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sábado, 18 de setembro de 2021

Tecnologia patenteada por pesquisadores no RN apresenta pesticida com menos toxicidade

Nova tecnologia na UFRN resulta em pesticida com menor toxicidade

Um novo produto capaz de contribuir no controle de plantas daninhas e que, ao mesmo tempo, apresenta-se como uma alternativa ambiental para o descarte da glicerina gerada na produção do biodiesel é a nova tecnologia patenteada por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O registro da propriedade intelectual foi concedido nesta última terça-feira, dia 14, e compreende um “sistema” formado pela mistura de soluções de água e glicerina como fase aquosa, óleo de coco ou óleo de pinho como fase oleosa e um tensoativo não iônico. Os quatro componentes formam, então, um herbicida, tipo de pesticida utilizado, por exemplo, na agricultura para o controle de ervas classificadas como daninhas.

“A aplicação da formulação objetiva mitigar os problemas ocasionados pelo surgimento de plantas daninhas e os inconvenientes no descarte do excesso de glicerina, sem a utilização de produtos tóxicos ao meio ambiente. Outra vantagem é que o processo de formulação do novo sistema microemulsionado desenvolvido requer um curto tempo de preparação e utiliza materiais de baixo custo”, explica a pesquisadora Tereza Neuma de Castro Dantas.

Os herbicidas possuem, entre outras vantagens, a rapidez de ação, custo reduzido, efeito residual e não revolvimento do solo. O grupo de inventores conta ainda com Afonso Avelino Dantas Neto e Igor Andrey Aires Soares e, segundo eles, o uso do produto patenteado é capaz de resolver uma série de problemas, tanto de ordem econômica, já que a glicerina utilizada na formulação do biodiesel deixa de ser um subproduto, como de ordem ambiental, uma vez que o mesmo consegue exercer função de controlar plantas indesejadas sem a necessidade de produtos tóxicos ao meio ambiente.

Os pesquisadores esclarecem que a metodologia para a Formulação da Microemulsão Herbicida a Base de Glicerina (denominação da concessão da patente) está concluída. “Inclusive, já foram realizados alguns experimentos em campo que demonstraram a eficiência do produto do controle de plantas indesejadas, tanto na pré-emergência como na pós-emergência”, ressalta Teresa Neuma. O desenvolvimento da invenção é fruto de pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Petróleo (PPGCEP).

Os inventores acrescentam que o fato de ser atóxica, incolor e inodora, tem levado a glicerina, coproduto obtido no processo de produção do biodiesel a partir de óleos e gorduras, a conquistar um espaço especial nos assuntos sobre química verde, despertando o interesse de diversos setores industriais. Somado a esse contexto, há o aumento na produção do biodiesel, o que torna necessária a busca de alternativas viáveis para uma maior absorção da glicerina, situação que torna a produção do herbicida mais competitiva.

Propriedade Intelectual

Na UFRN, a Agência de Inovação (AGIR) é a unidade responsável pela proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador. Entre suas atribuições, a Agência de Inovação também tem responsabilidade na transferência de tecnologia desses ativos e na organização dos ambientes promotores de inovação, acompanhando e estimulando, por exemplo, as atividades das incubadoras da Universidade, bem como as atividades dos parques e polos tecnológicos.

A proteção das tecnologias desenvolvidas por inventores da UFRN tem como objetivo não só resguardar os direitos patrimoniais da instituição frente aos investimentos intelectuais e financeiros despendidos durante o seu desenvolvimento, mas também permitir que esses novos produtos e processos sejam licenciados por empresas que possam explorá-los comercialmente, gerando recursos para a instituição na forma de royalties, que novamente serão investidos em inovação.

Igor Andrey Aires Soares, na época orientando dos docentes Teresa Neuma e Afonso Avelino, relata que “estar envolvido na solicitação de patente propiciou benefícios com mais uma espécie de aprendizagem na escrita do invento e também benefícios de ordem propriamente acadêmica”. Em tempos de pandemia, as orientações e explicações na UFRN a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas por meio do e-mail patente@agir.ufrn.br ou via aplicativos de mensagens, pelo telefone 99167 6589.

Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação da Reitoria da UFRN

Wilson Galvão/9 9193 6277

Foto: cedida

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