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sábado, 1 de novembro de 2025

Série Tio Antenor-1: Os livros do meu Tio Antenor, cheios de boas vontades!

Por João Bosco de Araújo*

Jornalista ▶ boscoaraujo@assessorn.com  

Estava eu inclinado a ler a obra de Jacques Maritain? Não por acaso, mas pelas circunstâncias daquela ocasião. O certo é que nem sabia de quem se tratava. Na casa de minha avó Luzia uma pilha de livros encostada em um canto da oficina velha adornava aquele ambiente, sempre às portas fechadas, com outros objetos que dias outrora foram vividos, intensamente. Pequenos instrumentos de percussão, roupas de fantasias, latinhas vazias de lança-perfume, além de folhinhas de santos, cordão de crucifixo, etc. etc. Olha que o local não era tão pequeno e serviu de ponto de trabalho do meu avô Severino Tavares na fabricação de chapéu de couro.     

Então! Lá estava eu, minuciosamente, com um exemplar do filósofo francês debaixo dos olhos a ler, atenciosamente, sem pretensão de alcançar altos conhecimentos da matéria. Apenas pura curiosidade! O maior interessado, e dono daquela coleção de livros, estava longe dali e de seu objetivo principal, o meu Tio Antenor Tavares de Araújo. Titenor abandonara há tempos àquela leitura no Colégio Nóbrega, em Recife, onde fora seminarista no tradicional Mosteiro de São Bento, em Olinda. Reprovado em matemática, e na vocação, foge  alegando que não aprendera a matéria ensinada no Ginásio de Caicó (GDS), depois de um ano confinado na rigorosa Ordem Beneditina, em Pernambucano. Certamente que Deus o perdoou, sua vocação era outra.

De volta ao Seminário caicoense, ficou também pouco tempo, fugindo numa noite de Carnaval para um baile que acontecia em um clube da cidade. Padre João Agripino foi quem não o perdoou. Professor de Matemática no Ginásio Diocesano Seridoense, soubera, depois, de seu insucesso nos estudos e de sua defesa infeliz. Ao se encontrarem, deu-lhe um carão, reclamando do jovem ex-seminarista por ter lhe dedurado em Olinda pelo mal-ensino da matéria. O padre Agripino não merecia!

Estou eu, novamente, a retratar aqueles livros deixados para trás por meu tio. Comigo também não fora diferente. Deixei-os antes mesmo de tomar qualquer decisão que fosse àquela de Titenor, embora nunca tenha passado pela vontade de seguir a vocação seminarista. Ao menos deixara-me o interesse pela leitura. Confesso não ser uma vocação, mais ainda por uma necessidade e capricho de aprendizagem. Um esforço que, obrigatoriamente, me dá prazer.

Limitado ao meu conhecimento, ainda por cima filosófico, estava eu a retirar da leitura afinca de um livro de Jacques Maritain (1882-1973), de tantos outros de sua intensa obra publicada praticamente por toda a primeira metade do século 20, uma frase que me levou a copiar nos rodapés dos manuscritos escolares: “É a vontade e não a inteligência, por mais perfeita que seja, que torna o homem bom e direito”. Não recebi qualquer ensinamento acadêmico-escolar desse teórico tomista. Apenas uma frase, que deixei gravar no meu subconsciente com a vontade de não mais esquecer.

Não sei onde estão, hoje, os livros de Maritain do meu tio. Sei que fadado à mediocridade, sempre estive com a vontade de superar as adversidades. Vontade que me encoraja a enfrentar as dificuldades. Também sei que de uma legião de boas vontades o mundo está cheio. Faltam vontades de praticá-las. São muitos os que as praticam para o mau.

Um cérebro medíocre, sim. Mas com uma vontade danada de um coração bondoso! 

Imagem meramente ilustrativa reproduzida da Internet

*JBAnota - Inicio esta série em homenagem ao meu Tio Antenor Tavares de Araújo, que já nos deixou, assim como a irmã dele, minha mãe. O fato é que tio Antenor viveu intensamente desde a infância e juventude em Caicó, como em São Paulo, capital, onde se casou e em Natal quando retornou com a família. Nesse contexto, me repassou muitas histórias que as transcrevi em artigos. Esse texto de hoje foi publicado no Diário de Natal/DN Seridó, em 05/11/2008, mês de seu nascimento, e publicado também em outras ocasiões aqui em assessorn.com e jornais.  

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Banco do Nordeste lança Plano de Ação Territorial do Turismo das Serras do Agreste Potiguar

 O Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter) avançou mais uma etapa no apoio à atividade turística no Rio Grande do Norte, com o lançamento do Plano de Ação Territorial do Turismo no Agreste Potiguar. O evento foi realizado nesta quinta-feira, no Flor de Umari Benditos’s Espaço Gastronômico, na cidade de Serra de São Bento, com a participação de mais de 80 pessoas.  

A solenidade foi inserida na programação do Fórum de Monitoramento das Ações da Agência de Desenvolvimento das Serras do Agreste Potiguar (Adesap), um dos principais parceiros institucionais na elaboração do PAT, ao lado do Sebrae-RN e das prefeituras municipais, por meio das respectivas secretarias de turismo. Além de Serra de São Bento, o plano contempla Passa e Fica, São José do Campestre e Monte das Gameleiras.  

Empreendedores do setor de hospedagem (hotéis, chalés e pousadas), empresas de receptivo e artesãos completaram o público do evento. Juntos, eles construíram o plano de ação com base em uma metodologia participativa e estratégica, voltada para o fortalecimento da atividade econômica prioritária para o território. 

O PAT fortalece a cadeia produtiva do setor ao incorporar estratégias inovativas, tecnológicas e associativas na atividade econômica. Ele passa a ser administrado pelo Comitê de Gestão Territorial (CGT), que tem à frente o presidente da Adesap, Evilásio Belmont.  

“Desde o início, este é um trabalho de muitas mãos. E continuará sendo assim. A Adesap está à frente do Comitê de Gestão Territorial, mas depende da atuação de todos os atores envolvidos na cadeia produtiva do setor, para colher os frutos do que estamos plantando, que é o desenvolvimento do turismo nas serras do Agreste potiguar”, diz o empresário.  

O CGT passa a investir na promoção do turismo integrado dos quatro municípios, visando o fortalecimento da atividade. Também nas ações de capacitação e qualificação dos profissionais do turismo e na promoção de feiras e eventos que estimulem o empreendedorismo, o fomento à cultura e à arte, além do desenvolvimento do artesanato local.  

O gerente executivo de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, Agnelo Peixoto, destaca a amplitude da tarefa. “São muitos elos trabalhados: hospedaria, restaurantes e receptivos, marketing, cultura, comercialização. Isso tudo observando atividades de suporte à infraestrutura, sustentabilidade ambiental, sustentabilidade social, governança e capital social e financiamento, que é a parte mais ligada ao BNB”, enumera o gestor.  

Por Imprensa Banco do Nordeste/(85) 3299-3149 / (85) 9 9965-0339

Na foto, participantes do lançamento do PAT do Turismo das Serras do Agreste Potiguar (Divulgação)


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Samba de Arruar se despede da temporada 2025 no Largo Ruy Pereira neste sábado em Natal

 Valéria Oliveira, Kelliney Silva e convidados celebram a força do samba no coração da Cidade Alta

Neste sábado, 1º de novembro, acontece a última edição da temporada 2025 da roda Samba de Arruar no Largo Ruy Pereira, no coração da Cidade Alta. A partir das 16h, a cantora e compositora Valéria Oliveira e o cantor e percussionista Kelliney Silva comandam a saideira com um repertório que transita pelo samba de raiz, partido alto, ijexá e pagode, celebrando a força do samba potiguar e a vitalidade da cena cultural no centro da cidade.

Desde sua estreia no bairro do Alecrim, o Samba de Arruar vem consolidando seu papel como uma roda democrática, afetiva e plural – um espaço de encontro entre gerações que reúne artistas, público e agentes culturais em torno da música e da ocupação criativa de espaços públicos. A cada edição mensal no Largo Ruy Pereira, o projeto aprofunda sua relação com o Centro da Cidade e com a comunidade, valorizando a produção local e promovendo conexões com artistas convidados que ampliam os diálogos com o público.

A banda segue firme em sua formação original, com Jubileu Filho (violão 7 cordas), César Sampaio (cavaco e banjo), Deny Nascimento, Kelliney Silva, Mirelly Angélica e Ninho Brasil na percussão - músicos que têm dado sustentação e personalidade à roda.

A Saideira será mais um momento de celebração e resistência cultural, reunindo artistas da cidade em participações especiais e promovendo encontros que fazem do projeto um dos mais significativos da atual cena musical de Natal.

Realização e Apoio

O Samba de Arruar é uma realização da Valéria Oliveira Produções, com patrocínio da Prefeitura do Natal, FUNCARTE e Professor Robério Paulino, e apoio cultural da Green Point Produções, Hélio Lima Cabelo & Arte e do Bar do Zé Reeira.

Serviço:

Samba de Arruar - Saideira da Temporada 2025

Local: Largo Ruy Pereira - Cidade Alta

Data: Sábado, 1º de novembro

Horário: Das 16h às 19h30

Acesso: Gratuito

Perfil no instagram: @sambadearruar

Contato imprensa:

Mônica Mac Dowell 999889421 

Imagem relacionada à divulgação


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Tecnologia desenvolvida por pesquisadores promete agilizar rotina cirúrgica

 Tecnologia da UFRN promete agilizar rotina cirúrgica

Por Sophia Araújo e Wilson Galvão – AGIR/UFRN

Um grupo de pesquisadores da UFRN desenvolveu um dispositivo que pode transformar a segurança em centros cirúrgicos: um contador automático de gazes ou compressas. A tecnologia desenvolvida foi projetada para complementar, como dupla checagem, a contagem manual desses materiais durante procedimentos médicos, reduzindo falhas humanas e aumentando a proteção ao paciente.

A tecnologia surge no contexto acadêmico como parte do trabalho de conclusão de curso da graduada Lavínia Samuele Araújo Menezes, do curso de Engenharia Biomédica, do Departamento de Engenharia Biomédica. O trabalho foi desenvolvido em parceria com outros dois pesquisadores, Danilo Alves Pinto Nagem, contribuindo para a construção do design do produto, e Giovanna Karinny Pereira Cruz de Andrade, com conhecimento técnico prático em enfermagem, que garante que o dispositivo atenda às necessidades clínicas.

O equipamento funciona por meio de um sistema com sensores, câmaras, circuito eletrônico e displays, permitindo o monitoramento em tempo real da quantidade de gazes ou compressas utilizadas, limpas e descartadas durante uma cirurgia. A patente, nomeada “Contador automático de gaze ou compressa cirúrgica”, tem como principal proposta da invenção proporcionar um controle rápido e padronizado durante o processo cirúrgico, uma exigência defendida pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a contagem de gazes utilizadas durante uma cirurgia é feita manualmente, de maneira humana, o que, em casos extremos, pode resultar no esquecimento de gazes dentro do paciente. A literatura científica demonstra a gravidade do problema. Um estudo realizado em 2006, de Birolini, Rasslan e Utiyama, encontrou 4.547 relatos de corpos estranhos esquecidos em cavidades após cirurgias. Mais de 90% desses casos envolviam compressas e gazes. Outro caso emblemático, pesquisado por Carvalho e Vinhaes, registrou um paciente que permaneceu por 11 anos com uma compressa esquecida na cavidade abdominal.

O uso cotidiano da tecnologia é visualizado na rotina de praticamente todos os procedimentos cirúrgicos, facilita o trabalho da equipe, reduz riscos para pacientes e garante o controle por meio da padronização, com o alinhamento às normas de segurança em saúde. Se em uma cirurgia são previstas 50 compressas, e na metade do tempo já foram usadas 40, o instrumentador ou responsável consegue visualizar no dispositivo e acionar um membro da equipe para que sejam solicitadas mais compressas, evitando atrasos ou riscos de falta de material, explica Menezes, pesquisadora responsável pelo desenvolvimento eletrônico do projeto. A tecnologia é aplicada a outras formas estratégicas, por meio de relatórios automáticos de contagem, atuando no controle da farmácia hospitalar, otimizando a gestão de materiais, fortalecendo a segurança e a eficiência financeira da instituição.

Atualmente, o projeto está na fase inicial. O protótipo físico está na fase de teste do circuito eletrônico e programação, realizadas em emuladores, softwares que reproduzem funções de outros sistemas para otimizar o desenvolvimento. Buscamos estratégias alternativas para viabilizar o projeto de maneira segura e eficaz, coloca o professor do Departamento de Engenharia Biomédica, Danilo Nagem.

O projeto possui capacidade de contribuir em diversas áreas, no momento do procedimento cirúrgico, com relatórios que podem contribuir para a contagem na farmácia do hospital e para o controle. Além disso, o registro de patentes contribui para a divulgação científica, fomenta novas pesquisas e colaborações, e aproxima a academia do mercado, mostrando como os resultados podem ser aplicados de forma prática e segura, comenta Lavínia Menezes.

A UFRN mantém uma vitrine tecnológica com todos os pedidos de patentes e as concessões já realizadas, bem como com os programas de computador que receberam registro do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A vitrine é formada por mais de 900 ativos e está disponível para acesso e consulta no site da Agir. Dentro da Universidade, a Agência de Inovação (Agir) é a unidade responsável pela proteção e pela gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador.

Para que uma invenção seja patenteada, ela deve atender aos seguintes critérios estabelecidos pelo INPI e pela Lei de Propriedade Industrial. Novidade, ou seja, deve ser algo inédito, que não existia antes. Atividade inventiva, o que significa não ser uma combinação óbvia de elementos já conhecidos, devendo apresentar um grau de criatividade. E, por fim, ter aplicação industrial, impondo que a invenção precisa ter a possibilidade de ser utilizada ou produzida em qualquer tipo de indústria. O INPI é responsável pela análise dos critérios e consequente concessão do pedido, um lapso de tempo que dura, em média, cinco anos.

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN

Foto: Cícero Oliveira


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