Por Lady Kelly Farias da Silva
Terapeuta Ocupacional - Casa Durval Paiva
Crefito: 14295-TO
Devido ao
seu grau de agressão, o câncer é um dos processos patológicos que mais
desestabiliza, que possui um sofrimento nos mais diferentes aspectos, seja
relacionado à dúvida do desconhecido ou ao próprio medo da doença e em como se
dará esse processo.
Acompanhar o
tratamento destes pacientes nos faz perceber que cada um irá administrar essa
fase de uma forma diferente, porém, todos passarão por alterações na dinâmica
de vida, com sua rotina diária comprometida, suas ocupações, sua estrutura
familiar com interferência nas relações interpessoais e o lazer também ficará
em segundo plano.
Nesse
contexto, surge um profissional com a visão de auxiliar as pessoas a realizarem
as atividades diárias de forma significativa e com real sentido à vida,
independentemente de suas habilidades ou comprometimentos, pois, entende que o
envolvimento em ocupações transforma o cotidiano e favorece à saúde e o bem
estar de forma geral. Estes desempenhos e ocupações estão divididos em algumas
áreas, como: atividades básicas de vida diária (ABVD’s), que incluem
alimentação, higiene e vestuário, atividades instrumentais de vida diária
(AIVD’s), que permitem a integração da pessoa na comunidade, gerir sua casa e
sua vida, como ir às compras, limpar, cozinhar, utilizar transporte, gerir
dinheiro, dentre outros, assim como, o descanso e dormir, a educação, o
trabalho, o brincar, o lazer e a participação social, assistindo ao paciente em
todas as fases da doença, desde as ações de prevenção e promoção da saúde,
humanização, ações curativistas, até os cuidados paliativos.
O programa de tratamento é estabelecido de
forma individual e de acordo com a necessidade de cada paciente, considerando
suas condições clínicas, posicionamento do paciente frente ao sentido da vida,
variáveis psicológicas, situação familiar e com referências na educação,
religião, nos aspectos sociais, dentre outros, ou seja, tem foco nos agravos
físicos, sensoriais e emocionais dos pacientes, promovendo ações que viabilizem
o desenvolvimento da recuperação da função, da independência, autonomia,
autoestima e inclusão social.
Nessa
perspectiva, de forma globalizada, os pacientes da Casa Durval Paiva têm sido
assistidos, com relevância no impacto do desempenho ocupacional diante do
tratamento, nas atividades básicas e práticas de vida diária e com o objetivo
de proporcionar qualidade de vida, mesmo diante de uma doença que impõe
limitações funcionais, que afetam diretamente a rotina. Apesar de tantas
transformações, é possível minimizar os impactos que envolvem o processo de
tratamento oncológico, inserindo esse paciente em ocupações significativas que
resultarão em motivação e autoestima, que terão interferência na melhora da
saúde, estimulando-o a alcançar maior grau de independência e,
consequentemente, ter uma vida mais ativa e com desempenho ocupacional
funcional.
Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval
Paiva
Assessoria de Comunicação
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