Nova tecnologia na UFRN resulta em pesticida com menor toxicidade
“A
aplicação da formulação objetiva mitigar os problemas ocasionados pelo
surgimento de plantas daninhas e os inconvenientes no descarte do excesso de
glicerina, sem a utilização de produtos tóxicos ao meio ambiente. Outra
vantagem é que o processo de formulação do novo sistema microemulsionado
desenvolvido requer um curto tempo de preparação e utiliza materiais de baixo
custo”, explica a pesquisadora Tereza Neuma de Castro Dantas.
Os
herbicidas possuem, entre outras vantagens, a rapidez de ação, custo reduzido,
efeito residual e não revolvimento do solo. O grupo de inventores conta ainda
com Afonso Avelino Dantas Neto e Igor Andrey Aires Soares e, segundo eles, o
uso do produto patenteado é capaz de resolver uma série de problemas, tanto de
ordem econômica, já que a glicerina utilizada na formulação do biodiesel deixa
de ser um subproduto, como de ordem ambiental, uma vez que o mesmo consegue
exercer função de controlar plantas indesejadas sem a necessidade de produtos
tóxicos ao meio ambiente.
Os
pesquisadores esclarecem que a metodologia para a Formulação da Microemulsão
Herbicida a Base de Glicerina (denominação da concessão da patente) está
concluída. “Inclusive, já foram realizados alguns experimentos em campo que
demonstraram a eficiência do produto do controle de plantas indesejadas, tanto
na pré-emergência como na pós-emergência”, ressalta Teresa Neuma. O
desenvolvimento da invenção é fruto de pesquisa vinculada ao Programa de
Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Petróleo (PPGCEP).
Os
inventores acrescentam que o fato de ser atóxica, incolor e inodora, tem levado
a glicerina, coproduto obtido no processo de produção do biodiesel a partir de
óleos e gorduras, a conquistar um espaço especial nos assuntos sobre química
verde, despertando o interesse de diversos setores industriais. Somado a esse
contexto, há o aumento na produção do biodiesel, o que torna necessária a busca
de alternativas viáveis para uma maior absorção da glicerina, situação que
torna a produção do herbicida mais competitiva.
Propriedade
Intelectual
Na
UFRN, a Agência de Inovação (AGIR) é a unidade responsável pela proteção e
gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de
computador. Entre suas atribuições, a Agência de Inovação também tem
responsabilidade na transferência de tecnologia desses ativos e na organização
dos ambientes promotores de inovação, acompanhando e estimulando, por exemplo,
as atividades das incubadoras da Universidade, bem como as atividades dos
parques e polos tecnológicos.
A
proteção das tecnologias desenvolvidas por inventores da UFRN tem como objetivo
não só resguardar os direitos patrimoniais da instituição frente aos
investimentos intelectuais e financeiros despendidos durante o seu
desenvolvimento, mas também permitir que esses novos produtos e processos sejam
licenciados por empresas que possam explorá-los comercialmente, gerando
recursos para a instituição na forma de royalties, que novamente serão
investidos em inovação.
Igor
Andrey Aires Soares, na época orientando dos docentes Teresa Neuma e Afonso
Avelino, relata que “estar envolvido na solicitação de patente propiciou
benefícios com mais uma espécie de aprendizagem na escrita do invento e também
benefícios de ordem propriamente acadêmica”. Em tempos de pandemia, as
orientações e explicações na UFRN a respeito dos aspectos para patentear uma
determinada invenção são dadas por meio do e-mail patente@agir.ufrn.br ou via
aplicativos de mensagens, pelo telefone 99167 6589.
Assessoria
de Comunicação da Agência de Inovação da Reitoria da UFRN
Wilson
Galvão/9 9193 6277
Foto:
cedida
2021 www.AssessoRN.com | Jornalista João Bosco Araújo - Twitter @AssessoRN | Instagram: www.instagram.com/assessorn/
0 comentários:
Postar um comentário