Confira, abaixo, dicas para uma alimentação saudável e com opções acessíveis
No
Brasil, a obesidade atinge 25,9% da população — 41,2 milhões de adultos, de
acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O número é um alerta para a
saúde pública e um desafio para o país, uma vez que os casos estão ligados a
questões complexas, como a desigualdade social e aspectos culturais. Um exemplo
desse cenário é o fato de que mulheres pretas, pobres e com baixa escolaridade
são as mais afetadas.
Dados
do Relatório Público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional
também revelaram os impactos da obesidade entre crianças e adolescentes. Entre
o público acompanhado na Atenção Primária à Saúde (APS) naquele ano, 15,8% dos
menores de 5 anos apresentavam excesso de peso e 7,6% tinham casos de
obesidade. Do mesmo modo, 33,9% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de
peso e 33,9% apresentavam obesidade segundo o Índice de Massa Corporal (IMC)
para idade. Quanto aos adolescentes, 32,7% apresentavam excesso de peso e 13%
tinham obesidade.
Para
o Ministério da Saúde, culpabilizar o indivíduo com obesidade atribuindo a
condição simplesmente a escolhas alimentares não saudáveis e à falta de
atividades físicas é uma análise simplista e que fomenta a discriminação.
Principalmente considerando que são os ambientes sociais os facilitadores de
escolhas alimentares não saudáveis e de comportamentos sedentários.
A
avaliação de obesidade pode ser obtida, por exemplo, pelo índice de massa
corporal, o famoso IMC, calculado com base na divisão do peso (em quilos),
divido pela altura (em metros) elevada ao quadrado. Os resultados da equação
acima de 25 indicam sobrepeso, enquanto valores acima de 30 entram na
classificação de obesidade. Quanto maior o resultado, também aumenta o risco do
paciente desenvolver doenças desencadeadas pelo excesso de gordura no
organismo, desde diabetes a questões cardiovasculares. Por isso, o Sistema
Único de Saúde (SUS) atua em diversas frentes para prestar suporte aos
pacientes que lidam com a doença.
Tratamento e prevenção
Na
rede pública de saúde existe a Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, que garante aos pacientes o
acompanhamento multiprofissional, com avaliação clínica individualizada e,
inclusive, a intervenção cirúrgica. No entanto, essa intervenção é apenas parte
do tratamento integral, que é prioritariamente baseado na promoção da saúde e
no cuidado clínico de longo prazo, com a reeducação alimentar e a prática de
atividades físicas.
O
Ministério da Saúde também atua com diretrizes quanto à prevenção e tratamento
da obesidade. Entre elas está o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos nãoTransmissíveis no Brasil 2021-2030, que pretende reduzir a obesidade entre
crianças e adolescentes e deter o crescimento da obesidade em adultos.
Outra
estratégia é a edição de publicações de referência para família e profissionais
de saúde, como o Guia Alimentar para a População Brasileira, o Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos e o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Os materiais orientam sobre a prevenção do sobrepeso e da
obesidade no âmbito do SUS. Também iniciativa do Ministério da Saúde é a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), implementada por todos os estados e o
Distrito Federal.
Dicas para uma alimentação saudável com opções acessíveis
Consumir
alimentos abundantes na época de safra e de locais com baixo custo é a melhor
forma de estabelecer uma alimentação saudável.
Café da manhã
Tente
conciliar o café ou café com leite com uma fruta típica da sua região e
preparações à base de cereais, como cuscuz, bolo de milho, pão integral, ovos e
tubérculos (tapioca, pão de queijo, batata doce). A fruta também pode ser
alternada com um suco natural, de preferência sem açúcar.
Almoço
Aposte
na mistura típica brasileira do arroz com feijão. O feijão pode ser substituído
pela lentilha, ervilha ou grão de bico. Quando associada a legumes e verduras,
raízes e tubérculos, carnes ou ovos, o resultado é uma refeição ideal. A
farinha de mandioca e preparações a base de milho, como angu e polenta, são
excelentes acompanhamentos. Verduras e legumes também devem ser usados
livremente.
Jantar
Assim
como no almoço, a combinação de feijão com arroz é encontrada na grande maioria
das refeições do jantar. Legumes e verduras aparecem em todas as refeições, por
vezes crus, na forma de saladas, cozidos ou refogados, e, ainda, utilizados no
preparo de sopas.
Capacitação profissional
O
Ministério da Saúde também oferta oportunidades educacionais gratuitas, que
abordam importantes aspectos para os profissionais que atuam na área
nutricional.
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Reconhecendo o sobrepeso e a obesidade no contexto da Atenção Primária à Saúde
Inscrições
abertas até 30 de junho. O objetivo do curso é capacitar o profissional de
saúde para reconhecer a problemática de sobrepeso e obesidade como uma questão
multifatorial relevante, a ser abordada na Atenção Primária à Saúde, além de
torná-lo capaz de identificar os principais instrumentos de avaliação,
diagnóstico e monitoramento alimentar e nutricional.
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Cuidado da Criança e Adolescente com Sobrepeso e Obesidade na Atenção Primáriaà Saúde
Inscrições
abertas até 30 de junho. Busca capacitar os profissionais para o cuidado da
criança e do adolescente com sobrepeso e obesidade na Atenção Primária à Saúde.
A habilitação também aborda o enfrentamento e os desafios do Sistema Único de
Saúde (SUS) na temática.
Texto
e foto reproduzidos da Ascom/MS
©2023 www.AssessoRN.com | Jornalista João Bosco Araújo - Twitter @AssessoRN | Instagram: www.instagram.com/assessorn/
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