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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Curta Metragem "Mãe Santíssima" traz reflexões sobre preconceitos, resistências e tradição cultural

 O curta terá uma exibição especial no dia 10 de outubro (sexta-feira), no Quilombo Boa Vista dos Negros, local do set de filmagem, no município de Parelhas, no Seridó potiguar

No sertão, onde a poeira nunca se assenta, três destinos se cruzam sob o peso de uma profecia. Entre fé e violência, amor e honra, vida e morte, Mãe Santíssima mergulha nas contradições humanas e mostra como o passado pode assombrar o presente e moldar o futuro. O curta, inspirado no conto de Theo G. Alves, terá uma exibição especial em 10 de outubro, no Quilombo Boa Vista dos Negros, em Parelhas/RN, local onde foi gravado.

Entre a fé cega, as perseguições e os silêncios, a narrativa leva o espectador a refletir sobre a força destrutiva dos preconceitos, a resistência e o poder de redenção presente na tradição cultural.

Mãe Santíssima chega ao público como uma obra que une força narrativa, estética singular e um processo de criação coletivo. Concebido sob a filosofia do cinema processo — também chamado de cinema orgânico —, o filme valoriza o acaso, a colaboração e a participação ativa da comunidade local. O diretor geral Buca Dantas, cocriador do Cinema Processo, é reconhecido por essa abordagem inclusiva, que rompe com a rigidez do roteiro e integra moradores da região, não atores, tanto na atuação quanto na equipe técnica.

Mesmo com essa organicidade, a produção alia rigor técnico e qualidade cinematográfica. A estética é marcada por escolhas ousadas: fotografia em preto e branco, trilha sonora construída a partir de sons ambientes e a quase completa ausência de diálogos. Embora tenha partido de um roteiro dialogado, a narrativa se transformou em uma experiência predominantemente imagética, em que a força da imagem assume protagonismo.

Essas particularidades tornam Mãe Santíssima uma obra singular no cenário audiovisual brasileiro: poética, experimental e profundamente enraizada no território que lhe deu vida. O filme reafirma a marca autoral de Buca Dantas — densidade, poesia e identidade brasileira — e apresenta uma proposta estética inovadora, onde profecia, paixão e redenção se entrelaçam sob o olhar de um cinema feito em sua essência.

"Mãe Santíssima fala de um Brasil profundo, de pessoas em que vivem, sofrem e amam aquelas experiências. É ambientado na caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e valoriza o conhecimento ancestral. Os conflitos das personagens fala deles e também de quem vai apreciar o filme, pois que são locais e universais", destaca Buca Dantas.

O projeto audiovisual “Mãe Santíssima” conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo, Prefeitura do Natal, Ministério da Cultura e Governo Federal

Siga : @curtamaesantissima

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=_pgSNbdkyrw

FICHA TÉCNICA

Direção Geral: Buca Dantas

Roteiro: Rosália FigueiredoConto Mãe Santíssima de Theo G. Alves

Direção de Fotografia: Carito Cavalcanti

Direção de Arte: Makarios Maia e Mathieu Duvignaud

Som Direto, Desenho de Som: Fernando Suassuna

Produção Executiva: Luiza de Sá

Produção: Iara Carvalho, Jac Azevedo, Maria das Graças (Preta), Suély Souza

Cenografia: Dedé Carnaúba

Preparação de Elenco: Makarios Maia

Elenco

Maria das Graças (Preta) - Mãe

Maria Eduarda - Aparecida criança

Maria Fernanda - Aparecida adulta

Adryan Gabriel - Osvaldo criança

Ranieri Fernandes - Osvaldo adulto

Heslley Fernandes - Maurício

Maria Francisca - Rezadeira

Joaquim Francisco - aprendiz da rezadeira

Figurantes: Martins Gomes, José Fernandes, Mylton Otaviano, Jefferson Fernandes, João Batista (Dodoca)

Figurino: Jacquesiane Azevedo

Maquiagem e Cabelo: Franceíres Cristina

Edição: Fernando Suassuna

Finalização: Levi Ferreira

Identidade Visual: Oito Quatro Design

Acessibilidade: Modo Acessível

Assessoria Jurídica: Daltro | Marinho | Siqueira

Assessoria de Imprensa: Sollar Comunicação

Redes Sociais: Byanca Vanderlei

Distribuição: Casa da Praia Filmes

Sobre o Quilombo Boa Vista

A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário é uma tradição que atravessa gerações, com 160 anos de história viva. Ligada às raízes do povo negro e à resistência das comunidades, ela representa a fé, a cultura e a identidade de um povo que nunca deixou de acreditar.

A comunidade da Boa Vista, que faz parte com muito orgulho da Irmandade do Rosário de Jardim do Seridó, celebra essa festa com dedicação há 21 anos. Desde então, a Boa Vista se tornou um verdadeiro símbolo de amor à tradição, mantendo viva uma cultura passada de pais para filhos com respeito e devoção.

O povo da Boa Vista é conhecido pela sua união, simplicidade e força comunitária. Cada detalhe da festa é organizado com esforço coletivo — desde os preparativos até as celebrações religiosas e culturais.

Todos participam: jovens, idosos, crianças e famílias inteiras. É esse espírito de união que faz a festa acontecer todos os anos com ainda mais beleza.

Sobre Buca Dantas

Buca Dantas é cineasta.  Em tv  foi produtor, roteirista e diretor do "Brasil Total" (Tv Globo); e consultor de "A Cor da Cultura" e "Revelando os Brasis" (Canal Futura). É roteirista e diretor de "Fabião das Queimadas" (DocTV/MinC). Criador do Cinema Processo, com o curta "Viva o cinema brasileiro!" e da série "Micro Doc". Diretor e roteirista do curta "Deus Castiga" e dos docs "Santos Mártires", "Terra do Mel" e "O som do silêncio", a estrear.

Trailer do filme:



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