O estoque de
soro antirrábico, para tratamento de ferimentos provocados por mordida ou
lambedura de animais infectados pelo vírus da raiva, está zerado no Rio Grande
do Norte. Para realizar o tratamento em pessoas que foram contaminadas com o
vírus, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vem administrando
imunoglobulina, mas alerta que o estoque também está crítico.
A
subcoordenadora de Vigilância Ambiental da Sesap, Aline Rocha, relatou que o
Ministério da Saúde, responsável por comprar e distribuir os produtos para os
estados brasileiros, já sinalizou o envio de novas ampolas para o Rio Grande do
Norte, mas não informou a data que a nova remessa será encaminhada. “Esse é um
problema que vem se arrastando por alguns meses e a previsão para que os
estoques sejam regularizados é apenas em janeiro de 2020”, ressaltou Aline,
destacando que essa é uma situação vivenciada em todo o país.
O
desabastecimento se deve a falta de adequações necessárias, por parte de dois
dos três laboratórios produtores, para cumprir as normas exigidas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Atualmente,
em casos de acidentes com animais como morcegos, raposas, saguis ou cães e
gatos não vacinados, a população potiguar deve procurar o Hospital Giselda
Trigueiro, em Natal, ou os hospitais regionais de Caicó, Mossoró e Pau dos
Ferros. A medida foi tomada para controlar o uso dos insumos e realizar um
monitoramento mais amplo das ocorrências.
ESTOQUE DE
SORO ANTIVENENO TAMBÉM É CRÍTICO
O nível
crítico do estoque do soro antiveneno, utilizado para tratamento em caso de
picadas de animais peçonhentos, é outro problema enfrentado em todo o Brasil.
“Recebemos no início da semana uma quantidade pequena de soro antiveneno para
serem utilizados com serpentes, mas se em breve não chegar mais o estoque que
temos não será suficiente”, disse Aline Rocha.
De acordo
com a subcoordenadora, nessa época do ano o número de acidentes com animais
peçonhentos, em especial cobras, é ampliado e por isso os cuidados devem ser
redobrados. Até o final de junho, 292 casos apenas com serpentes foram
contabilizados no Rio Grande do Norte.
Para
esclarecer dúvidas e orientar a população e os profissionais de saúde quanto
aos casos de acidentes por animais peçonhentos e que transmitem a raiva, a
Sesap disponibiliza um serviço de plantão 24h. O Centro de Assistência
Toxicológica do RN (CEATOX) funciona por meio dos números telefônicos: 0800 281
7005 / 3232-4295 / 98803-4140 (whatsapp).
PREVENÇÃO DE
ACIDENTES COM PEÇONHETOS
- Evite
acúmulo de lixo ou entulhos que possam atrair ratos (um dos principais
alimentos das serpentes) ou outros pequenos animais;
- Não
coloque as mãos desprotegidas em buracos e cupinzeiros, folhas secas, monte de
lixo, lenha, palhas etc.;
- Use luvas
de couro ao manejar locais onde as serpentes possam estar presentes, tais como
matas, tocas, troncos e lenhas árvores;
- Use
sapatos fechados de cano alto ao andar e caminhar na mata ou entre folhas
secas.
PREVENÇÃO
PARA ACIDENTES
- Não toque
em morcegos ou outros animais silvestres, principalmente quando estiverem
caídos no chão ou encontrados em situações não habituais;
- Caso
encontre um morcego caído coloque algo cobrindo-o e informe à Secretaria
Municipal de Saúde para que seja feito recolhimento do animal;
- Cães ou
gatos que forem encontrados com morcegos devem ficar em isolamento por 180 dias
e devem receber duas ou três doses de vacina antirrábica dependendo do estado
imunológico do animal.
- Evite se
aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocá-los quando estiverem se
alimentando;
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP)
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