A tecnologia
avança em todas as frentes da sociedade e uma das áreas mais impactadas por
esse progresso é a Medicina, especialmente a Oftalmologia. Essas inovações são
tema de estudo no 25º Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia que reúne, além
de médicos, especialistas das mais diversas áreas que trabalham em prol do
aperfeiçoamento médico através dos avanços tecnológicos.
O assunto
abordado na manhã desta sexta-feira (29) reforça a ideia da
interdisciplinaridade e o papel dela para a inovação na área. “É uma tendência
mundial que está cada vez mais forte no Brasil, saímos da separação das áreas
para ter pessoas em times onde um complementa o outro, escuta o outro e
desenvolve soluções no caminho interdisciplinar para realmente trazer soluções
que vão impactar na vida da pessoa de verdade”, destaca o alagoano Aydano
Machado, doutor em Ciência da Computação.
Uma das
inovações interdisciplinares que prometem revolucionar a Medicina do futuro é a
bioimpressão, estratégia da medicina regenerativa e da engenharia tecidual para
potencializar a reconstrução e substituição de tecidos funcionais. “No futuro
vamos poder trocar alguns órgãos, tecidos que estejam danificados, ou por
doenças ou por acidentes, através dessa tecnologia em potencial. A bioimpressão
utiliza a impressão 3D, que hoje conhecemos como uma forma mais simplificada de
impressões de protótipos ou de outros tipos de geometria 3D e, na verdade,
utilizamos essa tecnologia para imprimir células, moléculas vivas e outros
tipos de materiais biocompatíveis”, explica Janaína Dernowserk, pós-doutora e
bióloga geneticista.
Apesar de
ainda depender de muitos avanços para começar a imprimir órgãos completos,
algumas camadas da córnea já são impressas em países como o Canadá e a
Inglaterra. No Brasil, a pesquisa desenvolvida pela bióloga Janaína Dernowsek
tem planos ambiciosos: atualmente ela trabalha no desenvolvimento de camadas da
córnea e na bioimpressão de rim.
A
especialista estima que dentro de décadas a clínica médica vai fazer uso dessa
novidade, mas, enquanto não há a impressão de órgãos complexos e funcionais, a
bioimprenssão é usada para microtecidos, que auxiliam em estudos e até em teste
de cosméticos, o que pode minimizar o uso de animais para esse fim.
RN se
destaca com inovações
Além de ser
sede do Congresso, o Rio Grande do Norte teve amplo destaque no quesito
inovação em oftalmologia. Nelson Galvão, oftalmologista e um dos presidentes do
evento, cita como destaque local a participação do professor Edgar Morya,
coordenador de pesquisas no Instituto Santos Dumont, (ISD), localizado em
Macaíba e do oftalmologista potiguar Irochima Pinheiro. Ambos explanaram sobre
as inovações tecnológicas realizadas no RN aplicadas à saúde.
O Congresso
finaliza neste sábado (30) com discussões sobre novas técnicas cirúrgicas,
tipos de tratamento e novos medicamentos contra o glaucoma, além da exposição
de casos clínicos e cirúrgicos de retina. Haverá ainda um curso passo a passo
sobre a cirurgia de catarata, e a discussão sobre as lentes de última geração
para a doença ocular, chamadas lios premium.
A
administração clínica também tem espaço na programação do último dia com uma
reunião para assuntos administrativos entres os profissionais, que debaterão,
entre outros temas, as tendências no marketing médico. [por assessoria de imprensa]
Foto relacionada à divulgação
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