Por:
Sidney Caicó*
A
economia está estagnada por causa da crise econômica acentuada ainda mais com a
chegada do Coronavírus. Os estoques estão no limite e as empresas produzem
apenas o essencial, assim também é lógico que o consumidor permanece comprando
apenas o essencial. O essencial ditará o comportamento do consumidor nos
próximos 12 meses e possivelmente na próxima década: comprar e consumir apenas
o essencial.
—
Mas, o que é essencial? Nesse sentido é algo que valorizamos e que realmente é
importante ao agregarmos valores. Tem o justo valor que realmente merece, tem o
produto valor que realmente custa para ser produzido e repassado para o
consumidor final. Mas, para enxergar o essencial você precisa desvalorizar o
que é supervalorizado. Comece olhando o que está ocupando espaço dentro da sua
casa, que já foi caro, você pagou caro, ainda continua comprando caro.
—
Esses mesmos produtos terão outro valor se todas as pessoas adquirem apenas um e
evitam o acúmulo de objetos em suas casas? Olhem seus vários objetos, qual o
valor que isso realmente representa para você e ao supervalorizá-los qual o
impacto que causa na vida das outras pessoas? Essa supervalorização das coisas
trouxe benefícios para Humanidade? Vivemos em mundo melhor? O comportamento do
consumidor dita o ritmo das empresas quando compram apenas o essencial e o que
lhe será útil.
—
Todos nós temos algo para comprar hoje e isso pode ser essencial, mesmo sendo uma
bugiganga. Quem pode avaliar o real valor é quem está com o desejo de comprar,
mas os preços altos dependem da aceitação de quem está comprando.
Todos
os dias muitos consumidores compram vários produtos das mais diversas
categorias. As fábricas e empresas terão lucros da mesma forma conseguindo produzir
apenas o número suficiente para reabastecer o mercado. Hoje vendem mais caros
porque o consumidor aceita a supervalorização dos preços sobre seus produtos.
Geralmente
os preços estão altos para entregar o lucro aos investidores que capitalizam as
empresas que prometem retornos imediatos. Todos podem sair lucrando se as
grandes empresas dividirem melhor os lucros obtidos durante todo o ano;
geralmente recolhem milhões.
Nos
próximos meses as empresas reduzirão a produção, com menor estoque, mas
entregarão mais qualidade ao consumidor. Na linha de produção serão fabricados
números essenciais. Bom entender que isso resulta em lucros, reduzindo despesas
para aquisições de matérias primas, resultando em menores gastos com energia e
maior estabilidade nos preços, maior eficiência com logísticas e ainda assim
mantendo os empregos; uma justa distribuição de renda atenderá mais pessoas que
antes tinham poucos poderes para comprar.
O
consumidor optará por reduzir também o acúmulo de objetos; investirão mais no
conforto do lar. Alimentos e serviços terceirizados serão mais procurados. As
trocas entre empresas que desenvolvem produtos diferentes vão abri portas para reduzir
o tempo em solucionar problemas.
A
Grande Desaceleração causa a desinflação, isso possibilita um recomeço. Sendo
necessário que os Governantes mantenham os juros baixos e estáveis no Sistema
Monetário Nacional e Internacional, assim como a estabilidade dos preços de
produtos que geram energia e os derivados dos setores produtivos das
minerações.
Países
que em função da busca de altíssimos lucros para seus investidores, em
detrimento de uma produção extrativista selvagem, precisam sofrer boicotes dos
consumidores, pressão internacional e sansões para baixarem os preços de seus
produtos que servem de matérias primas e de energia para os demais, tudo deve
ocorrer dentro dos limites necessários para extraírem da natureza e produzirem apenas
o essencial.
A
próxima década traz mais um objetivo geral para todas as Nações no Planeta
Terra: organizar o Sistema Monetário, o Sistema de Produção e de Distribuição
de Alimentos e Serviços, com vistas a beneficiar toda a humanidade. A chamada
Globalização precisa ser reinventada.
Essa
crise gerada pelo Coronavírus alertou que o essencial agora tem maior valor.
Mantendo o Sistema de Produção que temos até hoje, cada vez mais o mundo
caminha para o caos absoluto. Muitas pessoas sofrem por falta de comida,
educação e segurança. Muitas pessoas sofrem por supervalorizarmos produtos que
custam menos de um dólar para serem produzidos dentro de Empresas que dizem
salvar o Planeta.
As
grandes escalas de produções, os grandes estoques que seguram os preços nas
alturas, o extrativismo primitivo, que usam os mesmos objetivos em décadas para
extraírem da natureza os recursos, essa selvageria danosa à natureza, não
resolvem os problemas básicos da humanidade para proporcionar melhor qualidade
de vida.
O
atual Sistema Monetário e de Produção servem de fundamentos às especulações e
supervalorizam o que na realidade tem pouco valor ou nem um valor, principalmente
coisas, objetos não essenciais à Vida nesse Planeta e nem ao menos são para
quem os possuem.
Os
Governantes dos diversos países erram quando pensam em acelerar suas economias
para atravessarem a crise humanitária. Acertariam quando
ao
contrário vissem a Grande Desaceleração como um ponto de partida, parada
obrigatória, assim podem rever seus projetos e realmente revitalizarem seus valores
que são por horas estéreis sobre solo fértil.
Esta
Grande Desaceleração permiti avaliar o que está supervalorizado e o que
realmente tem valor. É necessário desacelerar para equilibrar a Balança Comercial,
os Preços, a Logística, para manter o controle sobre as especulações, antes
voláteis demais.
O
mundo precisa de investidores que possam abri empresas, produzir, vender, gerar
empregos, pensando em lucros mais plausíveis com o mundo real.
O
Planeta Terra precisa não apenas dos grandes investidores, mas de novos rumos
para Economia Mundial. A Humanidade precisa deste novo comportamento por parte
dos Consumidores, estes valorizam o essencial e consequentemente ditam as regras
sobre os preços.
*Texto produzido por
Sidney Caicó – colaborador do Assessorn.com
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