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domingo, 14 de dezembro de 2025

CULTURA DÁ LUCRO

 Por Fernando Luiz*

Ao longo do tempo, inúmeras pesquisas têm mostrado que a cultura é uma grande incentivadora de vendas, não só de mercadorias e produtos, mas também de serviços. E para cada tipo de atividade cultural também existe um segmento de público consumidor. Existe um público que gosta de Música, um público que gosta de Teatro, um público que gosta de Cinema, um público que gosta de Artes Plásticas e por aí vai... E há quem goste de tudo, ou quase tudo. Portanto, todas as faixas de público têm simpatia por qualquer forma de Arte, de acordo com seu nível intelectual. Como todos os segmentos da área cultural compreendem vários estilos, chega-se à conclusão de que existe sempre um público disposto a consumir determinado tipo de produto. O grande problema é que a grande maioria da população não tem acesso a uma sólida educação e por isso não tem sensibilidade para absorver ou admirar uma Arte mais requintada.

Por outro lado, dentre os que tiveram acesso a uma boa educação, uma parcela mínima enxerga apenas o valor erudito e requintado da Arte. Hoje, com a evolução da tecnologia e o avanço das conquistas sociais, o processo de criação artística cresceu bastante e há uma aceitação maior e mais ampla de novos produtos culturais. As pessoas já podem compreender que os direitos humanos incluem o acesso a bens culturais. Todos têm direito não só de produzir, mas também de usufruir dos bens culturais existentes no meio em que vivem, de acordo com seus valores, costumes e nível intelectual.

Existem, em nosso país, milhões de pessoas inteligentes e criativas que dificilmente terão seu talento reconhecido, pois não tiveram acesso a Educação, o que os impediu de alçar voos maiores e mostrar seu potencial para muitas pessoas, pois a falta de bagagem educacional dificultou o aperfeiçoamento das suas aptidões. Essas pessoas foram, assim, desestimuladas a desenvolver um processo contínuo de criação e muitas delas foram excluídas do mercado de trabalho. E é por causa dessa espécie de círculo vicioso que cada vez mais as oportunidades de trabalho ficam nas mãos de uns poucos privilegiados.

É necessário que os governantes procurem promover ações para mudar essa situação. Os bens culturais não podem ser produzidos por uma minoria esclarecida e privilegiada; todos devem ter direito à liberdade criativa, independente da classe social a que pertençam. A cultura pode ser um meio de proporcionar uma atividade rentável. É necessário que o poder público crie incessantemente mecanismos através dos quais a indústria e o comércio possam contribuir para o aquecimento do mercado de trabalho no segmento artístico. E esse quadro só vai mudar para melhor quando a maioria das pessoas compreender que cultura esclarece, informa e dá lucro.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.


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