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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Tecnologia do RN com empresa chinesa influencia na substituição de combustíveis fósseis

 Tecnologia da UFRN com empresa chinesa influencia na substituição de combustíveis fósseis

 Um grupo de quatro cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte conseguiu remover o oxigênio de óleos vegetais, naquilo que é uma nova rota de produção de biocombustíveis que podem ser utilizados em substituição aos combustíveis comuns, como o querosene e o bioquerosene de aviação, bem como o diesel usado nas frotas de caminhão.

Coordenadora da equipe que realizou a pesquisa, Amanda Duarte Gondim identifica que, tecnicamente, a tecnologia refere-se a um processo de desoxigenação fotocatalítica de ácidos graxos para a obtenção de hidrocarbonetos renováveis. “A inovação inclui o uso de catalisadores orgânicos e luz visível, operando em condições de pressão e temperatura ambiente, sem a necessidade de gás hidrogênio ou catalisadores metálicos nobres, situação que simplifica a forma como esse processo é feito atualmente, o torna economicamente mais acessível e sustentável ambientalmente”, explica a professora do Instituto de Química.

A pesquisa citada foi desenvolvida em uma parceria entre a UFRN e a empresa chinesa Sinochem Petróleo Brasil e rendeu um pedido de depósito de patente feito no ano passado, cujo nome foi “Processo de desoxigenação fotocatalítica de ácidos graxos para obtenção de hidrocarbonetos renováveis”. O projeto contou com a participação ainda de Jhudson Guilherme Leandro de Araújo, Lívia Nunes Cavalcanti e Aécia Seleide Dantas dos Anjos.

O primeiro pontua que o dispositivo tem aplicações diretas na indústria de biocombustíveis, com potencial para produção de combustíveis para transporte terrestre, aéreo e marítimo. Ele acrescenta que o dispositivo apresenta uma rota inovadora e sustentável para a produção de combustíveis renováveis, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa e da dependência de combustíveis fósseis. Além disso, promove o uso de recursos renováveis, como óleos vegetais, agregando valor à cadeia produtiva. 

Também docente da UFRN, Lívia Nunes Cavalcanti situa que a equipe do LabProBio, local onde experimentos ocorreram, está atualmente ampliando os testes para escalas maiores, aproximando o processo das condições industriais. O processo descrito e objeto do pedido de patente está em um estágio avançado de testes laboratoriais, circunstância que sugere que a tecnologia está próxima da fase de validação pré-comercial. “Também estamos avaliando a viabilidade com diferentes tipos de óleos vegetais. Esses esforços incluem aprimoramento de catalisadores, análise de eficiência energética e estudos de viabilidade técnica e econômica”, salienta a professora.

Inovação e originalidade

Coordenadora do Laboratório de Análise Ambiental, Processamento Primário e Biocombustíveis do NUPPRAR (LABPROBIO – NUPPRAR), Amanda Gondim participou apenas neste ano de três pedidos de patenteamento. A expertise que se depreende de estudos na área de valorização de resíduos de petróleo, produção de biodiesel, hidrocarbonetos renováveis e hidrogênio, principalmente bioquerosene e diesel verde, pode ser visualizada pelo lugar que ocupa sendo Coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis (RBQAV) do Programa de Recursos Humanos da ANP e fazendo parte do Comitê Técnico Consultivo do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

Paraibana radicada no RN há mais de vinte anos, ela defende que o ato de patenteamento em si comprova a inovação e a originalidade da tecnologia, pois “ele garante proteção intelectual, valoriza a contribuição científica dos inventores e simboliza a transferência de conhecimento entre a academia e a indústria”.

Assessoria de Comunicação AGIR/UFRN

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Memórias das jornalistas do RN vira livro

 Natal-RN. Fevereiro de 2025. Nem passou o verão e ainda não chegou o Carnaval e a novidade é que finalmente aparece o tão esperado livro de memórias das jornalistas do Rio Grande do Norte organizado por Gustavo Sobral e Juliana Bulhões.

São sete mulheres jornalistas que contam em depoimento pessoal as suas trajetórias profissionais da escolha aos desafios da profissão: Rejane Cardoso, Josimey Costa, Marize Castro, Anelly Medeiros, Anna Ruth Dantas, Rosilene Pereira e Cledivânia Pereira Alves, jornalistas, privilegiando a escrita pessoal em primeira pessoa e o estilo de cada uma para contar a sua história que é a do jornalismo potiguar.

A capa do livro é uma obra da artista Angela Almeida e o livro sai pela Biblioteca Ocidente com edição de Francisco Isaac Dantas de Oliveira, capa e editoração por Gabriel Araújo e revisão de Matheus Pereira.  A versão digital está disponível para download gratuito nos sites: https://gustavosobral.com.br/ e https://revistagalo.com.br/selo-bo/.

Uma década dedicada à pesquisa e ao jornalismo potiguar

Gustavo Sobral e Juliana Bulhões vêm se dedicando à construção de uma memória do jornalismo do Rio Grande do Norte e a pesquisar a história e, neste ano de 2025, celebram uma década de publicações de livros e artigos em conjunto. Entre eles, Manual de Assessoria de Imprensa (2024), Jornalismo, biografia e crônica (2023), e Memórias do jornalismo no Rio Grande do Norte (2018), além de diversos artigos nestas temáticas. Todos disponíveis para download gratuito em www.gustavosobral.com.br.

Para mais informações

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gustavo@gustavosobral.com.br

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domingo, 2 de fevereiro de 2025

CARTA ABERTA PARA PAULINHO FREIRE

 Por Fernando Luiz*

Prezado Prefeito de Natal Paulinho Freire:


Como natalense estou tomando a liberdade de lhe escrever esta carta aberta, com o objetivo de falar um pouco sobre a doação da praça Assis Chateaubriand no Tirol, pela Prefeitura de Natal, à paróquia Santa Terezinha, para a construção de uma capela.

Tenho uma coluna semanal nas redes sociais, onde escrevo sobre arte, cultura e a música potiguar, numa luta de décadas que eu desenvolvo em defesa de nossos artistas e dos nossos valores culturais. Entretanto, nas últimas semanas mudei o foco dos meus textos em virtude de uma ameaça grave que paira sobre o Tirol.

Em períodos eleitorais, inúmeras vezes fui convidado por candidatos a prefeito de Natal para participar de reuniões que tratam sobre temas de interesse da nossa cidade no item cultura e sempre que recebo um convite dessa natureza participo com prazer, levando sugestões para os candidatos. Sem falsa modéstia, os candidatos me convidam porque toda a classe política do estado conhece os projetos que desenvolvo desde o ano 2000, todos usando a arte como meio de promoção social e pela valorização dos nossos talentos, dentre os quais posso destacar o Show das Comunidades e o programa Talento Potiguar (executados com o patrocínio da Prefeitura de Natal, através da Lei Djalma Maranhão), visando fortalecer nossa cultura em todos os seus segmentos.

Quando da sua candidatura a prefeito de Natal eu participei da sua primeira reunião com produtores, músicos, artistas e fazedores de cultura; o objetivo da reunião era ouvir sugestões para a elaboração do seu programa de governo no segmento cultural. Na ocasião eu fui o primeiro a usar a palavra, dirigindo ao senhor uma pergunta sobre o apoio do seu mandato com relação ao fortalecimento da cena cultural da nossa cidade; obtive de sua parte uma resposta que satisfez não só a mim, como também a todos os presentes à reunião.

Há algumas semanas, repito, mudei o foco dos meus artigos nas redes sociais e passei a tratar de um único tema: a luta de uma grande parte dos moradores do Tirol, onde moro, contra a doação da praça Assis Chateaubriand para a Paróquia Santa Terezinha construir uma capela. Todos sabem que a doação foi feita ao apagar das luzes do mandato do seu antecessor, sem consultar a população do bairro, sem uma audiência pública e sem o conhecimento dos órgãos de defesa do Meio Ambiente; enfim, de surpresa, tipo na calada da noite.

Antes da doação, foi feita uma reunião com moradores de dois prédios existentes no Delta Tirol, com o vereador autor do projeto de lei e com um padre interessado na construção da capela, o que originou a lei que autoriza a desafetação da praça. Entretanto, a reunião não foi realizada na comunidade e sim no salão paroquial da Igreja Santa Terezinha, o que não é justo e me arrisco a dizer que certamente também não deve ser legal perante a Lei.

A construção da capela tem a seu favor uma boa parte de blogueiros, influenciadores digitais, jornalistas conhecidos, de alguns órgãos da Imprensa tradicional e de uma pequena parcela de católicos. Entretanto, além de ir contra a recomendação do Papa Francisco para preservar o Meio Ambiente, o projeto é uma falta de respeito às demais as crenças: evangélicos, espíritas, seguidores do islamismo, budistas, religiões de matriz africana, etc., num profundo desrespeitos aos princípios constitucionais do nosso país, já que o Brasil é um país laico.  

Vou expor aqui algumas questões graves sobre a construção da capela:

1) O projeto de um conceituado arquiteto natalense afirma que a construção da capela, com capacidade para 88 pessoas, não vai retirar da praça nenhuma árvore. Isto é impossível, ou seja: não é verdade!

2) Existem algumas afirmações que o projeto deve ficar em torno de 5 milhões de reais. Se isto for verdade, será que a paróquia de Santa Terezinha tem condições de arcar com este custo?  Ou vai ser o Poder Público vai pagar a conta com os impostos que nós pagamos?

3) Onde está a legalidade da desafetação da praça, se a grande maioria da população do bairro não foi ouvida?

4) Até a publicação da doação no Diário Oficial de 16/12/2024, apenas uma pequeníssima parte dos moradores de dois edifícios do Delta Tirol sabiam da existência do projeto, o que é um absurdo!

5) Existem rumores (são apenas rumores, mas que não devem ser ignorados) de que até o início do próximo ano o padre que lidera o movimento para a construção da capela deve mudar de paróquia. Se isto for verdade, qual o sentido de construir a capela?

6) A construção da capela, se concretizada, além de ser um crime ambiental, vai trazer inúmeros transtornos para a localidade: a realização de uma missa semanal e, com certeza, outras cerimônias como casamentos, batizados, crismas etc., Além da poluição sonora por causa desses eventos religiosos, também haverá barulho, caos no trânsito, exatamente nos fins de semana, que é o período de maior sossego na região. Todos terão um sério prejuízo, inclusive os moradores da rua Ângelo Varela, onde existem prédios residenciais, clínicas, escritórios, bares e restaurantes.

Caro prefeito: todos nós sabemos que o senhor, através da Destaque Promoções, empresa da qual o senhor era sócio, além de fortalecer a Economia da nossa cidade, projetou Natal para todo o Brasil através do Carnatal. Como vereador, foi autor de projetos importantes para nossa cidade; na Câmara Federal, destinou recursos através de emendas parlamentares para o bem-estar da população natalense. Agora, na condição de prefeito, o senhor tem tudo para melhorar a qualidade de vida dos natalenses e para continuar contribuindo para o fortalecimento da imagem da nossa cidade; entretanto, para que este fortalecimento  e a melhoria da qualidade de vida em Natal ocorram em todas as áreas, é de fundamental importância que o senhor cumpra com o que consta do seu programa de governo com relação ao Meio Ambiente, cujo texto exponho aqui literalmente: O programa de governo de Paulinho Freire apresenta uma visão inovadora e comprometida com a sustentabilidade ambiental. Reconhecendo a importância crucial de um meio ambiente saudável para o desenvolvimento econômico e social, Paulinho Freire propõe uma série de iniciativas que visam a preservação dos recursos naturais, a promoção de energia limpa e a conscientização ambiental.”

Revogando a lei que oficializou a desafetação da praça Assis Chateaubriand, talvez o seu antecessor até se aborreça (o que não creio que vá ocorrer); mas de uma coisa eu tenho certeza: seus eleitores, as futuras gerações e a população de Natal aplaudirão sua decisão. Inclusive eu.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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domingo, 5 de janeiro de 2025

A família de João Cucu

Autor: Geraldo Anízio*

O dono da pensão chamava-se Oceano Atlântico Linhares, casado com Adriana Costa Vaso Veludo. O filho mais velho, Vicente Pica Pau Veludo, primo de Francisco Dias Bem Bom, arranjaram uma briga por certa moça de nome Graciosa Rodela D’Alho. O irmão de Graciosa, Esparadrapo Clemente de Sá matou o namorado da irmã, Vicente Pica Pau, por ter ofendido a irmã dele e não querer casar-se.

Esparadrapo fugiu da cidade e se refugiou na fazenda do Coronel Brandamante Brasil. Benedito Camursa Aveludado que era irmão de Oceano Atlântico denunciou o crime ao delegado Dezecêncio Feverêncio Delegas que por sua vez tomou as providências em diligências a procura do criminoso Esparadrapo Clemente. O pai de Esparadrapo, o Sr. Céu Azul do Sol Poente, poeta e trovador, tratou de falar com o Dr. Joaquim Couve Flor Malvas, advogado de defesa e ganhador de causas criminais na região. 

O pai de Graciosa, Adão Kodak, contratou às escondidas um pistoleiro para assassinar o fugitivo. Certa noite, o pistoleiro, um tal de Antônio Carnaval Quaresma, acertou o trato por dez mil réis que fora divido com um outro parceiro Abc Lopes. Antônio Carnaval veio por indicação de Danilo de Cadê Negócio, cujo interesse teve em receber parte do dinheiro de Antônio  Carnaval. O parceiro de Antônio Carnaval, Abc Lopes ao tomar chegada na fazenda do coronel Brandante Brasil reconheceu o criminoso Esparadrapo, que era casado com uma das tias dele, a Sra. Aricléia Café Chá.

Tudo ficou revertido, a compreender Esparadrapo dobrou a oferta aos pistoleiros para executarem o mandante da morte dele, o Sr. Adão Kodak. Desta feita, no dia de feira quando o Sr. Kodak versejavam com outro amigo, o Sr. Um Dois Três de Oliveira Quatro, os pistoleiros atiraram de uma esquina atingindo fatalmente o Sr. Um Dois Três de Oliveira Quatro que não tinha nada a ver na história.

O pistoleiro Abc Lopes fugiu em um carro de praça do Sr. Sebastião Salgado Doce e Antônio Carnaval foi preso em flagrante pelo cabo de polícia Zero Fonseca que por coincidência era primo carnal de Graciosa Rodela.

Um ano depois dessa história toda, nasceu a filha de Graciosa Rodela com Vicente Pica Pau que mais tarde tornou-se a juíza da Primeira Vara Criminal.

Esta história foi contada por João da Mesma Data que conheceu a família de Graciosa Rodela. João é historiador que também foi casado com uma parenta da família  da Sra. Cafiaspirina Cruz que soubera, por sua vez, numa história de cordel contada pelo poeta Rolando de Alto Abaixo da Estrada. 

Agora passo para todos vocês.

*Com post no blog do autor e postado em Assessorn.com no domingo, 13 de maio de 2012. 

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domingo, 10 de novembro de 2024

AOS MESTRES, COM CARINHO!

Por Fernando Luiz*  

Em 1967, o filme Ao Mestre, Com Carinho foi sucesso mundial, batendo recordes de bilheteria. No enredo, um engenheiro negro, interpretado por Sidney Poitier, aceita lecionar numa escola de Londres. A turma, formada por adolescentes rebeldes barra pesada, se une com o objetivo de expulsar o professor do cargo.  Todavia os alunos são tratados com profundo respeito pelo mestre e, aos poucos, passam a admirá-lo e respeitá-lo.

Existem mestres e Mestres; também existem professores e Professores. Os dicionários definem mestre como “uma pessoa dotada de excepcional saber, competência, talento em qualquer ciência ou arte” e definem professores como um indivíduo que ensina uma língua, uma ciência, uma atividade, uma ou várias matérias, etc.

Num artigo recente falei, entre outras coisas, sobre alguns personagens da zona leste de Natal, mas, para que o texto não ficasse muito longo, deixei para falar hoje sobre alguns outros que, com certeza, podem ser considerados verdadeiros mestres.

Nas Rocas, por exemplo, a Escola de Samba Balanço do Morro foi fundada em 06 de Janeiro de 1966 pelo sambista morador do bairro Lucarino Roberto de Sousa. Lucarino, além de cantor, compositor e carnavalesco, se tornou também mestre da bateria da escola fundada por ele. Outro mestre do bairro das Rocas foi Cornélio Campina. Nascido em Portalegre, interior do estado, em 1908, veio para Natal em 1928 e aqui formou, em 1954, a Sociedade de Danças Antigas e Semi-Desaparecidas, popularmente denominada Araruna, por  sugestão de Luís da Câmara Cascudo (o grande Mestre do Folclore), que deu todo apoio ao portalegrense residente nas Rocas na regularização do grupo.

Na Vila de Ponta Negra, zona sul da capital, existe o grupo folclórico Congos de Calçola. O Congo, oriundo da África, é uma manifestação popular que foi herdada dos escravos brasileiros. Na época da escravidão, a dança era incentivada pelas autoridades do Império com o objetivo de manter a ordem nas senzalas, aproveitando-se do fato de que os negros gostavam de assistir seus reis serem coroados nas congadas. Em Natal, o mestre do grupo folclórico Congos de Calçolas, Pedro Santos Correia, que nasceu na vila de Ponta Negra, herdou o grupo do pai, Sebastião Francisco Corrêa. Pedro começou a participar do Congos de Caçola com 12 anos de idade.

O Mestre Manuel Marinheiro, cujo nome de nascimento é Manuel Lopes Galvão, nasceu na fazenda Morena, em Goianinha. Aprendeu com Zé Marinheiro, seu irmão mais velho, a arte do Boi de Reis. Em 1966 foi para o Rio de Janeiro, onde residiu por dez anos. Voltou para Natal já casado com Odaíza e foi morar no bairro de Felipe Camarão, onde tornou-se amigo de outro mestre que também se tornaria, como ele, um ícone da cultura potiguar: Chico Daniel, um dos maiores mamulengueiros do Brasil.

Francisco Ângelo da Costa  - Chico Daniel - nasceu em Assu no dia 05 de setembro de 1941. De família humilde, nunca frequentou a escola. Com seu pai, Daniel Ângelo, aprendeu aos 14 anos a manusear os bonecos e a partir de então dedicou-se à atividade com mamulengos. Os personagens de Chico Daniel contavam histórias de Trancoso, piadas e histórias inventadas por ele, sempre usando sotaques diferentes, encantando a todos.

Há alguns anos, eu fui à FUNCARTE (Capitania das Artes) e soube que Chico Daniel estava se apresentando no local para uma turma de estudantes. Decidi assistir a apresentação do mamulengueiro e presenciei algo que me deixou lisonjeado: durante a apresentação, o negro Baltazar (personagem do mamulengo) ao “me ver” começou a cantar Um Gole A Mais, uma das minhas músicas mais conhecidas. Depois, cantou um trecho de Garotinha... e a plateia cantou junto.

Chico Daniel morreu em 2007.  Foi enterrado no cemitério do Bom Pastor, a poucos metros do túmulo de Manoel Marinheiro. No mesmo cemitério está enterrado Carlos Alexandre. Todos eram de origem humilde.

No cemitério do Bom Pastor, entre centenas de túmulos de pessoas humildes, estão os túmulos de três mestres potiguares.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8:30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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