No ano em que Baixa-Verde tremeu e o RN já não era uma terra firme

Imagem da cidade 25 anos atrás (foto acervo da TN)

A Baixa-Verde tremeu e o RN já não era uma terra firme. Os abalos sísmicos sentidos no estado se prolongaram ao longo das últimas duas décadas e meia, com epicentro maior na cidade de João Câmara, que antes de ter o nome do seu morador ilustre era Baixa-Verde, região do Mato Grande, a menos de 80 km da capital potiguar. Neste 30 de novembro, a data está sendo lembrada e repercutida na imprensa local e redes sociais, pelo fato de ter sido o maior abalo sentido, com mais de 5 pontos na escala Richter. Corria o ano de 1986 e a partir de então os abalos nunca mais pararam e muita gente saiu da cidade. Um colega desde blogueiro fez o inverso, aproveitou a ocasião para comprar uma granja no local, denominado-a de “Treme-Treme”, onde até hoje está em pé.      

Susto na madrugada

Imagem condomínio Vila Romana (foto arquivo blog)

A seguir repasso este meu depoimento por ocasião dessa data. “Dois anos morando em uma casa em frente ao Condomínio Vila Romana, no Tirol, onde minha mãe reside até hoje, em plena noite, na verdade era madrugada, fui surpreendido com o barulho de moradores do prédio que desciam, apressadamente - homens de pijama, algumas mulheres ainda vestidas de roupa íntima -, e se agrupavam no meio da rua, assustados, para comentar o abalo que acabara de ocorrer. Nesse instante, peguei o telefone, não havia ainda o celular, e liguei para uma rádio, repassando o drama dos moradores daquele condomínio que ainda estava em construção de outros blocos de apartamento. Transmissão instantânea e ao vivo, que rendeu uma boa audiência, segundo me contou mais tarde o locutor do horário, Carlos Sérgio, que trabalhava comigo na TVU. A emissora era a Rádio Tropical de Natal”.

Aliás, a Tribuna do Norte está com uma matéria contando os 25 anos do tremor em João Câmara e sugere na página online que os internautas contem sua história. Confira aqui outra reportagem da TN sobre os abalos de João Câmara: “Marcas resistem ao tempo”.

©2011 www.AssessoRN.com | Jornalista Bosco Araújo  [Selecione o texto para ler]