Bira Macedo,
Birinha, era assim que os colegas jornalistas o chamavam. Raimundo Ubirajara
Macedo faleceu nesta quinta-feira (4), em Natal, aos 99 anos. Nasceu dia 1º de
março de 1920, em Macaíba. Bira já enfrentava problemas de saúde há certo tempo, embora retornasse
revigorado para o convivo ao lado da mulher Lourdinha e dos amigos. Não tenho
certeza se ele ainda residia no Edifício Rio-Mar, aquele enfrente ao antigo prédio
do Diário de Natal, na ladeira da Rádio Poti. A última vez que obtive notícia
de sua saúde foi através da jornalista Thais Marques, que sempre esteve perto dele.
Foi antes dessa cirurgia que ele submeteu no mês passado e veio a falecer hoje.
Bira atuou
na chamada grande imprensa e foi um defensor das lutas em defesa da categoria
nas redações. Na criação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio
Grande do Norte (Sindjorn), há 40 anos (1979), ele foi o quarto a ser registrado.
Também esteve à frente na fundação da Cooperativa dos Jornalistas de Natal
(Coorjornat). Nos Anos de 1960 foi preso pelo regime militar como subversivo,
para depois escrever o livro “E Lá Fora se Falava em Liberdade”.
Outra luta que empunhou foi em defesa da boa música, resultando na publicação
do livro sobre a criação do Clambom, o Clube dos
Amantes da Boa Música, no início dos Anos 1990, em Natal. Nessa época fui convidado
a participar e, posteriormente, eleito com a diretoria do clube para a
assessoria de imprensa do Clambom.
Seu último livro, “A Saga de Joaquina – do Ateísmo ao Cristianismo”, que relata a trajetória de
uma prostituta que sai de uma cidade do interior do RN nas mãos de um capitão europeu
para chegar à cidade espanhola de Barcelona.
Que Deus o
receba na infinitude do tempo e descanse em paz!
O sepultamento
será nesta sexta-feira (5), às 14hs, no Cemitério de Emaús. O velório está
sendo no Morada da Paz da rua São José, em Lagoa Seca.
Foto reproduzida/divulgação
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