acesse o RN blog do jornalista João Bosco de Araújo [o Brasil é grande; o Mundo é pequeno]


domingo, 16 de fevereiro de 2025

O CANTADOR DOS QUATRO CANTOS

 Por Fernando Luiz*

Eu o conheci em meados dos anos oitenta. Na época, pelo menos duas vezes por ano eu viajava para o Rio de Janeiro e São Paulo para fazer shows e me apresentar em alguns programas de TV. Quando estava no Rio, eu costumava ir quase diariamente para Bonsucesso, onde o paraibano Aluízio Silva, meu empresário, tinha uma gráfica. Ele era amigo de Aluízio e de vez em quando eu me encontrava com ele; quando isto acontecia, nós conversávamos bastante sobre música, arte, cultura, política e uma infinidade de outros assuntos e até sobre religião. Além dos assuntos com os quais nos identificávamos, nós tínhamos algo mais em comum: éramos potiguares (eu nasci em Natal e ele em Mossoró).

Ainda pequeno, em 1968 ele ouviu a música Asa Branca pela primeira vez, em um showmício que se realizava em Mossoró, na voz daquele que seria a sua grande inspiração: Luiz Gonzaga. Eu estou falando de Marcus Lucenna, que desde a infância adquiriu gosto pela música influenciado por seu pai que, além de radialista, era poeta, repentista e cordelista. 

Marcus Lucenna sempre foi apaixonado por música e em 1977, com apenas 16 anos chegou ao Rio de Janeiro carregando, além da sua bagagem, o sonho de ser artista, inspirado pela obra dos repentistas, emboladores de coco, violeiros e cordelistas, figuras que sempre estiveram presentes no seu imaginário e na sua vida. Na cidade maravilhosa ele começou a cantar no calçadão de Copacabana e, aos poucos, se destacou por seu carisma e sua musicalidade, conquistando turistas e cariocas. Foi no calçadão que ele conheceu muita gente, inclusive pessoas influentes do meio musical. 

O gosto musical de Marcus Lucenna não se limitava às obras de artistas nordestinos; como uma espécie de pesquisador precoce, além de Luiz Gonzaga, ele ouvia tudo o que estivesse ao seu alcance, desde Jackson do Pandeiro - considerado “O Rei do Ritmo” -, passando por Bob Dylan, Charles Aznavour e outros nomes da música internacional; posteriormente passou a admirar nomes da MPB, como Fagner, Raul Seixas e Ednardo. 

Com esforço, competência, talento e determinação, Marcus Lucenna, com o passar do tempo, foi ganhando espaço e conquistando um público cada vez maior.  No Rio de Janeiro, ele sempre foi um defensor ferrenho da Feira de São Cristóvão e dos interesses dos feirantes, o que lhe rendeu em 2009, durante o primeiro mandato de Eduardo Paes, o convite para se tornar o administrador da feira, cargo que ocupou até 2013. 

Ao longo da sua trajetória, o mossoroense acumulou na carreira diversas parcerias importantes como Luiz Vieira, Mirabô, Capinam, Mario Lago Filho, Vicente Telles, Zé Lima – também mossoroense -, Roque da Paraíba, Edson Show, Chico Pessoa e Zé do Norte. Ingressou no rádio, onde dirigiu e apresentou os primeiros programas de Forró em horário nobre no Rio, em emissoras como Imprensa FM e Tropical FM. Também esteve à frente dos programas “Nação Nordeste”, na Rádio Viva Rio (do Sistema Globo) e “Marcus Lucenna – a Voz do Povo”, na Rádio Carioca AM. Na TV, dirigiu, produziu e apresentou “Marcus Lucenna De Repente”, programa da NGT. Assinou a coluna “Canto do Povo Nordestino”, do jornal o Povo do Rio, e fundou o jornal Nação Nordeste. Também participou como entrevistado e artista convidado em importantes programas de TV, entre os quais Jô Soares e Domingão do Faustão.

Marcus Lucenna idealizou vários projetos de valorização da cultura popular e em defesa das causas do migrante nordestino. Ocupou por seis anos o cargo de gestor do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, (a feira de São Cristóvão) e não só impediu que a Feira fosse retirada do bairro por força da especulação imobiliária, como liderou o movimento que a levou para dentro do Pavilhão de São Cristóvão, onde está localizada até hoje.

Amante das manifestações literárias nordestinas, Marcus Lucenna ocupa a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). Foi condecorado com os títulos de Cidadão Fluminense, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e Cidadão Carioca, pela Câmara de Vereadores. 

Por seu talento como cantor, compositor, poeta e músico, pela sua trajetória no ramo artístico e por suas andanças pelo Brasil, Marcus Lucenna hoje é conhecido como “O Cantador dos Qu4tro Cantos”. Sua jornada musical é marcada pelo ecletismo: passa pelo pé-de-serra e segue pelo brega, cantoria de viola, tango, rumba, lambada, chorinho e tudo o que representa a alma brasileira e latino-americana. 

Sou fã de Marcus Lucenna, e pra mim é um privilégio desfrutar da sua amizade, apesar da distância. Morando no Rio de Janeiro há várias décadas, o meu amigo conseguiu algo raro: permanece fiel às suas origens e defende a cultura nordestina, o que é motivo de orgulho para todos os potiguares. Principalmente para os mossoroenses.

Instagram: @fernandoluizcantor 

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Exibição audiovisual no Complexo Cultural Rampa marca encerramento de projeto com adolescentes da Fundase

 Socioeducandos de três unidades do sistema socioeducativo participaram de oficinas e produziram um filme de animação exibido no auditório do Complexo

Nesta quarta-feira (12), o Complexo Cultural Rampa recebeu quinze adolescentes assistidos pela Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) para celebrar o encerramento de um projeto com jovens em cumprimento de medida socioeducativa. O Municine, elaborado em parceria com a produtora colaborativa Fábrica de Inventores, é um laboratório de estudo de sombras que culminou na realização de um projeto audiovisual viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo RN.

“É uma honra para nós receber esse projeto e poder proporcionar este espaço para que os adolescentes possam apreciar a arte que eles mesmos produziram. É através destas iniciativas que a gente percebe como a política pública realmente chega na ponta e é capaz de trazer uma nova perspectiva de transformação de vidas através da Cultura”, declarou a Secretária de Cultura, Mary Land Brito, que destacou ainda a importância da articulação entre diferentes instâncias do governo e instituições em benefício da sociedade.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) é um ente da administração indireta do Governo do Estado vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), responsável pela execução das medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes que cometeram ato infracional de todo o Estado.

No RN, dez unidades são administrados pela Fundase, nas cidades de Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró, sendo quatro unidades de internação (Case), três unidades de cumprimento de medida em semiliberdade (Casemi) e três unidades de internação provisória (Casep), responsáveis pelo pronto atendimento dos adolescentes.

O filme de animação “O Menor e a Raposa”, produzido pelos adolescentes socioeducandos da Fundase, foi exibido no auditório do Complexo Cultural Rampa, junto a outros três curtas-metragens: Fazenda Rosa, Cordel da Vila e Ori. A coordenadora de Gestão de Pessoas da Secretaria da Administração (Sead), Ilana Von Sohsten, acompanhou a atividade.

Também esteve presente a gerente do Centro de Atendimento Socioeducativo em Semiliberdade de Nazaré (Casemi - Nazaré), Flávia Santos, que explicou que o Municine é fruto da parceria com a Fábrica de Inventos, liderado pelo coordenador Gil Leal. “Ele já trabalhava conosco através de oficinas de grafite e então trouxe essa proposta de projeto audiovisual, com oficinas de roteiro, som e direção de arte”.

“Foi muito relevante porque os adolescentes puderam entrar em contato com outras linguagens. Eles se integraram melhor e aprenderam a trabalhar juntos, porque o audiovisual trabalha o coletivo, a criatividade e o respeito às ideias”, avaliou a gerente.

De acordo com o coordenador do projeto, o Municine envolveu principalmente três unidades do sistema socioeducativo: o Casemi Nazaré, o Case Pitimbu e o Casemi Pe. João Maria. “Foram vinte horas de formação em cada uma dessas unidades, contando com quatro módulos: arte e animação, fotografia, som e roteiro”, pontuou. As ações foram desenvolvidas com recursos do Edital de Formação em Audiovisual da Lei Paulo Gustavo RN.

O encontro na Rampa marcou a conclusão das atividades, após grande expectativa dos adolescentes. Eles relataram que foi uma experiência única e surpreendente realizar um produto audiovisual dentro de uma unidade socioeducativa e que foi um momento de grande satisfação visualizar o nome deles na telona do auditório, como numa tela de cinema.

A gerente de articulação interinstitucional da Fundase, Nazaré Davi, destaca que a Cultura é um dos eixos trabalhados nas ações socioeducativas. “A Cultura, comprovadamente, é um caminho para se construir uma nova mentalidade, e o maior objetivo da socioeducação é contribuir para que o socioeducando construa um novo projeto de vida, então a cultura é essencial porque desperta nele o entendimento dele enquanto sujeito na sociedade”.

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte

E-mail: comunicacaoculturarn@gmail.com

Instagram: @secultrn 

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Empresa de combustíveis oferece oportunidades de trabalho em quatro cidades neste mês; Natal uma dessas

 Contratados vão atuar nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Maranhão

Neste mês, a distribuidora de combustíveis ALE oferece novas oportunidades de trabalho em quatro cidades do país: São Paulo (SP), Betim (MG), Natal (RN) e Açailândia (MA). As vagas são para atuação nas áreas administrativa e comercial. Os interessados podem obter mais informações e se candidatar por meio da página de recrutamento da ALE no campo "Trabalhe Conosco" do site oficial da companhia.

Entre as oportunidades disponíveis, a matriz da empresa em Natal (RN) oferece duas vagas para estagiário comercial, destinadas a estudantes que desejam ingressar no mercado de trabalho e desenvolver habilidades no setor comercial. Já em São Paulo (SP), a companhia está contratando consultor comercial de postos sênior.

Outra vaga em aberto é para consultor comercial B2B sênior, com atuação em Açailândia (MA). Além disso, a base de armazenagem e distribuição da ALE em Betim (MG) está com duas vagas para aprendizes, destinadas a jovens que desejam dar os primeiros passos na vida profissional.

Benefícios

A ALE Combustíveis oferece um pacote completo de benefícios, que inclui assistência médica e odontológica, convênio farmácia, auxílio-creche ou acompanhante e o programa "Mamãe ALE". A companhia também disponibiliza o Total Pass, benefício corporativo que dá acesso a diversas academias e estúdios em todo o Brasil. Além disso, os colaboradores e seus familiares contam com um programa de apoio pessoal que oferece orientação psicológica, física, nutricional e fisioterápica, em parceria com a Alelo e a Auster.

A ALE também possui o selo "Empresa que Dá Feedback" da Gupy, que reconhece a eficiência da empresa no processo seletivo e a alta taxa de retorno aos candidatos. Esse reconhecimento reforça o compromisso da companhia com a transparência e a valorização dos profissionais.

Alerta

A ALE Combustíveis reforça que todas as vagas de emprego divulgadas estão disponíveis exclusivamente nos canais oficiais da companhia, como a página de recrutamento (Carreiras ALE) no campo "Trabalhe Conosco" do site oficial e no perfil da empresa no LinkedIn. A empresa não envia links de oportunidades de emprego por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens e não cobra qualquer pagamento para participação nos processos seletivos.

VAGAS DISPONÍVEIS POR CIDADE

Natal (RN)

- Estagiário Comercial (2 vagas)

São Paulo (SP)

- Consultor Comercial de Postos Sênior Açailândia (MA)

- Consultor Comercial B2B Sênior

Betim (MG)

- Aprendiz (2 vagas)

Sobre a ALE

A ALE, fundada em 1996, é a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, com uma rede de cerca de 1,5 mil postos e 6,5  mil clientes ativos em 21 estados e no Distrito Federal. A empresa gera cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos.

Para os revendedores, a companhia disponibiliza diferenciais, como a linha Energy (combustíveis de transição energética, mais eficientes e sustentáveis), o Clube ALE e Livelo (relacionamento e recompensas), a parceria com a Moove para fornecimento de lubrificantes da marca Mobil, a Academia Corporativa ALE (treinamento e capacitação), o programa Ligados na Qualidade (certificação do combustível), as unidades de Serviço Automotivo ALE Express e as lojas de conveniência Entreposto (EP) e A Esquina.

Interface Comunicação Empresarial/

(31) 99567.1566

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

UM TALENTO POTIGUAR GANHA A LIBERDADE

Por Fernando Luiz*

O cantor, repentista e sanfoneiro Arnaldo Farias tem vários filhos e, dentre estes, pelo menos dois seguiram o caminho do pai: Robson e Arleno.

O primeiro seguiu literalmente o caminho de Arnaldo, passando a integrar a nova geração que optou pelo autêntico forró pé de serra. 

Natural de Iguatu, no Ceará, Robson Farias começou a compor, cantar e tocar sanfona logo cedo e pouco a pouco tornou-se um dos mais conhecidos artistas potiguares do estilo, firmando-se no cenário artístico norte-rio-grandense.

Seu irmão Arleno foi mais longe.

Nascido em São Rafael, interior do RN, terra do seu pai, Arleno Farias ganhou o sul do país. Com um timbre de voz e um estilo que lembram Zé Ramalho, ele teve a música Bicho do Mato fazendo parte da trilha sonora da novela Esperança da Rede Globo, que foi ao ar de junho de 2002 a fevereiro de 2003. Em 2006 teve mais uma música sua em outra novela da Globo Sinhá Moça, exibida no ano de 2003: Mistérios da Vida. Com essas duas músicas, Arleno ficou conhecido nacionalmente e no exterior, onda as novelas chegaram a ser exibidas.

Conhecido por mesclar elementos do forró com uma sonoridade moderna, além de cantor e compositor, Arleno é poeta e tem uma presença de palco extraordinária; ele é um artista performático, impressionando a todos que o assistem. Arleno Farias é considerado o “Rapper do Sertão”. 

Em outubro de 2023, Arleno foi preso na Alemanha, onde está morando, acusado de abusar sexualmente da sua ex-esposa, advogada, quando ela dormia. O cantor alegou que ela teria manipulado documentos para incriminá-lo. Ele sempre negou a acusação e durante sua detenção familiares e amigos fizeram várias campanhas de arrecadação de fundos para custear as despesas com sua defesa, entre estes seu pai Arnaldo Farias e brasileiros que vivem na Alemanha, como a artista plástica e escritora Lúcia Hinz, que na época da sua prisão realizou uma vaquinha on line para ajudar na sua alimentação e cobrir as despesas com assistência jurídica. 

Sexta-feira, dia 7, Arleno Farias ganhou a liberdade. Na saída da prisão, vários amigos foram recepcioná-lo. 

Arleno está livre. Agora ele pode voltar a voar através do seu talento.

Instagram: @fernandoluizcantor 

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Tecnologia do RN com empresa chinesa influencia na substituição de combustíveis fósseis

 Tecnologia da UFRN com empresa chinesa influencia na substituição de combustíveis fósseis

 Um grupo de quatro cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte conseguiu remover o oxigênio de óleos vegetais, naquilo que é uma nova rota de produção de biocombustíveis que podem ser utilizados em substituição aos combustíveis comuns, como o querosene e o bioquerosene de aviação, bem como o diesel usado nas frotas de caminhão.

Coordenadora da equipe que realizou a pesquisa, Amanda Duarte Gondim identifica que, tecnicamente, a tecnologia refere-se a um processo de desoxigenação fotocatalítica de ácidos graxos para a obtenção de hidrocarbonetos renováveis. “A inovação inclui o uso de catalisadores orgânicos e luz visível, operando em condições de pressão e temperatura ambiente, sem a necessidade de gás hidrogênio ou catalisadores metálicos nobres, situação que simplifica a forma como esse processo é feito atualmente, o torna economicamente mais acessível e sustentável ambientalmente”, explica a professora do Instituto de Química.

A pesquisa citada foi desenvolvida em uma parceria entre a UFRN e a empresa chinesa Sinochem Petróleo Brasil e rendeu um pedido de depósito de patente feito no ano passado, cujo nome foi “Processo de desoxigenação fotocatalítica de ácidos graxos para obtenção de hidrocarbonetos renováveis”. O projeto contou com a participação ainda de Jhudson Guilherme Leandro de Araújo, Lívia Nunes Cavalcanti e Aécia Seleide Dantas dos Anjos.

O primeiro pontua que o dispositivo tem aplicações diretas na indústria de biocombustíveis, com potencial para produção de combustíveis para transporte terrestre, aéreo e marítimo. Ele acrescenta que o dispositivo apresenta uma rota inovadora e sustentável para a produção de combustíveis renováveis, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa e da dependência de combustíveis fósseis. Além disso, promove o uso de recursos renováveis, como óleos vegetais, agregando valor à cadeia produtiva. 

Também docente da UFRN, Lívia Nunes Cavalcanti situa que a equipe do LabProBio, local onde experimentos ocorreram, está atualmente ampliando os testes para escalas maiores, aproximando o processo das condições industriais. O processo descrito e objeto do pedido de patente está em um estágio avançado de testes laboratoriais, circunstância que sugere que a tecnologia está próxima da fase de validação pré-comercial. “Também estamos avaliando a viabilidade com diferentes tipos de óleos vegetais. Esses esforços incluem aprimoramento de catalisadores, análise de eficiência energética e estudos de viabilidade técnica e econômica”, salienta a professora.

Inovação e originalidade

Coordenadora do Laboratório de Análise Ambiental, Processamento Primário e Biocombustíveis do NUPPRAR (LABPROBIO – NUPPRAR), Amanda Gondim participou apenas neste ano de três pedidos de patenteamento. A expertise que se depreende de estudos na área de valorização de resíduos de petróleo, produção de biodiesel, hidrocarbonetos renováveis e hidrogênio, principalmente bioquerosene e diesel verde, pode ser visualizada pelo lugar que ocupa sendo Coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis (RBQAV) do Programa de Recursos Humanos da ANP e fazendo parte do Comitê Técnico Consultivo do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

Paraibana radicada no RN há mais de vinte anos, ela defende que o ato de patenteamento em si comprova a inovação e a originalidade da tecnologia, pois “ele garante proteção intelectual, valoriza a contribuição científica dos inventores e simboliza a transferência de conhecimento entre a academia e a indústria”.

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN

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Memórias das jornalistas do RN vira livro

 Natal-RN. Fevereiro de 2025. Nem passou o verão e ainda não chegou o Carnaval e a novidade é que finalmente aparece o tão esperado livro de memórias das jornalistas do Rio Grande do Norte organizado por Gustavo Sobral e Juliana Bulhões.

São sete mulheres jornalistas que contam em depoimento pessoal as suas trajetórias profissionais da escolha aos desafios da profissão: Rejane Cardoso, Josimey Costa, Marize Castro, Anelly Medeiros, Anna Ruth Dantas, Rosilene Pereira e Cledivânia Pereira Alves, jornalistas, privilegiando a escrita pessoal em primeira pessoa e o estilo de cada uma para contar a sua história que é a do jornalismo potiguar.

A capa do livro é uma obra da artista Angela Almeida e o livro sai pela Biblioteca Ocidente com edição de Francisco Isaac Dantas de Oliveira, capa e editoração por Gabriel Araújo e revisão de Matheus Pereira.  A versão digital está disponível para download gratuito nos sites: https://gustavosobral.com.br/ e https://revistagalo.com.br/selo-bo/.

Uma década dedicada à pesquisa e ao jornalismo potiguar

Gustavo Sobral e Juliana Bulhões vêm se dedicando à construção de uma memória do jornalismo do Rio Grande do Norte e a pesquisar a história e, neste ano de 2025, celebram uma década de publicações de livros e artigos em conjunto. Entre eles, Manual de Assessoria de Imprensa (2024), Jornalismo, biografia e crônica (2023), e Memórias do jornalismo no Rio Grande do Norte (2018), além de diversos artigos nestas temáticas. Todos disponíveis para download gratuito em www.gustavosobral.com.br.

Para mais informações

www.gustavosobral.com.br

gustavo@gustavosobral.com.br

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Estrategista de negócios na área da saúde, Daniela Ismael, lança nova turma do curso "Secretária Experience" em Natal

 Especialista em marketing estratégico e vendas de alto valor, Daniela Ismael tem ajudado profissionais da saúde a transformarem seus consultórios em negócios altamente lucrativos. No próximo dia 15 de fevereiro, a estrategista de negócios na área da saúde, realiza mais uma turma do Secretária Experience, um curso essencial para secretárias e recepcionistas que desejam elevar o seu nível de atendimento.

Reconhecido pelo MEC, o curso tem como principal objetivo capacitar as profissionais para oferecerem um atendimento humanizado, eficiente e de excelência, fortalecendo a conexão com cada paciente e contribuindo diretamente para o crescimento do consultório.

Inscrições: https://bit.ly/4jEovQh

Mais informações: @danielaismaeltrainer

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

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domingo, 2 de fevereiro de 2025

A professorinha isolada: homenagem à minha mãe Alzira Tavares

A professorinha isolada

 *Por João Bosco de Araújo

Jornalista  boscoaraujo@assessorn.com

Texto publicado no jornal Tribuna do Norte em 2000 e neste Blog AssessoRN.com em 2006 e 2008.

Aquela menina-moça ainda era muito nova para ser uma professora de ensino em uma escola fora de sua cidade. A professorinha das primeiras letras ensinava a crianças e jovens da comunidade Umbuzeiro, distante 30 Km da cidade de Caicó, no sertão do Rio Grande do Norte. Ela terminou na década de 40, a 6ª série no grupo Escolar Senador Guerra, depois de ter estudado no Colégio Santa Teresinha, tradicional em educação no interior potiguar.

Alzira era o segundo filho do casamento de Luzia e Severino Tavares e filha única entre os outros três irmãos masculinos do casal que veio da cidade de São Mamede, no sertão paraibano, e se estabeleceu em Caicó na produção de chapéu de couro, ofício que os dois trouxeram da cidade natal e que foram os pioneiros em toda a região norte-rio-grandense, nos idos de trinta, mais precisamente no ano de 1932, quando Alzira estava apenas com três aninhos de vida.

Foi, porém, aos 16 anos, que a mocinha Alzira recebeu a incumbência de lecionar em uma escola municipal isolada, na zona rural. A  jovem professora ficou hospedada na casa do Sr. Francisco Pereira, conhecido na região como Chico Francês. E era lá também onde – em uma mesa gigante – ela ensinava as primeiras lições a mais de trinta meninos e meninas que residiam em sítios e fazendas em volta, num raio de duas léguas de distância –  cerca de 12 quilômetros – do local da casa-escola.

A professora Alzira Tavares já estava acostumada à sua atividade pedagógica, apesar de sua pouca idade para os padrões culturais da época e da comunidade ruralista. Seu tempo estava integrado ao ensino e quando isso não acontecia ela saía em passeio com as filhas do dono da casa – que  eram muitas – visitando os vizinhos mais próximos. Era, portanto, em uma dessas caminhadas que ela gostava de passar pela construção de uma casa enorme que estava sendo erguida e nem sabia  quem era o proprietário daquela obra. No entanto, sem nunca  ter-se interessado pelo que estava sendo construído, ela sempre, em suas horas de lazer, teria que ir ao local da construção. 

Ao passar do tempo, Alzira conhece um rapaz da localidade que era conhecido de todos e que já estava perto dos 40 anos. Apesar da diferença de idade, os dois se enamoraram e, após um certo período, já pensavam  em se casar.

Dias depois, tudo estava confirmado. O noivo – o fazendeiro Pedro Salviano de Araújo – iria completar os quarenta anos no dia de São Pedro, e a noiva completaria 18 anos no mês marcado para o casamento, em abril.

No dia 26 daquele mês do ano de 1947, o juiz da cidade, Dr. Janúncio da Nóbrega, consolidava em livro cartorial na casa dos pais da noiva, no centro da cidade, o casamento civil da jovem professora e do  rapaz fazendeiro. Nesse mesmo dia, Dom José Delgado –  o mesmo que casara no Estado do Maranhão o então iniciante político José Ribamar de Sarney – celebrava  na Capela da Casa Paroquial, na Praça Dr. José Augusto, o casamento religioso daquele rapaz idoso e daquela menina-moça que mais parecia ser a neta do noivo como afirmara em cerimônia o bispo celebrante. Dom José Delgado foi o primeiro bispo de Caicó e dos que mais trabalhou para o desenvolvimento da região Seridoense.

E quem seria portanto o dono daquela casa que a professorinha conhecera ainda em construção – e que tanto gostava de olhar em seus passeios? Por ironia do destino, aquela construção era justamente do rapaz Pedro Salviano, de cuja casa a professora fez seu lar, onde continuou a ensinar por outros anos e onde criou os sete filhos que teve ao lado do marido digno e empreendedor.

Alzira Tavares de Araújo – a professorinha e minha mãe – morou na casa-sede de sua fazenda durante 34 anos, até a morte do meu pai, Pedro Salviano de Araújo, em uma curva da BR 427, na localidade Itans, em Caicó, no ano de 1981. Hoje, aposentada, ao lado dos filhos, netos e bisnetos  guarda  todas essas  recordações.

JBAnota - É com profunda tristeza que a família lamenta o falecimento (confira) de nossa amada mãe neste 01 de fevereiro, no Hospital Promater, em Natal/RN, aos 95 anos de intensa vida. Seu ano de batismo foi 1929, porém, ao ser registrada civilmente em Caicó/RN foi adotado o ano de 1927.

Leia também: Os noventa anos marcados na vida de uma menina-moça

                    Foto-arquivo com os sete filhos no aniversário de 90 anos, em 2019.

Vídeo do último aniversário, de 95 anos, em 2024: 

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CARTA ABERTA PARA PAULINHO FREIRE

 Por Fernando Luiz*

Prezado Prefeito de Natal Paulinho Freire:


Como natalense estou tomando a liberdade de lhe escrever esta carta aberta, com o objetivo de falar um pouco sobre a doação da praça Assis Chateaubriand no Tirol, pela Prefeitura de Natal, à paróquia Santa Terezinha, para a construção de uma capela.

Tenho uma coluna semanal nas redes sociais, onde escrevo sobre arte, cultura e a música potiguar, numa luta de décadas que eu desenvolvo em defesa de nossos artistas e dos nossos valores culturais. Entretanto, nas últimas semanas mudei o foco dos meus textos em virtude de uma ameaça grave que paira sobre o Tirol.

Em períodos eleitorais, inúmeras vezes fui convidado por candidatos a prefeito de Natal para participar de reuniões que tratam sobre temas de interesse da nossa cidade no item cultura e sempre que recebo um convite dessa natureza participo com prazer, levando sugestões para os candidatos. Sem falsa modéstia, os candidatos me convidam porque toda a classe política do estado conhece os projetos que desenvolvo desde o ano 2000, todos usando a arte como meio de promoção social e pela valorização dos nossos talentos, dentre os quais posso destacar o Show das Comunidades e o programa Talento Potiguar (executados com o patrocínio da Prefeitura de Natal, através da Lei Djalma Maranhão), visando fortalecer nossa cultura em todos os seus segmentos.

Quando da sua candidatura a prefeito de Natal eu participei da sua primeira reunião com produtores, músicos, artistas e fazedores de cultura; o objetivo da reunião era ouvir sugestões para a elaboração do seu programa de governo no segmento cultural. Na ocasião eu fui o primeiro a usar a palavra, dirigindo ao senhor uma pergunta sobre o apoio do seu mandato com relação ao fortalecimento da cena cultural da nossa cidade; obtive de sua parte uma resposta que satisfez não só a mim, como também a todos os presentes à reunião.

Há algumas semanas, repito, mudei o foco dos meus artigos nas redes sociais e passei a tratar de um único tema: a luta de uma grande parte dos moradores do Tirol, onde moro, contra a doação da praça Assis Chateaubriand para a Paróquia Santa Terezinha construir uma capela. Todos sabem que a doação foi feita ao apagar das luzes do mandato do seu antecessor, sem consultar a população do bairro, sem uma audiência pública e sem o conhecimento dos órgãos de defesa do Meio Ambiente; enfim, de surpresa, tipo na calada da noite.

Antes da doação, foi feita uma reunião com moradores de dois prédios existentes no Delta Tirol, com o vereador autor do projeto de lei e com um padre interessado na construção da capela, o que originou a lei que autoriza a desafetação da praça. Entretanto, a reunião não foi realizada na comunidade e sim no salão paroquial da Igreja Santa Terezinha, o que não é justo e me arrisco a dizer que certamente também não deve ser legal perante a Lei.

A construção da capela tem a seu favor uma boa parte de blogueiros, influenciadores digitais, jornalistas conhecidos, de alguns órgãos da Imprensa tradicional e de uma pequena parcela de católicos. Entretanto, além de ir contra a recomendação do Papa Francisco para preservar o Meio Ambiente, o projeto é uma falta de respeito às demais as crenças: evangélicos, espíritas, seguidores do islamismo, budistas, religiões de matriz africana, etc., num profundo desrespeitos aos princípios constitucionais do nosso país, já que o Brasil é um país laico.  

Vou expor aqui algumas questões graves sobre a construção da capela:

1) O projeto de um conceituado arquiteto natalense afirma que a construção da capela, com capacidade para 88 pessoas, não vai retirar da praça nenhuma árvore. Isto é impossível, ou seja: não é verdade!

2) Existem algumas afirmações que o projeto deve ficar em torno de 5 milhões de reais. Se isto for verdade, será que a paróquia de Santa Terezinha tem condições de arcar com este custo?  Ou vai ser o Poder Público vai pagar a conta com os impostos que nós pagamos?

3) Onde está a legalidade da desafetação da praça, se a grande maioria da população do bairro não foi ouvida?

4) Até a publicação da doação no Diário Oficial de 16/12/2024, apenas uma pequeníssima parte dos moradores de dois edifícios do Delta Tirol sabiam da existência do projeto, o que é um absurdo!

5) Existem rumores (são apenas rumores, mas que não devem ser ignorados) de que até o início do próximo ano o padre que lidera o movimento para a construção da capela deve mudar de paróquia. Se isto for verdade, qual o sentido de construir a capela?

6) A construção da capela, se concretizada, além de ser um crime ambiental, vai trazer inúmeros transtornos para a localidade: a realização de uma missa semanal e, com certeza, outras cerimônias como casamentos, batizados, crismas etc., Além da poluição sonora por causa desses eventos religiosos, também haverá barulho, caos no trânsito, exatamente nos fins de semana, que é o período de maior sossego na região. Todos terão um sério prejuízo, inclusive os moradores da rua Ângelo Varela, onde existem prédios residenciais, clínicas, escritórios, bares e restaurantes.

Caro prefeito: todos nós sabemos que o senhor, através da Destaque Promoções, empresa da qual o senhor era sócio, além de fortalecer a Economia da nossa cidade, projetou Natal para todo o Brasil através do Carnatal. Como vereador, foi autor de projetos importantes para nossa cidade; na Câmara Federal, destinou recursos através de emendas parlamentares para o bem-estar da população natalense. Agora, na condição de prefeito, o senhor tem tudo para melhorar a qualidade de vida dos natalenses e para continuar contribuindo para o fortalecimento da imagem da nossa cidade; entretanto, para que este fortalecimento  e a melhoria da qualidade de vida em Natal ocorram em todas as áreas, é de fundamental importância que o senhor cumpra com o que consta do seu programa de governo com relação ao Meio Ambiente, cujo texto exponho aqui literalmente: O programa de governo de Paulinho Freire apresenta uma visão inovadora e comprometida com a sustentabilidade ambiental. Reconhecendo a importância crucial de um meio ambiente saudável para o desenvolvimento econômico e social, Paulinho Freire propõe uma série de iniciativas que visam a preservação dos recursos naturais, a promoção de energia limpa e a conscientização ambiental.”

Revogando a lei que oficializou a desafetação da praça Assis Chateaubriand, talvez o seu antecessor até se aborreça (o que não creio que vá ocorrer); mas de uma coisa eu tenho certeza: seus eleitores, as futuras gerações e a população de Natal aplaudirão sua decisão. Inclusive eu.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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