Como iniciar a educação financeira entre as crianças?

Em tempos de contenção de gastos, é preciso envolver toda a família no exercício da economia, orienta consultor financeiro

Quando se fala em controle financeiro, são sempre os adultos que se envolvem com o assunto. E as crianças? As crianças podem e devem entrar neste contexto aprendendo desde cedo o valor do dinheiro. Este aprendizado é tão importante quanto passar adiante conhecimentos fundamentais para sua formação moral, intelectual e cultural. O professor Jorge de Medeiros, coordenador da MBA de Administração Estratégica da Estácio Romualdo, dá dicas aos pais e responsáveis sobre como introduzir este assunto aos pequenos.

Para o coordenador, não existe uma regra pronta para levar as crianças à maturidade financeira, nem uma idade específica para o ensino. Pois é uma realidade em que elas já estão inseridas. O papel dos pais, no caso, é “traduzir as práticas, comportamentos e decisões, no que diz respeito à administração do dinheiro, de maneira lúdica. Aprender brincando é sempre o melhor caminho”, coloca.

A dinâmica da educação financeira passa primeiramente nas questões básicas da matemática. “Contar números, realizar operações de adição e subtração, são fundamentais para entender o conceito de valor”, relata Medeiros. Nesse conceito, a lição não pode se restringir ao aspecto financeiro. “É preciso ampliar para a dimensão de custo e beneficio dos bens e serviços que vão ser consumidos”.

De acordo com o professor, construir essa mentalidade exige dedicação, e é uma tarefa a ser assumida pelos pais, principalmente através do exemplo. “Não adianta procurar ensinar os filhos a economizar se na verdade os pais são consumidores desregrados”, adverte Jorge de Medeiros. Nesta jornada, um dos principais erros dos pais, segundo ele, é ceder a todos os pedidos de compra dos filhos e não explicar os motivos dos “nãos”, quando necessários. “Ensinar uma criança a realizar boas escolhas de consumo vai ser sempre o diferencial para gerar um adulto com excelentes escolhas e a ótima alocação dos recursos financeiros”, conclui o coordenador. [por assessoria de imprensa]