Por Keillha Israely
Assistente social – Casa Durval Paiva
CRESS/RN 3592
O assistente
social é um profissional liberal que está inserido na divisão social e técnica
do trabalho, que tem como objeto de atuação as diversas expressões da questão
social. Esta, expressa desigualdades econômicas, políticas e culturais das
classes sociais, mediatizadas por disparidades nas relações de gênero,
características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa amplos
segmentos da sociedade civil no acesso aos bens da civilização, que assume a
cada dia novas expressões.
No nosso cotidiano
profissional lidamos com as mais diversas expressões da questão social, a
saber: situações de preconceito, exploração, violência, opressão, negação de
direitos, dentre outras. Representando assim, nosso objeto de intervenção, bem
como, desafios diários no fazer profissional.
É válido salientarmos que cada lugar de atuação nas mais diversas áreas
tem suas especificidades.
Na Casa
Durval Paiva nosso público alvo são crianças e adolescentes com câncer e
doenças hematológicas. Porém, no nosso cotidiano chegam diversas demandas, as
quais representam desafios diários, bem como, possibilidades de garantia de
direitos. Quando as famílias chegam para o primeiro atendimento, apreendemos
algumas situações que ao longo do acompanhamento familiar tornam-se mais
expressivas. A realidade das famílias que acompanham os pacientes oncológicos e
hematológicos não é fácil, pois, além da busca pelo tratamento e a cura da
doença, as famílias enfrentam situação de conflitos, negação de direitos,
dificuldades financeiras, dentre outras, e diante de tais situações nossa
principal função é a busca pela garantia desses direitos, para isso, realizamos
encaminhamentos e articulação com outras políticas e serviços.
Nos casos
onde apreendemos conflitos familiares, com fragilização dos vínculos, acionamos
o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS para que possam acolher e
realizar acompanhamento familiar, visando o fortalecimento de vínculos
familiares, na busca pela superação da situação de risco. Nas situações de negação
de direitos, como acesso aos medicamentos, benefícios sociais, gratuidade no
transporte público, realizamos encaminhamentos para a Defensoria Pública, para
a judicialização da situação a fim de saná-la. No que tange a algumas
particularidades do tratamento, exames de alta complexidade, tai como:
ressonância, tomografia, cintilografia, etc, são encaminhados para a Secretaria
Estadual de Saúde – SESAP. Enquanto que os exames de baixa complexidade: raio
X, ultrassonografia, ecocardiograma, são encaminhados para as secretarias
municipais de saúde.
O trabalho
de articulação com a rede de serviços é de extrema importância, para uma
atenção integrada ao paciente e sua família, e essa é repleta de limites e
possibilidades. Pois, a partir do momento que garantimos um direito estamos
executando nosso fazer profissional, no âmbito das possibilidades. Porém,
quando nos deparamos com os entraves advindos do contexto social, econômico e
político, que fogem à nossa vontade, encaramos os limites profissionais, que
são diversos. No entanto, são essas situações que nos encorajam e incentivam a
continuar lutando.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
Foto relacionada à divulgação
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