Com
o objetivo de garantir maior segurança nos voos e entender melhor como os
fenômenos meteorológicos podem influenciar a pilotagem de aeronaves, um grupo
de estudantes do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET) da UFRN está
trabalhando na análise de desastres aéreos com causas atmosféricas. A equipe,
formada por alunos do curso de Meteorologia e de CeT, é coordenada pelo
professor David Mendes, do Departamento de Ciências Atmosféricas e Climáticas
da UFRN.
"33%
dos acidentes aéreos têm alguma causa meteorológica. Essa é a única causa de
acidentes que o ser humano não consegue mudar, ou seja, ele não tem
interferência sobre isso", explica o professor David. Nesse cenário,
entender melhor a relação entre condições atmosféricas e a aviação pode ajudar
a evitar desastres e a salvar vidas.
O
trabalho é pioneiro aqui no Brasil. Os membros se reúnem periodicamente para
analisar relatórios de voos de diferentes lugares do mundo e que mostram
diferentes tipos de situações relacionadas às condições atmosféricas. “A ideia
é que esses estudantes tenham contato com esse conhecimento e, no futuro,
possam usá-lo como base para entender as causas dos acidentes e tirar proveito
no sentido de criar uma nova metodologia", comenta o professor. Ele também
destaca que, ao se produzir esse tipo de trabalho, os próprios pilotos também
vão poder usufruir desse conhecimento para voarem com mais segurança.
Pensando
nisso, o grupo também está trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo para
celulares que irá disponibilizar para as pessoas dados sobre acidentes aéreos e
informações sobre condições meteorológicas. "Apesar de os pilotos já terem
uma base de conhecimento sobre condições atmosféricas e meteorológicas, o
aplicativo vai mostrar a real necessidade de se entender melhor esse
cenário", explica o professor.
"Um
dos principais objetivos dessa ferramenta é mostrar para as pessoas qual a
importância do conhecimento meteorológico para a aviação. Não é apenas para
evitar acidentes, mas também para prever determinadas situações, como
turbulências, por exemplo. Vai servir também para saber quais eventos
meteorológicos estão acontecendo, chuvas e trovoadas, por exemplo, e quais são
as consequências disso para o vôo”, finaliza David Mendes. A previsão é de que
o aplicativo seja disponibilizado no primeiro semestre de 2020. [Agência de Comunicação da UFRN - (84)
3215-3115 / 3116]
Foto:
Anastácia Vaz
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