IMD no RN sedia empresa criadora de sistema que auxilia tratamento de crianças neuroatípicas
Recurso
que, ao longo dos anos, já se tornou indispensável para a promoção de saúde e
bem-estar, o conhecimento em Tecnologia da Informação (TI) tem sido o promotor
de uma série de ações voltadas para o tratamento de pessoas, sobretudo
crianças, diagnosticadas com TEA.
O
nome do software é derivado de ABA (Applied Behavior Analysis), ou, em
português, Análise do Comportamento Aplicada, processo terapêutico baseado no
reforço de comportamentos positivos e funcionais que auxilia a busca da
independência do paciente.
Assim,
a proposta da WayABA reúne todos os dados relativos a esse tratamento e gera
relatórios e gráficos em tempo real para terapeutas e analistas, permitindo,
também, a visualização dos resultados pelos familiares dos pacientes. Essa
funcionalidade, inclusive, foi bem recebida pela enfermeira Patrícia Karla da
Costa, mãe de crianças gêmeas que há três anos fazem terapia ABA.
Segundo
Costa, a plataforma ajuda a entender melhor o tratamento e o que está sendo
realizado com seus filhos, incluindo os familiares nas intervenções. “Me faz
sentir parte da equipe e não apenas uma coadjuvante”, comenta a mãe.
Em
todo o mundo, o número de pessoas diagnosticadas com autismo, segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), é de 70 milhões. Para a plataforma potiguar,
essa realidade contribui para o seu alcance a nível nacional, o que já
possibilitou o impacto na vida de mais de 1,2 mil pessoas – dentre analistas,
auxiliares terapeutas, crianças e familiares.
Surgimento
O
desenvolvedor Assis Barbosa conta que a ideia de criar a WayABA em 2018 surgiu
da rotina de intervenções ABA pelas quais passava seu filho, diagnosticado com
autismo aos dois anos.
“Quando
vi a auxiliar terapeuta realizando os treinos com meu filho, percebi que ela
anotava tudo em papel e eram muitas folhas. E só depois cadastrava essas
informações manualmente em planilhas. Como sou da área de tecnologia, vi aquilo
com uma certa estranheza”, lembra Barbosa.
A
partir dessa observação, o desenvolvedor conversou com a psicóloga e analista
de comportamento responsável pelo tratamento de seu filho, Adelma Prata, e
juntos decidiram criar o sistema WayABA.
“Apresentei
a ela a possibilidade da gente desenvolver uma solução digital para resolver
esse problema dos papéis, e, além disso, gerar relatórios e estatísticas das
intervenções automaticamente. Ela adorou a ideia e foi aí que iniciamos o
projeto”, conta o desenvolvedor.
A
proposta resultou na criação da startup WayABA, a qual hoje é vinculada à
incubadora de empresas Inova Metrópole, sediada no IMD. Atualmente, a empresa
atende 50 clientes – dentre clínicas e analistas de comportamento autônomos que
aplicam ABA –, oriundos de diferentes regiões do Brasil como São Paulo, Rio
Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás.
Sucesso
Parte
do sucesso da plataforma potiguar está relacionada à capacidade da WayABA de
gerenciar digitalmente mecanismos como protocolos de avaliação e currículos de
atividades terapêuticas, a partir dos quais são exibidos os gráficos que, de
forma bem clara, mostram os marcos de desenvolvimento da criança com TEA e as
áreas em que ela ainda precisa se desenvolver.
“A
grande vantagem é que ao executar esses treinos e ao coletar esses dados, tudo
isso já está instantaneamente disponível para o analista de comportamento de
forma visual e por meio de análises estatísticas, que auxiliam o processo de
intervenção e servem para embasar decisões”, destaca Assis Barbosa.
Para
Emília Priscilla Nascimento, psicóloga que atua como analista de comportamento,
a adoção do uso da WayABA na clínica em que atua otimizou os seus atendimentos
especialmente no aspecto do tempo de trabalho.
“Antes,
tudo era no papel e só depois transportávamos as informações para os gráficos,
o que gerava atraso na entrega dos resultados”, conta Nascimento.
- Na foto, membros da
WayABA: Francisco Adailton, Assis Barbosa e Jhenifer Paolla.
Assessoria
de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN
☎
(84) 99229-6564
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