade social e violência. E, por fim, Catedral que fazia um pop rock  com letras sutis sobre amor e salvação marcaram gerações, legitimando o gênero, influenciando no surgimento de gravadoras especializadas e ajudando a normalizar a presença de cristãos no mainstream musical.

Aqui no Rio Grande do Norte o rock gospel nasceu como uma expressão de fé moderna, dialogando com os anseios da juventude cristã que buscava uma linguagem musical mais conectada com seu tempo. Em meio a um cenário musical dominado por estilos tradicionais nordestinos, o rock potiguar teve seu desenvolvimento sólido apenas no fnal dos anos 90 e início  dos anos 2000, com força nas igrejas evangélicas — especialmente entre os jovens que encontravam nesse gênero uma forma autêntica de adoração e mensagem.

Por Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.b

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terça-feira, 8 de julho de 2025

Revil Alves surpreende e ganha aposta como candidato a deputado federal pelo RN; caicoense agora se aposenta da política


 Esta postagem de 2014 por Assessorn.com vem chamando a atenção pelo total de acessos nos últimos dias. Na verdade, "Revil Alves surpreende e ganha aposta como candidato a deputado federal pelo RN" foi uma revelação do próprio candidato e surpreendeu a ele mesmo, segundo disse. 

O Dr. Revil voltou a se candidatar em 2018 pela legenda Patriota, obtendo menos votos, 134, e em 2022 pelo mesmo partido. Embora Revil se declare um defensor da democracia se candidatou nos últimos anos pelo Patriota considerado um partido de direita a extrema direita.

Ao que parece, o caicoense, advogado, jornalista e radialista Revil Alves não mais cogita se candidatar a cargo nenhum, embora sua trajetória política se tornou propícia como ex-candidato de todos os cargos, porém, o destaque foi para a vice-presidência da República nas eleições de 2010.

ATUALIZADO: O Dr. Revil em contato com Assessorn.com disse que não tem essa conversa de aposentadoria, que em 2026 vai sair para senador e só aguarda a confirmação da pré-candidatura para governador de um amigo que também vai indicar o partido.

- Confira aqui a postagem de 2014: Revil Alves surpreende e ganha aposta como candidato a deputado federal pelo RN

Imagem reproduzida do whats app  


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domingo, 6 de julho de 2025

Banda musical caicoense celebra aniversário e nome foi retirado de concurso na Rádio Rural há 50 anos

 

A Banda Circuito Musical está comemorando, neste ano, trinta anos de história, com celebração no Teatro Riachuelo de Natal, mas o que o blog registra são as origens  do nome e um dos proprietários.
O nome Circuito Musical foi criado através de um concurso promovido na Rádio Rural de Caicó, pelo radialista Getúlio Costa, para uma banda ou conjunto do clube “A Palhoça”, que surgia no bairro  Barra  Nova, hoje a sede social do Atlético Clube Corinthians de Caicó, e quem venceu o concurso, na época, foi o estudante Paulo Perigo, com Circuito Musical, por volta de 1976, ou seja, praticamente 20 anos antes da grande banda.

Já o caicoense Divaldo Medeiros, que deu vida a banda se destacando no cenário nacional, foi colega deste blogueiro ainda criança/adolescente no curso primário, em Caicó, e lembro dele ensaiando ser cantor em cima da calçada do refeitório da escola, Instituto de Educação, hoje, CEJA - Centro Educacional José Augusto, tocando com o braço de uma carteira, imitando a guitarra que se tornou seu instrumento profissional no futuro, tanto que o jovem Divaldo criou uma banda (ou seja, um conjunto como se falava), nos anos da década de 1970, onde os jovens dançavam no Clube Cabana, nas tardes/noites de domingo, e décadas depois a famosa banda Circuito Musical.

Imagem reproduzida/divulgação

Leia também: Banda Circuito Musical celebra 30 Anos de história no palco do Teatro Riachuelo


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DEVOLVAM MEU SÃO JOÃO

  Por Fernando Luiz*

O mossoroense Marcus Lucenna, que mora no Rio de Janeiro há mais de quarenta anos, é um ferrenho defensor da cultura nordestina. Poeta, cantor, compositor e cordelista, é conhecido como “O Cantador dos Quatro Cantos” por causa das suas andanças Brasil afora. É ocupante da cadeira número 7 da ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel) e conheceu de perto dezenas de grandes nomes da música nordestina, entre os quais Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Elino Julião e Luiz Gonzaga, este último, sua grande inspiração para ingressar no universo da música nordestina de raiz. Marcus Lucenna é autor de vários livros, sendo o mais recente “As aventuras de Marcus Lucenna na Corte do Rei Luiz” 

No rádio, Marcus Lucenna dirigiu e apresentou os primeiros programas de forró em horário nobre; no Rio de Janeiro, na Imprensa FM e Tropical FM.  Também esteve à frente dos programas  “Nação Nordeste”, na Rádio Viva Rio e  “Marcus Lucenna – a Voz do Povo”, na Rádio Carioca AM.

Sempre que era convidado para participar de programas de TV, o mossoroense defendia a cultura nordestina, especialmente na área da música. Quando participou do programa Sem Censura da TV Brasil em 2017, o talentoso mossoroense falou sobre a invasão de outros estilos musicais nas festas juninas,  com um aumento cada vez mais crescente de estilos alheios à cultura nordestina nos últimos anos.

Todos nós sabemos que a participação de grandes nomes da música nacional nos festejos juninos contribui para o fortalecimento do Turismo, da geração de renda e para o aumento da arrecadação de impostos. Mas, como afirmou Marcus Lucenna em determinado momento da entrevista: “O melhor do Nordeste é a gente ver a verdadeira música nordestina; não sou preconceituoso, mas sugiro às pessoas que organizam o São João no Nordeste, que façam uma espécie de intercâmbio. Por exemplo: as cidades que fazem São João trocarem artistas entre si. Mais adiante, Marcus Lucenna conclui: “Pode-se contratar as megas estrelas; mas não é justo se usar dinheiro público para um evento, tirando o elemento que criou a festa.”*

Este ano o São João de Natal foi um sucesso absoluto. Bateu recordes de público nos eventos em todas as quatro regiões administrativas da cidade e nos shows da Arena das Dunas. 

É preciso reconhecer que a programação da prefeitura de Natal foi a melhor dos últimos anos. Mesmo assim não se pode negar que os verdadeiros defensores do forró autêntico potiguar não tiveram o espaço que mereciam. Podemos citar como exemplo  dois nomes:  Roberto do Acordeon e Deusa do Forró. 

Muito precisa ser feito para aumentar a participação dos nossos talentos forrozeiros de raiz nos festejos juninos de Natal. Enquanto isso não acontecer, precisamos repetir as palavras de Marcus Lucenna, que afirmou certa vez "Devolva meu São João!”

*Entrevista disponível no canal de Marcus Lucenna no Youtube.

@fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no 

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sábado, 5 de julho de 2025

Banda Circuito Musical celebra 30 Anos de história no palco do Teatro Riachuelo

 

No dia 02 de outubro, o Teatro Riachuelo Natal, será palco de uma celebração inesquecível: os 30 anos da banda Circuito Musical. Em parceria com o Opus Entretenimento, a banda promete um espetáculo especial para homenagear três décadas de estrada, música e conexão com o povo nordestino.

Ao longo desses anos, o Circuito Musical vem construindo uma trajetória marcada por grandes sucessos, presença nos maiores eventos do Nordeste e um amor genuíno pelo forró. Sob a voz inconfundível de Tetê Pessoa, acompanhada da energia de Marquinhos Carrera, a banda atravessando gerações, mantendo sua essência e conquistando novos públicos a cada ciclo.

Esse será um momento para reviver os clássicos que marcaram época, relembrar grandes fases da banda e comemorar com quem sempre esteve ao lado: o público. O show também simboliza a força da música nordestina e seu papel cultural inegociável no Brasil.

Circuito Musical – 30 anos é um tributo à história, à música e ao povo que mantém viva essa paixão.

SERVIÇO

Circuito Musical 30 anos

Dia 02 de outubro, quinta-feira, às 19h, no Teatro Riachuelo

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:

Bilheteria do Teatro Riachuelo ou no site uhuu.com

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br - (84) 98728-0813

Imagem relacionada à divulgação/banner do evento


JBAnota: apenas um registro de reconhecimento ao caicoense Divaldo que deu vida a banda se destacando no cenário nacional; Divaldo Medeiros foi colega deste blogueiro ainda no curso primário, em Caicó, e lembro dele ensaiando ser cantor em cima da calçada do refeitório da escola, Instituto de Educação, hoje, CEJA - Centro Educacional José Augusto, tocando com o braço de uma carteira, imitando a guitarra que se tornou seu instrumento profissional no futuro.

Origem nome Circuito Musical 

E registrar, ainda, que esse nome Circuito Musical foi retirado de um concurso promovido na Rádio Rural de Caicó, pelo radialista Getúlio Costa, para uma banda do clube A Palhoça, que surgia no bairro  Barra  Nova, hoje a sede social do Atlético Clube Corinthians de Caicó, e quem venceu o concurso, na época, foi o estudante Paulo Perigo, por volta de 1976, ou seja, praticamente 20 anos antes da grande banda passar para as mãos do guitarrista Divaldo.

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Natal sedia evento nacional sobre cidades inteligentes e gestão pública inovadora: Confira programação

 Summit vai reunir líderes e especialistas para discutir soluções digitais de alto impacto

Nos dias 21 e 22 de julho, Natal será palco do Smart Metropolis FIWARE iHub Summit 2025, evento inédito que reúne gestores públicos, especialistas e empreendedores para discutir o futuro das cidades inteligentes no Brasil. A programação será realizada no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), e marca o lançamento oficial do Smart Metropolis FIWARE iHub, primeiro centro de inovação FIWARE oficialmente reconhecido no país.

A iniciativa é fruto de uma década de atuação do IMD em projetos voltados para a transformação digital da gestão pública, com foco em soluções baseadas em padrões abertos e interoperáveis. Voltado especialmente para prefeitos e líderes municipais, o Summit propõe uma agenda prática de inovação, conectando experiências e tecnologias aplicadas à administração pública.

A tecnologia FIWARE, de código aberto e origem europeia, estará no centro das discussões. Reconhecida por promover a integração entre diferentes sistemas urbanos, ela permite que as cidades adotem soluções mais eficientes, transparentes e sustentáveis, com redução de custos, maior autonomia tecnológica e melhor prestação de serviços ao cidadão.

“Com vagas limitadas e o interesse crescente de gestores de todo o país, este Summit é um convite exclusivo aos prefeitos e administradores públicos que desejam posicionar seus municípios na vanguarda da transformação digital”, aponta Frederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis.

Programação

Durante os dois dias de evento, os participantes terão acesso a painéis, visitas técnicas e apresentações de casos reais, como o projeto AMUREL Conectada, desenvolvido pela startup SmartCityTec, que criou um dos primeiros espaços de dados regionais do Brasil usando a plataforma FIWARE.

O primeiro dia de evento contará com painéis sobre os fundamentos da tecnologia, seu impacto na gestão pública e exemplos de aplicação prática em mobilidade urbana, energia inteligente e segurança pública. Destaque para a apresentação do bairro Harmonia, da construtora Ecocil, planejado desde sua origem como um bairro inteligente com base na interoperabilidade de dados.

Já no segundo dia, uma programação será voltada para visitas técnicas guiadas, incluindo o Plano de Cidades Inteligentes de Natal, apresentado pela Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), além de visitas ao Metrópole Parque e ao projeto Harmonia.

O evento é uma realização do Smart Metropolis FIWARE iHub, iConects, Consórcio CIGA e UFRN, com patrocínio do Grupo Interjato. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/smart-metropolis-fiware-ihub-summit-2025/2976344

Programação do Smart Metropolis FIWARE iHub Summit 2025

21 e 22 de julho de 2025

Local: IMD - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

9h - 9h40: Abertura e Boas-Vindas

José Daniel Diniz Melo, Reitor da UFRN

Emerson Maas, Prefeito de Mafra e Presidente do CIGA José Ivonildo do Rêgo, Diretor do IMD/UFRNEloi Ronnau, Presidente do iConectsFrederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis FIWARE iHub

9h40 - 10h10: O Papel do Smart Metropolis FIWARE iHub na Construção de Cidades Inteligentes. O que é Fiware e por que as prefeituras deveriam adotar

Frederico Lopes, Diretor do Smart Metropolis FIWARE iHub

Karine Symonir, Consultora PNUD vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

10h10 - 11h: O poder público como indutor das cidades inteligentes

Vagner Araújo, Secretário de Planejamento de Natal (a confirmar)

Emerson Maas, Prefeito de Mafra e Presidente do CIGA

11h - 11h50: Vitrine: soluções prontas com fiware - Como a Fiware pode transformar sua cidade (Destaque para as Filiadas ao FIWARE iHub: Grupo Interjato e SmartCityTec)

11h50 - 14h: Almoço e Networking (Restaurante Nau)

14h - 14h30: Harmonia: O bairro inteligente que nasce com Fiware

Equipe da Ecocil - Harmonia

Apresentar como o bairro Harmonia, desenvolvido pela Ecocil, está sendo planejado desde sua concepção para ser um bairro inteligente, utilizando FIWARE como base para interoperabilidade, sustentabilidade e bem-estar urbano.

14h30 - 15h20: Desafios e Oportunidades no Uso de Dados para a Construção de Cidades Inteligentes

Painel de discussão com especialistas sobre os desafios tecnológicos, legais e éticos na implementação de soluções de dados abertos e interoperabilidade nas cidades.

Prof. Daniel Sabino (Smart Metropolis FIWARE iHub), especialista em IA para cidades inteligentes

Mestrado. Rodrigo Romão, Diretor do Metrópole Parque e Vice-diretor do Smart Metropolis Fiware iHub

Prof. Raimundo Nonato Jr., Coordenador do Laboratório de Inovação e Inteligência Territorial (LI2T)

15h20 - 16h: Inovação e colaboração na segurança pública no contexto das cidades inteligentes .

Prof. Nelio Cacho (Smart Metropolis FIWARE iHub), especialista em Engenharia de Software e Vice-coordenador do Smart Metropolis

Coronel Emiliano Loyola, Coordenador de TI da SESED/RN

Coronel Kléber Macedo, Secretário de Segurança de Macaíba

16h - 17h: Visita ao Metrópole Parque

17h - 17h30: Encerramento do Dia 1

Dia 2 - 22 de julho de 2025 - Visitas Técnicas

9h - 10h30: Visita Técnica para conhecer o Plano de Cidades Inteligentes de Natal: Inovação e Sustentabilidade em Ação

10h30 - 12h Visita à Ecocil para tradição no Harmonia

13h - 14h: Almoço e Networking

14h - 16h: Visita ao Grupo Interjato para conhecer soluções Powered by Fiware

Por Metrópole Parque <metropoleparque@imd.ufrn.br

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Peregrinos de Sant’Ana celebram 25 anos com livro e tem lançamento no Jantar da Festa da Padroeira de Caicó

 

No dia 17 de julho de 2025, um momento de grande emoção e fé marcará o tradicional Jantar de Sant’Ana, em Caicó: é o lançamento do livro “Devoção e Tradição: Peregrinos de Sant’Ana no Sertão do Seridó”, uma obra que resgata, celebra e eterniza os 25 anos de história da peregrinação em homenagem a Sant’Ana, a amada padroeira do povo seridoense.

Organizado pelos pesquisadores Josemery Alves e Pedro George de Brito, o livro é um marco documental e afetivo, um verdadeiro tesouro da fé popular no sertão potiguar.

Dividido em cinco capítulos, a publicação convida o leitor a um percurso de espiritualidade, memória e identidade cultural, enraizado na rica tradição seridoense.

A obra contou com a inestimável colaboração de Mirna Medeiros Pacheco, Maria Gizelda de Medeiros, Rachel Dantas de Medeiros Santos e Roberto Fontes, que contribuíram com textos, pesquisa, imagens e organização de conteúdo, enriquecendo ainda mais o projeto.

Lançamento do Livro: “Devoção e Tradição: Peregrinos de Sant’Ana no Sertão do Seridó”

Data: 17 de julho de 2025 (quinta-feira)

Evento: Jantar de Sant’Ana

Local: Igreja Catedral de Sant’Ana (Caicó/RN)

Organização: Josemery Alves e Pedro George de Brito

Colaboradores: Mirna Medeiros Pacheco, Maria Gizelda de Medeiros, Rachel Dantas de Medeiros Santos, Roberto Fontes

Capa: Vandeberg Medeiros

Editora: Sebo Vermelho edições

- Com Blog do Heitor Gregório

imagem relacionada à divulgação/
capa do livro


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domingo, 29 de junho de 2025

WALDICK NÃO ERA CACHORRO, NÃO

  Por Fernando Luiz*

Se fosse vivo, Waldick Soriano teria completado 82 anos no dia 13 de maio passado. A atriz Patrícia Pilar afirmou, quando o cantor era vivo, que sempre gostou das músicas do “Frank Sinatra” brasileiro, dizendo que suas canções tinham “um que” especial que sempre a impressionaram e deslumbraram. Ela o admirava tanto que em 2006 resolveu fazer um filme sobre a vida do artista.

Waldick Soriano compôs verdadeiras pérolas da música romântica brasileira, mas sempre foi discriminado pela elite preconceituosa e por pessoas que, alegando ter “bom gosto musical”, detestavam seu trabalho, embora o artista fosse amado por milhões de brasileiros.

O cantor baiano, de origem pobre, sempre foi estigmatizado e sofreu a mesma discriminação da qual também foram vítimas artistas populares como Paulo Sérgio, Odair José, Agnaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Nelson Ned, os potiguares Carlos Alexandre e Carlos André (Oséas Lopes) e inúmeros outros.

Compondo e cantando um tipo de música cujo tema central era a história de amores frustrados, utilizando-se de visuais aberrantes e inusitados – considerados de mau gosto – os artistas que, como Wakdick Soriano cantavam músicas consideradas cafonas, faziam parte da geração brega, que teve seu apogeu em meados dos anos 70, em plena ditadura militar. 

Os cantores bregas não tinham formação cultural sólida e as suas canções, quando tinham apelo social, isso ocorria de maneira inconsciente. A única exceção a essa regra era Odair José. Por compor músicas elevando a autoestima das empregadas domésticas (Deixe Essa Vergonha de Lado), protestando contra o programa governamental do governo militar de controle da natalidade (Pare de Tomar a Pílula) e quebrando o preconceito contra as prostitutas (Eu Vou Tirar Você Desse Lugar), Odair foi chamado pelo jornalista e produtor musical Luiz Antônio Mello de o “Bob Dylan da Praça Mauá”.

Nos anos setenta, os cantores de brega faziam shows em circos, cinemas e clubes do interior. Ganhando cachês muito abaixo da média dos medalhões da MPB, os bregueiros eram campeões da venda de discos, davam lucros exorbitantes às gravadoras e muitas vezes cobriam o prejuízo dado pelos discos gravados por grandes nomes da MPB, cujos discos (de qualidade excepcional e de suma importância para a música brasileira) vendiam pouco por causa das produções caríssimas; mesmo assim, os cantores cafonas ainda enfrentavam – pasmem – a Censura, embora fossem pessoas despolitizadas.

O brega sempre foi considerado como um subproduto do gueto da cultura de massa, apesar de ser apenas um movimento musical de grande importância. O “santo protetor” dos cantores de Brega (São Caetano... Veloso) deu o primeiro passo para resgatar o movimento, ao regravar Coração Materno, de Vicente Celestino. Depois, continuou quebrando tabus: regravou Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, de Odair José (ao vivo, no evento Phono 73 promovido pela gravadora Philips), Sonhos (de Peninha), Você Não Me Ensinou a Te Esquecer (de Fernando Mendes)  e Sozinho, também de Peninha, que rendeu a Caetano o primeiro disco de platina da sua carreira. A partir daí, os intelectuais passaram a considerar como “joias da MPB” canções que eram “inaudíveis”, nas vozes dos seus criadores...

O escritor e pesquisador baiano Paulo Cézar Araújo – citado por mim em outros artigos anteriores – no seu livro Eu Não Sou Cachorro Não, colocou o brega no seu devido lugar, como um movimento musical autêntico. 

Não se pode afirmar que a música brega é rica em poesia e melodia; todavia, a “intelectuália” brasileira precisa se lembrar das lições de Caetano Veloso e de Paulo Cézar Araújo, reconhecer a importância do brega e respeitar os artistas que fazem parte do movimento. Respeitá-los como artistas e seres humanos. E se possível, voltar no tempo e lembrar que Patrícia Pilar resgatou a memória de Waldick Soriano.

Afinal, Waldick Soriano, não era cachorro, não.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.


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sábado, 28 de junho de 2025

Samba de Arruar estreia nova temporada: música, encontros e resistência no coração da Cidade Alta

 

No sábado, 5 de julho, o projeto sociocultural Samba de Arruar dá início à sua décima edição com novidades que prometem dar ainda mais vida à roda de samba: a partir de agora, o evento passa a acontecer no Largo Ruy Pereira, às 14h, acolhido pelo tradicional Bar do Zé Reeira, no coração boêmio da Cidade Alta.

Idealizado e comandado pela cantora e compositora Valéria Oliveira, o Samba de Arruar reafirma seu compromisso com a valorização da cultura popular, da música potiguar e do protagonismo feminino no samba. Desde sua estreia em 2024, no bairro do Alecrim, o projeto vem ocupando espaços públicos e populares da cidade, levando a força dos tambores, das vozes e das tradições a públicos diversos.

Mais do que um título, o nome Samba de Arruar carrega um propósito: o de ocupar as ruas com música, afetos e memórias. A palavra “arruar”, que remete ao ato de sair em cortejo pelas ruas, sintetiza a proposta do projeto de levar o samba ao encontro do povo – ao ar livre, em espaços democráticos e de convivência.

Valéria divide o palco e o canto com o músico e cantor Kelliney Silva, parceiro em diversos projetos e presença marcante nas rodas. Com eles, estão os músicos Jubileu Filho (violão 7 cordas), César Sampaio (banjo e cavaquinho) e Ninho Brasil (percussão), além das musicistas Deny Nascimento e Mirelly Angélica (percussões), reafirmando a presença de mulheres instrumentistas no samba potiguar.

A roda preserva seu espírito de encontro e improviso, com repertório que reverencia mestres do samba e compositores locais, abrindo espaço para participações espontâneas – uma celebração da diversidade musical que pulsa em Natal.

“Esse novo horário veio pra deixar tudo mais leve: quem quiser já almoça no Bar do Seu Zé e emenda no samba; quem preferir, chega depois pra tomar uma cervejinha gelada e cair na roda. É um convite pra ocupar a cidade com alegria, pra estar junto, cantar, dançar e celebrar o que a gente tem de mais bonito: o encontro”, ressalta Valéria Oliveira.

Realizado por Valéria Oliveira Produções com produção de Mônica Mac Dowell, o Samba de Arruar destaca e dá visibilidade a sambistas potiguares, promovendo o encontro entre tradição e contemporaneidade, incentivando novas parcerias e fortalecendo laços com a comunidade por onde passa.

A nova temporada conta com patrocínio da Prefeitura do Natal, Fundação Capitania das Artes e HC Cardio, por meio do Programa Djalma Maranhão, e do professor Robério Paulino, parceiro do projeto desde sua criação. Esta edição também conta com apoio do Bar do Zé Reeira e de Hélio Lima Cabelo e Arte. 

SERVIÇO

Roda de Samba – Samba de Arruar

Dia 05 de julho, sábado, a partir das 14h

Largo Ruy Pereira (Bar do Zé Reeira), Cidade Alta – Natal/RN

Acesso gratuito

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

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Pórtico dos Reis Magos em Natal sofre novo ataque dos vândalos

 Lamentável e revoltante: Pórtico dos Reis Magos é novamente vandalizado horas após ser concluída a revitalização

Apenas horas depois de ter sido revitalizado pela Prefeitura de Natal, o Pórtico dos três Reis Magos, localizadas às margens da BR-101, na zona sul da cidade, já sofreu uma nova ação de vândalos. O monumento foi pichado na madrugada desta quarta-feira (25). 

A secretaria municipal de Serviços Urbanos (Semsur) vai providenciar uma nova pintura, aplicando uma manta de resina para dificultar as ações delituosas. “Infelizmente o local foi novamente vandalizado e depredado. Lamentamos bastante a situação. Vamos executar mais uma vez a recuperação do monumento, que homenageia os co-padroeiros da nossa cidade. Também estamos estudando medidas para coibir as ações delituosas como a instalação de câmeras e sensores de movimento no local”, destacou o titular da Semsur, Felipe Alves.

- Blog do Heitor Gregório

Imagem relacionada à divulgação/

pórtico pichado pelos vândalos após revitalização



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