Diante
do crescente número de casos de COVID-19 no Brasil e no RN e da necessidade de
liberar as unidades básicas de saúde e hospitalares para estes atendimentos, a
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) pede que a população evite ao
máximo o contato com animais desconhecidos, que podem ocasionar um acidente e a
necessidade de ir até uma unidade de saúde.
A
maioria dos casos de atendimento antirrábico registrados pelas unidades de
saúde são por agressão por cães e gatos e observa-se que a maioria dos casos
poderiam ser evitados. Muitos acidentes ocorrem com animais de rua e silvestres
que agridem pois se sentem ameaçados ao serem tocados por pessoas.
“A
prevenção dos acidentes com animais evita que o indivíduo se exponha em
unidades de saúde e, ao mesmo tempo, diminui a demanda para os profissionais de
saúde da assistência. Obviamente muitos acidentes são inevitáveis e a avaliação
médica é imprescindível, pois a raiva é uma doença grave e não tem cura”,
explicou Aline Rocha, subcoordenadora de vigilância ambiental da Sesap.
Transmitida
pela saliva de animais mamíferos doentes através de mordedura, arranhadura ou,
mais raramente, lambedura de feridas ou mucosas, a raiva é uma doença grave e
100% letal. Já há muitos anos são diagnosticados casos de animais positivos no
Rio Grande do Norte, especialmente morcegos, animais considerados de alto risco
para transmissão da doença.
Em
2019 foram 95 casos, sendo 85 morcegos, 05 raposas, 02 cães, 02 bois e 01 égua.
Neste ano já são 26 animais positivos, todos morcegos, oriundos de nove
municípios: Alexandria (1), Santo Antônio (10), Macaíba (3), Natal (4), Serra
Caiada (4), Nova Cruz (1), Ielmo Marinho (1), Caicó (1) e Jaçanã (1).
Para
prevenção da raiva é necessário que toda pessoa agredida ou em contato com
mamíferos suspeitos, tais como cães, gatos, morcegos, raposas, saguis, seja
avaliada por um profissional de saúde, geralmente em uma unidade hospitalar,
para definir um esquema profilático. O esquema pode incluir a observação do
animal agressor, no caso dos cães e gatos, e a administração de soro
antirrábico, para os casos mais graves ou que envolvem animais silvestres.
Quando é necessário vacina, estas são aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS).
Assessoria
de Comunicação
Secretaria
de Estado da Saúde Pública
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