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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A triste notícia do último Diário de Natal

Foto: reprodução última capa do DN
Uma notícia nunca boa de dizer, do fechamento de um jornal, de uma escola, de um hospital, seja o que for, fechar as portas é um ato desolador, um retrocesso, uma queda, um desserviço quando se trata de um estabelecimento de promoção ao crescimento de uma comunidade, região, sobretudo garantia de cidadania como preceitos fundamentais de convivência mútua.

Notícia triste que foi anunciada nesta terça-feira, 02 de outubro de 2012, com o fechamento da versão impressa do Diário deNatal, poucos dias após o jornal completar 73 anos de vida. Foram pelas mãos de quatro jornalistas: Djalma Maranhão, Valdemar Araújo, Aderbal de França e Romualdo Carvalho, que no dia 18 de setembro de 1939, chegava às ruas a primeira edição do então Diário, naquele instante com a exclusividade de noticiar fatos da Segunda Grande Guerra que se iniciara na Europa.  

Tristeza para este blogueiro e jornalista, que lamenta e solidariza-se com os companheiros de redação e demais setores do jornal, neste momento de angústia pela perda do emprego. Que a providência do Alto seja redentora na esperança de todos e aqui na terra os direitos da justiça preservados aos afetados pela conseqüência do fato.

Presenciei no inicio dessas mudanças, há pouco mais de três anos, desses dissabores também como jornalista do jornal, mas garanto que nos anos anteriores e durante a década foram momentos de aprendizado e experiência profissional que, certamente, me gratificam como parte dessa história. Lembro que tive o prazer de conversar com ‘seu’ Valdemar Araújo nas suas últimas aparições na redação na data de aniversário do jornal por ele criado.     

Quem sabe, um dia qualquer, o velho Diário volte a ser impresso como marca que sempre foi da história do jornalismo potiguar. De como ouvir de seu Valdemar sua felicidade e satisfação em dizer da notícia da primeira edição do Diário de Natal. E vivas aqueles soldados do jornalismo na luta por um ideário de combate à escravidão da não informação.  
     
- Confira aqui, digite pág. 74, trecho da história do surgimento do Diário de Natal, como parte da monografia apresentada por Karla Marthinna Viana Correia na conclusão de seu curso de jornalismo na UFRN.

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