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sábado, 1 de março de 2025

Sebo bovino se transforma em produto de alto valor agregado

 Pesquisadores da UFRN transformam sebo bovino em produto de alto valor agregado

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou o processo de proteção intelectual de uma tecnologia promissora para processos de conversão e adsorção química, os quais permitem transformar resíduos, como óleo de cozinha e sebo bovino, em produtos de alto valor agregado, como biocombustíveis. Tecnicamente, são catalisadores zeolíticos obtidos por meio de um método inovador e acelerado, economizando tempo e energia, além de evitar o uso de substâncias tóxicas.

“Com esse método, o catalisador obtido possui a versatilidade de converter diferentes tipos de biomassa em produtos com propriedades ideais para o uso como biocombustíveis. Entre seus diferenciais, o dispositivo pode processar até mesmo biomassas residuais, ampliando sua aplicação para materiais descartados em processos industriais e agrários, o que abre portas para uma pesquisa sustentável e inovadora”, detalha Amanda Menezes Caldas. Ela e Aruzza Mabel Morais de Araújo idealizaram o método e lideraram o desenvolvimento prático da invenção.

Em vídeo, ambas falam um pouco mais sobre a tecnologia

O depósito de pedido de patente feito junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foi feito no dia 2 de novembro, recebeu o nome de Zeólita zsm-5, método para síntese da zeólita zsm-5 na ausência de sementes e direcionador usando micro-ondas e tem como inventores também Ângelo Anderson Silva de Oliveira, Dulce Maria de Araújo Melo, Rodolfo Luiz Bezerra de Araújo Medeiros, Amanda Duarte Gondim e Rafael da Silva Fernandes. Ele é fruto de uma colaboração dos laboratórios de Tecnologia Ambiental (Labtam) e do de Análises Ambientais, Processamento Primário e Biocombustíveis (Labprobio).

Aruzza pontua inclusive que, além da rota que resulta em produtos como o diesel verde, a gasolina verde e o bioquerosene de aviação, o catalisador pode ser utilizado como material adsorvente. “Esse material pode absorver efluentes contaminados da indústria, como materiais ou metais pesados. Dito de outro modo, é um catalisador que pode também remover contaminantes, fora as outras aplicabilidades que Amanda citou”, explica.

Catalisadores, como o desenvolvido, são essenciais em diversos setores industriais, especialmente no aprimoramento e no refino de produtos petrolíferos, além da produção de biocombustíveis. Esses processos se beneficiam de catalisadores para aumentar a eficiência e a qualidade dos produtos finais. Aruzza situa inclusive que a tecnologia de obtenção do catalisador já foi testada em várias etapas e, no momento, está na fase de experimentos finais para produção de biocombustíveis. “A equipe trabalha para otimizar o processo e garantir a viabilidade industrial da tecnologia”, salienta a cientista.

Coordenadora do Labprobio, local onde os testes ocorreram, Amanda Gondim contextualiza que a invenção é parte de um processo que se alinha ao movimento da ciência em direção a métodos mais verdes e eficientes. Portanto, essa inovação representa um avanço significativo para pesquisadores que buscam alternativas mais sustentáveis e produtivas no campo dos catalisadores. “O novo método de obtenção do catalisador é mais rápido, altamente cristalino e termicamente estável. Conseguimos um produto em menos de dez horas, quando em uma situação normal leva até 72 horas. Não bastasse, com alta pureza e qualidade comparável a processos tradicionais que exigem dias de preparação”, identifica. Fruto de uma dissertação de mestrado que envolveu os programas de pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) e em Química  (PPGQ),  o pedido de patente tem como marca apresentar um grande potencial para impulsionar o desenvolvimento sustentável por reduzir impactos ambientais.

O match entre Química e Petróleo

A descoberta científica que gerou a obtenção dos catalisadores zeolíticos surge sobretudo da inquietação de uma paulista radicada em Natal há cinco anos. Paulistana de nascença, Amanda Caldas morava na cidade de Socorro, no estado de São Paulo, quando resolveu se mudar para Natal na década passada. “Eu sempre fui muito curiosa. E para algumas coisas, ainda mais. Eu olhava, por exemplo, para a borracha, para as tintas de parede, e procurava saber de onde vinha, do que eram constituídas. Em muitas coisas, o petróleo estava lá”, descreve.

Familiarizada com a química, Amanda procurou um curso que unisse a matéria com o petróleo. O macth com a UFRN foi inevitável. “Aqui foi onde encontrei ‘o curso’, e veio a graduação em Química do Petróleo. Estava decidida. Para meu pai e minha mãe, foi surpresa, pela minha idade, e acho que veio um temor também, já que eu tinha apenas 19 anos à época”, relata a hoje estudante de mestrado. Carregando nos ‘erres’ próprios de parte do interior do estado de São Paulo, ela relembra que o pai falou “minha filha, você vai para Natal, lá no Rio Grande do Norte, longe de nós”.

O brilho nos olhos ao recordar desses momentos só rivaliza mesmo com a empolgação ao falar das pesquisas. “Devo terminar o mestrado em metade do tempo. Pretendo ingressar no doutorado, também nessa área e, quem sabe, trilhar o caminho da área acadêmica em seguida e dar uma contribuição ainda maior para as áreas da química e do petróleo”.

Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

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Estudo de programa de pós-graduação aponta indícios positivos para o uso de creatina em transplantados

 Estudo foi realizado no âmbito do PPg-Bioinfo, do IMD, e publicado pela revista Nutrients

Um estudo conduzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática (PPg-Bioinfo), do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), investigou a relação da creatina – composto essencial para a produção de energia nas células – em disfunções renais. A pesquisa foi publicada na semana passada pela revista Nutrients, periódico científico internacional e de acesso aberto sobre nutrição humana.

A pesquisa pode ajudar cientistas a compreenderem, dentre outras coisas, os efeitos da creatina – naturalmente presente em alimentos como carne vermelha e peixe – em pacientes com disfunções renais como insuficiência renal crônica, nefropatia diabética, entre outras.

Segundo Matheus Medeiros, autor principal da pesquisa, a discussão a respeito se a creatina afeta a função renal é ampla e existe há muitos anos. No Brasil e em outros países, inclusive, a ingestão de suplementos de creatina deve ser supervisionada por profissionais de Saúde, dado o receio quanto aos efeitos que a substância pode ocasionar aos rins em pessoas com doenças renais.

“Mas já foi comprovado que a creatina não afeta a função renal de pessoas saudáveis, restando-nos descobrir o seu efeito em pacientes com condições renais patológicas. Então nós pesquisamos sobre a creatina em diferentes contextos, como o dos transplantados renais, e buscamos entender se a substância possivelmente melhora ou não a aceitação do novo órgão”, conta Medeiros.

Os resultados da pesquisa, frutos de experiências in silico (quando feitas por computação), traz indícios positivos para o uso de creatina em pacientes transplantados. “Geralmente, há casos em que o corpo da pessoa rejeita aquele novo rim, mas vimos que a creatina pode ter interações metabólicas que favorecem uma maior taxa de aceitação do novo órgão”, comenta Medeiros.

Diante disso, o estudo tem potencial para beneficiar outros trabalhos científicos, especialmente os que promovam experiências com animais ou experimentos clínicos.

Também assinado pelos professores da UFRN Bento Abreu, do Departamento de Morfologia (MOR) e João Paulo Lima, do PPg-Bioinfo, o estudo pode ser conferido na íntegra e gratuitamente por meio do site.

Bioinformática

O trabalho, realizado durante cerca de um ano, é um capítulo da tese de Matheus Medeiros, estudo que deverá ser concluído já no próximo mês. A pesquisa foi permeada por técnicas e conhecimentos oriundos da Bioinformática – campo cada vez mais utilizado em todo o mundo para investigar causas como predisposição genética a doenças, impactos de mutações no funcionamento celular, entre outras.

No IMD, o PPg-Bioinfo é o centro de referência na área e promove publicações de diferentes estudos de repercussão nacional e internacional, cujas descobertas são aplicáveis em campos diversos, como Biologia e Medicina.

Avaliado com nota 5 pela CAPES, o programa de pós-graduação é um dos poucos do Brasil a contarem com um mestrado e doutorado na área. Também já foi responsável por conduzir conferências internacionais, como o Natal Bioinformatics Forum, e outros eventos científicos, inclusive abertos à comunidade em geral.

Assessoria de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN

(84) 99229-6564

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Pesquisa transforma material vegetal em saborizantes e compostos industriais de alto valor

 Pesquisa da UFRN transforma material vegetal em saborizantes e compostos industriais de alto valor

Usar o mesmo material que compõe a rolha de uma garrafa de vinho para produzir um saborizante para sorvetes. O resultado é um dos caminhos possíveis que surgiu do novo depósito de pedido de patente realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no último mês de dezembro, e que contou com a participação dos inventores Thalita Medeiros Barros, Jussara Câmara Cardozo, Carlos Alberto Martínez-Huitle e Elisama Vieira dos Santos.

De malas prontas para fazer parte de seu doutorado na Alemanha, no Max Planck Institute for Chemical Energy Conversion, Thalita Barros salienta que a patente consiste no desenvolvimento de uma metodologia para a obtenção de compostos fenólicos a partir da biomassa de cortiça. A cortiça é um material de origem vegetal, obtido da casca dos sobreiros (Quercus suber), leve e com grande poder isolante e adsorvente. Thalita pontua que o grupo de pesquisadores conseguiu quantificar cinco compostos, dentre os quais o ácido siríngico, a vanilina e o ácido vanílico se destacam. “Esses materiais são compostos fenólicos de alto valor agregado. Insumos para a indústria, são precursores aplicados à indústria de cosméticos, indústrias alimentícias e indústrias farmacêuticas. A vanilina e o ácido vanílico são aplicados como saborizantes no sorvete de baunilha, por exemplo”, situa a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFRN.

Orientadora da pesquisa, Elisama Vieira dos Santos explica que, para chegar aos compostos, o processo utilizou a eletrossíntese de persulfato como agente oxidante útil para a produção de moléculas precursoras da indústria. A eletrossíntese é uma técnica na área química que utiliza energia elétrica para produzir novos compostos a partir de reações químicas e eletroquímicas. Ela acrescenta que a integração de sistemas eletroquímicos para a produção dos oxidantes, tais como o persulfato, peróxido de hidrogênio e percarbonato, garante um processo eficiente e de alta precisão, aumentando o rendimento e a pureza dos compostos extraídos. O uso desses oxidantes reduz a dependência de produtos químicos agressivos, minimizando os resíduos tóxicos e os impactos ambientais do processo. Em vídeo, pesquisadoras falam sobre a descoberta científica (https://www.instagram.com/p/DEkRXUPOvta/)

Cientista que integra o grupo do Laboratório de Eletroquímica Ambiental  Aplicada (LEAA) e do Grupo de Energias Renováveis e Sustentabilidade Ambiental, Elisama complementa que o resíduo de cortiça é um material renovável e amplamente disponível. “Promover o aproveitamento de resíduos naturais, oferecendo uma alternativa ambientalmente amigável para a sua produção, ao substituir métodos tradicionais mais poluentes e dispendiosos e, por conseguinte, promover a economia circular, são eixos de atuação do nosso grupo de pesquisa. Especificamente sobre esse nosso último depósito, a flexibilidade e escalabilidade deste processo são evidenciadas pela possibilidade de ajustar proporções de biomassa. A metodologia produzida e as condições de operação permitem que o método seja adaptado para diferentes volumes de produção e aplicações industriais”, destaca.

Alto nível de maturidade

Recém-chegado da Europa, onde recebeu em dezembro, na Inglaterra, o título de Fellow da Royal Society of Chemistry (FRSC), concedido pela instituição do Reino Unido pelo reconhecimento a cientistas que tenham feito contribuições notáveis para o avanço da química, o professor do Instituto de Química Carlos Alberto Martínez-Huitle destaca que o LEAA possui uma sólida experiência em estudos de reatores eletroquímicos com produtos aplicados na indústria. 

“Neste sentido, o nível de maturidade tecnológica deste processo é alto, estando localizado na escala entre o nível seis e sete, ou seja, passível de ser aplicado em escala comercial. Interessante salientar que temos outros reatores de pequeno e médio porte, também protegidos por patenteamento, que servem para o tratamento de água de reuso, ou que podem ser utilizados para algumas atividades humanas, como a irrigação. Esse conjunto da obra, digamos assim, fez com que algumas empresas já demonstrassem interesse em estabelecer parcerias mais próximas”, contextualiza o docente do Instituto de Química, também vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Química.

Por sua vez, Elisama menciona ainda que a patente combinou conhecimentos de áreas distintas, como eletroquímica, química orgânica, engenharia de processos, ciência de materiais e sustentabilidade, o que reforça a importância de abordagens multidisciplinares na resolução de desafios científicos e tecnológicos. Segundo a cientista, atualmente o Laboratório de Eletroquímica Ambiental e Aplicada estuda outros tipos de resíduos agroindustriais de abundância local e regional, assim como está empenhado em valorar os produtos produzidos por métodos de extração ambiental sustentáveis.

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN

Foto: Cícero Oliveira – UFRN

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domingo, 23 de fevereiro de 2025

DODORA E LULA

 Por Fernando Luiz*

Seu nome é Maria Auxiliadora Cardoso da Cunha Oliveira.  Eu a vi pela primeira vez em 1989, quando fui fazer um show em Carnaúba dos Dantas, acompanhado pela banda Scala, da qual ela fazia parte. Fez banking vocal para mim. Eu estava na frente do palco, mas percebi seu potencial como cantora, e seu talento me impressionou. Mas ela tinha começado a cantar bem antes...  

Seu pai, conhecido como Omar Peitico, tocava trombone de vara e foi sua primeira grande inspiração: com ele Dodora Cardoso descobriu a música ainda menina.

No final dos anos sessenta a rádio Olinda de Recife criou o concurso A Mais Bela Voz, que era realizado em todo o Nordeste, nas cidades onde existissem as emissoras de Educação Rural. No Rio Grande do Norte, o concurso era promovido pelas rádios Rural de Natal, Mossoró e Caicó. 

Em 1967, sem que ela soubesse, um grupo de amigas a inscreveu no concurso e ela conquistou o primeiro lugar, cantando a música Sonhos de Um Palhaço, de Antônio Marcos.  

A vitória no concurso A Mais Bela Voz em Caicó abriu para Dodora as portas do mundo da música e ela começou a cantar profissionalmente fazendo parte de duas bandas caicoenses: Natureza Lucilante e Circuito Musical. Como componente de bandas de bailes, Dodora aprendeu as três grandes lições das quais nenhum cantor ou cantora que faz parte de uma banda de baile consegue escapar: ensaiar muito, cantar todos os tipos de música e... ganhar pouco.  

Depois da experiência nas bandas de baile, Dodora Cardoso resolveu enfrentar o desafio de seguir carreira solo: veio morar em Natal, manteve seu público fiel, conquistou centenas de fãs e hoje é uma das mais respeitadas artistas da cena musical do Rio Grande do Norte.

Luiz Antônio Belmont nasceu na cidade de Serra de São Bento em1957 e aos doze anos veio morar em Natal. Na capital, Lula Belmont estudou no Colégio Atheneu e começou a trabalhar cedo. Tinha 25 anos quando foi trabalhar numa boate gay em Natal e no início dos anos 80 tornou-se um dos pioneiros da cena LGBT da capital potiguar. Por essa época iniciou uma luta com o objetivo de revitalizar o centro da cidade, realizando várias atividades artísticas e culturais, que culminou com a criação, por ele, do bloco carnavalesco As Kengas em 1983. 

Com a criação do bloco, Lula Belmont contribuiu de forma decisiva para a reativação do carnaval de Natal. Com o passar dos anos, o bloco, que começou a sair no Carnaval com pouco mais de 200 foliões (e as Kengas rodando o chapéu no final do desfile para cobrir as despesas) se tornou uma das grandes atrações da folia natalense: gradativamente o bloco passou a arrastar centenas de pessoas pelo centro histórico de Natal, sendo hoje uma das maiores atrações do período momesco na capital potiguar.

Com uma visão empreendedora, em 2005 Lula criou o Bardallos Comida e Arte na rua Gonçalves Lêdo, no centro da cidade. Mais do que um restaurante, o Bardallos é um point onde se realizam eventos culturais, encontros de artistas dos mais diversos segmentos e pelo menos três shows semanais.

No Carnaval deste ano, Dodora Cardoso e Lula Belmont serão temas de sambas-enredos de duas Escolas de samba da capital potiguar: Dodora será homenageada pela Imperatriz Alecrinense com o tema “De Caicó Para o Mundo, a Imperatriz Exalta Dodora Cardoso, a Majestade do Samba Potiguar”. Por sua vez, Lula Belmont. o “carnavalesco do centro  histórico”, receberá a homenagem da  Escola de Samba União do Samba, cujo samba enredo, “De Serra de São Bento ao Estrelato em Natal – Lula Belmont”,  é de autoria de Ivando Monte (também fundador da escola, criada por ele em 2018, no bairro de Pajuçara). 

Dodora Cardoso e Lula Belmont são dois ícones potiguares que atuam na seara cultural em caminhos distintos: ela é cantora, ele é produtor cultural; entretanto ambos têm algo em comum: são talentosos, lutadores, enfrentaram preconceitos e dificuldades, mas continuam seguindo pisando firme no chão da cultura popular, fortalecendo há décadas a cena cultural do Rio Grande do Norte.

Palmas para Dodora e Lula Belmont.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Dani Cruz lança novo single "Quebra de Contrato"

 Depois da Alvorada, nasce um novo dia. Um novo tempo. Um instante de reflexão e uma nova chance de recomeçar. Sempre é tempo de olhar para dentro, buscar segurança e reconhecer onde fincar raízes. Por que não mudar de rota? Temos o direito de esperar a tempestade passar.

É nesse cenário de transformação que a cantora Dani Cruz lança seu novo single, “Quebra de Contrato”, disponível em todas as plataformas digitais no próximo dia 13.

A canção reflete um momento importante na trajetória da artista, inspirada por uma frase que lhe veio em sonho, um chamado para as mudanças e adaptações que tornaram esta nova fase possível: “Estou tão feliz com o que venho entregando às pessoas através das minhas canções... e essa é superespecial para mim, uma das frases foi dita pela minha mãe em sonho como um conselho. Se eu fosse uma música, acho que seria essa", destaca Dani.

Com um olhar mais profundo sobre sua arte, a cantora está pronta para abraçar essa nova luz, pronta para trilhar novos caminhos. E quer seguir acompanhada: por quem já caminha ao seu lado e por aqueles que ainda virão. Porque o que está à flor da pele deseja desabrochar. E o amor jamais desampara.

Pré-save: https://onerpm.link/145134498581

Para ficar ligado em todas as novidades, siga: @danicruzcanta

Se inscreva no YouTube: www.youtube.com/@danicruzcanta

Por Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

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Projeto "Oficinas Criativas" leva oficinas de audiovisual para escolas públicas de Natal

 Com o objetivo de inspirar e ampliar o conhecimento sobre novos mercados de trabalho, impulsionando a economia criativa no estado, a 3ª edição do projeto Oficinas Criativas apresenta a etapa “Oficinas Criativas nas Escolas – Audiovisual”.

A iniciativa está sendo realizada em quatro escolas públicas da capital potiguar, oferecendo oficinas sobre o mercado audiovisual. Durante os encontros, os participantes exploram áreas de atuação, planejamento de carreira, processos de produção, roteiro, captação, som e edição de vídeo. A proposta é apresentar o audiovisual como uma ferramenta profissional acessível, conectando o universo digital dos jovens ao mercado de trabalho.

Como parte do projeto, será produzido um minidocumentário com tradução em LIBRAS, registrando as impressões dos participantes sobre o setor audiovisual após as oficinas. O material também contará com imagens dos bastidores (making of), capturando todo o processo de produção.

As oficinas são ministradas por produtores independentes do estado com diferentes áreas de especialização, fortalecendo o setor audiovisual local e promovendo a troca de conhecimento para garantir a continuidade do segmento.

As próximas edições acontecerão nas escolas Padre Monte (Zona Leste) e União do Povo (Zona Oeste).

Acompanhe todas as novidades pelo perfil @oficinascriativasrn no Instagram.

O projeto “Oficinas Criativas – Audiovisual” é uma produção da @tapuia.digital, em parceria com @diniz.prod, e conta com a realização da Fundação José Augusto, Secretaria de Cultura do RN, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sobre o projeto Oficinas Criativas

O projeto Oficinas Criativas funciona como uma plataforma de conhecimento sobre o mercado de arte e tecnologia. Estruturado em edições, o projeto teve duas) edições online, com conteúdos sobre o mercado audiovisual e de produção musical, disponibilizadas no YouTube, abordando temas introdutórios aos mercados citados e rodas de conversa sobre vivências com produtores de periferia que conseguiram conquistar seu espaço no mercado de trabalho através da arte e tecnologia. E agora o projeto realiza sua edição presencial, em escolas públicas da capital potiguar.

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

(84) 98728-0813

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Indústria cerâmica é beneficiada por nova invenção de pesquisadores da UFRN

 Um processo de produção de tijolos cerâmicos, utilizando solo contaminado com resíduo de petróleo, foi patenteado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A invenção, no entanto, não se limita à fabricação de tijolos, pois o método pode ser aplicado a outros produtos cerâmicos essenciais para o sistema construtivo brasileiro, como telhas, blocos e pisos.

É o que relata o professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), Carlos Alberto Paskocimas. Ele salienta ainda que o processo tem como uma de suas facilidades a utilização direta nos processos de fabricação já existentes, sem a necessidade de modificações na estrutura de produção. “É interessante também que essa matéria-prima da qual partimos, no caso com uma proposta de adequação de resíduos da indústria de petróleo, do solo contaminado com resíduo de petróleo, propicia uma capacidade de melhorar os atributos técnicos dos produtos cerâmicos. Nessa perspectiva, na ocasião de realização do projeto em parceria com a Petrobras, foram obtidos blocos cerâmicos e tijolos cerâmicos em escala de protótipo”, identifica.

Mais especificamente, a patente propõe o uso dos solos contaminados com resíduos de petróleo provenientes do processo de perfuração de poços de petróleo e de extração de petróleo, ambos em terra, e que resultam num material de composição físico-química e estrutura característica, denominado pelas empresas do setor de petróleo como solo contaminado com petróleo. Esses resíduos são monitorados rigidamente por essas empresas, suas ocorrências são removidas de imediato, e as parcelas de solos que sofreram contaminação com fluidos de petróleo são transportadas para uma unidade de calcinação, para aquecimento em fornos rotativos para oxidação da matéria orgânica contaminante, neutralizando a sua atividade.

Após esse processamento, o solo contaminado é denominado solo calcinado, que é classificado como um resíduo inerte que, deste modo, será enviado para uma área de armazenamento em aterros industriais, na qual deverá permanecer sob monitoramento até que seja encontrada uma aplicação tecnológica para esses resíduos – é o caso deste patenteamento. “Esse solo calcinado também é uma fonte de custo, visto que consome energia e recursos empresariais para ser produzido e ainda permanece como um passivo ambiental que demanda monitoramento permanente”, frisa Paskocimas.

O produto da patente é vinculado diretamente à indústria de cerâmica estrutural, e a concessão dela, recebeu o nome “Processo de produção de tijolos cerâmicos e de blocos cerâmicos à base de solo contaminado com resíduo de petróleo e respectivas formulações”. A tecnologia é fruto de uma parceria entre a UFRN, a Petrobras e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), envolvendo, além de Paskocimas, Fred Amorim Salvino, Márcio Luiz Varela Nogueira de Moraes, Alex Micael Dantas de Sousa, Márcia Jordana Campos dos Santos, Renata Maria Sena Brasil Leal, Fabiana Villela da Motta e Mauricio Roberto Bomio Delmonte.

Outro diferencial apontado por Paskocimas está no uso de resíduos que podem ser adequados para adquirirem a condição de matérias-primas industriais, situação que permite a redução do consumo de argilas, recursos naturais não renováveis que são consumidos de modo intensivo em grandes volumes pelas indústrias cerâmicas. “Nosso grupo de pesquisa tem essa vertente sempre pulsando, haja vista que seguimos pesquisando sobre resíduos minerais e industriais, com foco nos resíduos produzidos dentro do Estado do Rio Grande do Norte”, acrescenta o docente.

Com um currículo que compreende quase quarenta depósitos de patente realizados através de instituições públicas, como UFRN, Petrobras e Fapesp, bem como pela iniciativa privada, como Companhia Siderúrgica Nacional e Icra, Paskocimas enfatiza que a geração de patentes é uma forma de visualização mais direta pelo setor industrial das potencialidades que são criadas no meio acadêmico, “uma vez que são entendidos como produtos tecnológicos e que desta forma comprovam e permitem comparar as capacidades de geração de conhecimentos tecnológicos pelas e entre as instituições acadêmicas e servem como um sinalizador para as empresas interessadas em desenvolver projetos tecnológicos em parceria com as Universidades”, finaliza.

Por Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN/

Foto: Cícero Oliveira

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Governo do Estado lança Editais de Apoio, que compõem o quarto e último Bloco da PNAB RN

 O Bloco contém sete dos 21 editais que compõem a PNAB RN; as inscrições podem ser realizadas através do portal Mais Cultura RN até o dia 10 de março.

Por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o Governo do RN lançou nesta quarta-feira (19) o quarto e último bloco de Editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB RN), composto por sete Editais de Apoio. A seleção pública visa incentivar as diversas formas de manifestações culturais do Rio Grande do Norte, e irá contemplar, nesta etapa, 410 propostas, totalizando 8,45 milhões de reais em repasses.

A iniciativa irá fortalecer diversos segmentos artísticos e culturais do estado, abrangendo desde as culturas populares tradicionais até as manifestações urbanas e periféricas. Os Editais de Apoio fornecem recursos financeiros direcionados, selecionando propostas culturais, propostas de aquisição de bens e insumos e subsídio para a manutenção de espaços artísticos.

A Secretária da Cultura do RN, Mary Land Brito, explica que o lançamento do último bloco fecha o pacote de Editais da PNAB cumprindo com os objetivos do programa e  fornecendo recursos aos artistas e agentes culturais em diversas frentes, por meio dos Editais de Premiação (Bloco I), que reconhecem e premia a trajetória dessas pessoas, passando pelos Editais de Cultura Viva (Bloco II), que fortalecem os Pontos e Pontões de Cultura, até os Editais de Fomento (Bloco III), que incentivam a realização de novos projetos.

“Esta é uma etapa importante porque, enquanto os Editais de Fomento possibilitam novos projetos e ampliam o leque das produções artísticas no estado, os Editais de Apoio chegam para dar suporte àqueles projetos que já estão em desenvolvimento ou ainda proporcionar mais estrutura para o setor cultural, seja viabilizando a compra de equipamentos que vão otimizar o fazer artístico, seja melhorando os espaços culturais ou fortalecendo os grupos e comunidades que dependem desses recursos para desenvolver suas atividades culturais com dignidade”, pontua.

A coordenadora da PNAB RN, Leka Castro, destaca que o Bloco IV cumpre um papel importante na aplicação de políticas afirmativas, com editais específicos voltados para a Cultura Negra, a Cultura LGBTQIAPN+, as Culturas Populares e Tradicionais e a Cultura Urbana e Periférica, e que, “para assegurar que o direito dos grupos afirmativos sejam respeitados de maneira justa e inclusiva, existe a Banca de Aferição de Pertencimento e Banca de Heteroidentificação”.

“A atuação dessas bancas é essencial para impedir que pessoas que não atendem aos critérios ocupem vagas destinadas a grupos historicamente marginalizados. Além disso, fortalecem as políticas públicas, conferindo-lhes maior credibilidade e eficácia na promoção da inclusão”, explica a coordenadora.

As inscrições para o Bloco IV, referente aos Editais de Apoio da PNAB podem ser realizadas através do portal Mais Cultura RN até o dia 10 de março. Acesse: Mais Cultura RN > “Editais” > “Editais PNAB”.

Confira mais detalhes sobre os Editais de Apoio:

O Edital de Apoio às Culturas Populares Tradicionais destinará R$ 3,66 milhões para selecionar propostas que valorizem e preservem as tradições culturais do estado, como festas populares, danças, música, artesanato e outras manifestações.

O Edital de Apoio ao Circo disponibilizará R$ 920 mil para projetos que fomentem a criação e a circulação de espetáculos circenses, apoiando desde os tradicionais circos de lona até as novas formas de expressão circense.

O Edital de Apoio à Cultura Negra e o Edital Apoio à Cultura LGBTQIAPN+, com R$ 620 mil cada, visam dar visibilidade e fortalecer estas importantes manifestações culturais, apoiando projetos que promovam a igualdade, a diversidade e o combate à discriminação.

O Edital de Apoio à Cultura Urbana e Periférica, também com R$ 920 mil, incentivará as expressões artísticas que pulsam nas periferias e nos centros urbanos, como o hip hop, o grafite, o rap e outras manifestações culturais.

O Edital de Apoio à Aquisição de Bens e Insumos, com R$ 750 mil, apoiará a aquisição de bens e insumos essenciais para o desenvolvimento de atividades artístico-culturais, como instrumentos musicais, equipamentos de som e luz, materiais para produção de figurinos e cenários, entre outros.

Por fim, o Edital de Apoio e Subsídio para Manutenção de Espaços Artísticos, com R$ 960 mil, destina-se a espaços culturais de todo o estado, como teatros, centros culturais, galerias de arte e outros locais que promovem a difusão cultural.

Informações à Imprensa:

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte

E-mail: comunicacaoculturarn@gmail.com

Instagram: @secultrn Imagem relacionada à divulgação

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domingo, 16 de fevereiro de 2025

O CANTADOR DOS QUATRO CANTOS

 Por Fernando Luiz*

Eu o conheci em meados dos anos oitenta. Na época, pelo menos duas vezes por ano eu viajava para o Rio de Janeiro e São Paulo para fazer shows e me apresentar em alguns programas de TV. Quando estava no Rio, eu costumava ir quase diariamente para Bonsucesso, onde o paraibano Aluízio Silva, meu empresário, tinha uma gráfica. Ele era amigo de Aluízio e de vez em quando eu me encontrava com ele; quando isto acontecia, nós conversávamos bastante sobre música, arte, cultura, política e uma infinidade de outros assuntos e até sobre religião. Além dos assuntos com os quais nos identificávamos, nós tínhamos algo mais em comum: éramos potiguares (eu nasci em Natal e ele em Mossoró).

Ainda pequeno, em 1968 ele ouviu a música Asa Branca pela primeira vez, em um showmício que se realizava em Mossoró, na voz daquele que seria a sua grande inspiração: Luiz Gonzaga. Eu estou falando de Marcus Lucenna, que desde a infância adquiriu gosto pela música influenciado por seu pai que, além de radialista, era poeta, repentista e cordelista. 

Marcus Lucenna sempre foi apaixonado por música e em 1977, com apenas 16 anos chegou ao Rio de Janeiro carregando, além da sua bagagem, o sonho de ser artista, inspirado pela obra dos repentistas, emboladores de coco, violeiros e cordelistas, figuras que sempre estiveram presentes no seu imaginário e na sua vida. Na cidade maravilhosa ele começou a cantar no calçadão de Copacabana e, aos poucos, se destacou por seu carisma e sua musicalidade, conquistando turistas e cariocas. Foi no calçadão que ele conheceu muita gente, inclusive pessoas influentes do meio musical. 

O gosto musical de Marcus Lucenna não se limitava às obras de artistas nordestinos; como uma espécie de pesquisador precoce, além de Luiz Gonzaga, ele ouvia tudo o que estivesse ao seu alcance, desde Jackson do Pandeiro - considerado “O Rei do Ritmo” -, passando por Bob Dylan, Charles Aznavour e outros nomes da música internacional; posteriormente passou a admirar nomes da MPB, como Fagner, Raul Seixas e Ednardo. 

Com esforço, competência, talento e determinação, Marcus Lucenna, com o passar do tempo, foi ganhando espaço e conquistando um público cada vez maior.  No Rio de Janeiro, ele sempre foi um defensor ferrenho da Feira de São Cristóvão e dos interesses dos feirantes, o que lhe rendeu em 2009, durante o primeiro mandato de Eduardo Paes, o convite para se tornar o administrador da feira, cargo que ocupou até 2013. 

Ao longo da sua trajetória, o mossoroense acumulou na carreira diversas parcerias importantes como Luiz Vieira, Mirabô, Capinam, Mario Lago Filho, Vicente Telles, Zé Lima – também mossoroense -, Roque da Paraíba, Edson Show, Chico Pessoa e Zé do Norte. Ingressou no rádio, onde dirigiu e apresentou os primeiros programas de Forró em horário nobre no Rio, em emissoras como Imprensa FM e Tropical FM. Também esteve à frente dos programas “Nação Nordeste”, na Rádio Viva Rio (do Sistema Globo) e “Marcus Lucenna – a Voz do Povo”, na Rádio Carioca AM. Na TV, dirigiu, produziu e apresentou “Marcus Lucenna De Repente”, programa da NGT. Assinou a coluna “Canto do Povo Nordestino”, do jornal o Povo do Rio, e fundou o jornal Nação Nordeste. Também participou como entrevistado e artista convidado em importantes programas de TV, entre os quais Jô Soares e Domingão do Faustão.

Marcus Lucenna idealizou vários projetos de valorização da cultura popular e em defesa das causas do migrante nordestino. Ocupou por seis anos o cargo de gestor do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, (a feira de São Cristóvão) e não só impediu que a Feira fosse retirada do bairro por força da especulação imobiliária, como liderou o movimento que a levou para dentro do Pavilhão de São Cristóvão, onde está localizada até hoje.

Amante das manifestações literárias nordestinas, Marcus Lucenna ocupa a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). Foi condecorado com os títulos de Cidadão Fluminense, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e Cidadão Carioca, pela Câmara de Vereadores. 

Por seu talento como cantor, compositor, poeta e músico, pela sua trajetória no ramo artístico e por suas andanças pelo Brasil, Marcus Lucenna hoje é conhecido como “O Cantador dos Qu4tro Cantos”. Sua jornada musical é marcada pelo ecletismo: passa pelo pé-de-serra e segue pelo brega, cantoria de viola, tango, rumba, lambada, chorinho e tudo o que representa a alma brasileira e latino-americana. 

Sou fã de Marcus Lucenna, e pra mim é um privilégio desfrutar da sua amizade, apesar da distância. Morando no Rio de Janeiro há várias décadas, o meu amigo conseguiu algo raro: permanece fiel às suas origens e defende a cultura nordestina, o que é motivo de orgulho para todos os potiguares. Principalmente para os mossoroenses.

Instagram: @fernandoluizcantor 

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Exibição audiovisual no Complexo Cultural Rampa marca encerramento de projeto com adolescentes da Fundase

 Socioeducandos de três unidades do sistema socioeducativo participaram de oficinas e produziram um filme de animação exibido no auditório do Complexo

Nesta quarta-feira (12), o Complexo Cultural Rampa recebeu quinze adolescentes assistidos pela Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) para celebrar o encerramento de um projeto com jovens em cumprimento de medida socioeducativa. O Municine, elaborado em parceria com a produtora colaborativa Fábrica de Inventores, é um laboratório de estudo de sombras que culminou na realização de um projeto audiovisual viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo RN.

“É uma honra para nós receber esse projeto e poder proporcionar este espaço para que os adolescentes possam apreciar a arte que eles mesmos produziram. É através destas iniciativas que a gente percebe como a política pública realmente chega na ponta e é capaz de trazer uma nova perspectiva de transformação de vidas através da Cultura”, declarou a Secretária de Cultura, Mary Land Brito, que destacou ainda a importância da articulação entre diferentes instâncias do governo e instituições em benefício da sociedade.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) é um ente da administração indireta do Governo do Estado vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), responsável pela execução das medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes que cometeram ato infracional de todo o Estado.

No RN, dez unidades são administrados pela Fundase, nas cidades de Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró, sendo quatro unidades de internação (Case), três unidades de cumprimento de medida em semiliberdade (Casemi) e três unidades de internação provisória (Casep), responsáveis pelo pronto atendimento dos adolescentes.

O filme de animação “O Menor e a Raposa”, produzido pelos adolescentes socioeducandos da Fundase, foi exibido no auditório do Complexo Cultural Rampa, junto a outros três curtas-metragens: Fazenda Rosa, Cordel da Vila e Ori. A coordenadora de Gestão de Pessoas da Secretaria da Administração (Sead), Ilana Von Sohsten, acompanhou a atividade.

Também esteve presente a gerente do Centro de Atendimento Socioeducativo em Semiliberdade de Nazaré (Casemi - Nazaré), Flávia Santos, que explicou que o Municine é fruto da parceria com a Fábrica de Inventos, liderado pelo coordenador Gil Leal. “Ele já trabalhava conosco através de oficinas de grafite e então trouxe essa proposta de projeto audiovisual, com oficinas de roteiro, som e direção de arte”.

“Foi muito relevante porque os adolescentes puderam entrar em contato com outras linguagens. Eles se integraram melhor e aprenderam a trabalhar juntos, porque o audiovisual trabalha o coletivo, a criatividade e o respeito às ideias”, avaliou a gerente.

De acordo com o coordenador do projeto, o Municine envolveu principalmente três unidades do sistema socioeducativo: o Casemi Nazaré, o Case Pitimbu e o Casemi Pe. João Maria. “Foram vinte horas de formação em cada uma dessas unidades, contando com quatro módulos: arte e animação, fotografia, som e roteiro”, pontuou. As ações foram desenvolvidas com recursos do Edital de Formação em Audiovisual da Lei Paulo Gustavo RN.

O encontro na Rampa marcou a conclusão das atividades, após grande expectativa dos adolescentes. Eles relataram que foi uma experiência única e surpreendente realizar um produto audiovisual dentro de uma unidade socioeducativa e que foi um momento de grande satisfação visualizar o nome deles na telona do auditório, como numa tela de cinema.

A gerente de articulação interinstitucional da Fundase, Nazaré Davi, destaca que a Cultura é um dos eixos trabalhados nas ações socioeducativas. “A Cultura, comprovadamente, é um caminho para se construir uma nova mentalidade, e o maior objetivo da socioeducação é contribuir para que o socioeducando construa um novo projeto de vida, então a cultura é essencial porque desperta nele o entendimento dele enquanto sujeito na sociedade”.

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte

E-mail: comunicacaoculturarn@gmail.com

Instagram: @secultrn 

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Empresa de combustíveis oferece oportunidades de trabalho em quatro cidades neste mês; Natal uma dessas

 Contratados vão atuar nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Maranhão

Neste mês, a distribuidora de combustíveis ALE oferece novas oportunidades de trabalho em quatro cidades do país: São Paulo (SP), Betim (MG), Natal (RN) e Açailândia (MA). As vagas são para atuação nas áreas administrativa e comercial. Os interessados podem obter mais informações e se candidatar por meio da página de recrutamento da ALE no campo "Trabalhe Conosco" do site oficial da companhia.

Entre as oportunidades disponíveis, a matriz da empresa em Natal (RN) oferece duas vagas para estagiário comercial, destinadas a estudantes que desejam ingressar no mercado de trabalho e desenvolver habilidades no setor comercial. Já em São Paulo (SP), a companhia está contratando consultor comercial de postos sênior.

Outra vaga em aberto é para consultor comercial B2B sênior, com atuação em Açailândia (MA). Além disso, a base de armazenagem e distribuição da ALE em Betim (MG) está com duas vagas para aprendizes, destinadas a jovens que desejam dar os primeiros passos na vida profissional.

Benefícios

A ALE Combustíveis oferece um pacote completo de benefícios, que inclui assistência médica e odontológica, convênio farmácia, auxílio-creche ou acompanhante e o programa "Mamãe ALE". A companhia também disponibiliza o Total Pass, benefício corporativo que dá acesso a diversas academias e estúdios em todo o Brasil. Além disso, os colaboradores e seus familiares contam com um programa de apoio pessoal que oferece orientação psicológica, física, nutricional e fisioterápica, em parceria com a Alelo e a Auster.

A ALE também possui o selo "Empresa que Dá Feedback" da Gupy, que reconhece a eficiência da empresa no processo seletivo e a alta taxa de retorno aos candidatos. Esse reconhecimento reforça o compromisso da companhia com a transparência e a valorização dos profissionais.

Alerta

A ALE Combustíveis reforça que todas as vagas de emprego divulgadas estão disponíveis exclusivamente nos canais oficiais da companhia, como a página de recrutamento (Carreiras ALE) no campo "Trabalhe Conosco" do site oficial e no perfil da empresa no LinkedIn. A empresa não envia links de oportunidades de emprego por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens e não cobra qualquer pagamento para participação nos processos seletivos.

VAGAS DISPONÍVEIS POR CIDADE

Natal (RN)

- Estagiário Comercial (2 vagas)

São Paulo (SP)

- Consultor Comercial de Postos Sênior Açailândia (MA)

- Consultor Comercial B2B Sênior

Betim (MG)

- Aprendiz (2 vagas)

Sobre a ALE

A ALE, fundada em 1996, é a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, com uma rede de cerca de 1,5 mil postos e 6,5  mil clientes ativos em 21 estados e no Distrito Federal. A empresa gera cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos.

Para os revendedores, a companhia disponibiliza diferenciais, como a linha Energy (combustíveis de transição energética, mais eficientes e sustentáveis), o Clube ALE e Livelo (relacionamento e recompensas), a parceria com a Moove para fornecimento de lubrificantes da marca Mobil, a Academia Corporativa ALE (treinamento e capacitação), o programa Ligados na Qualidade (certificação do combustível), as unidades de Serviço Automotivo ALE Express e as lojas de conveniência Entreposto (EP) e A Esquina.

Interface Comunicação Empresarial/

(31) 99567.1566

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