Texto enviado pelo Executivo à ALRN não correspondia com o combinado com as associações representativas e suprimiu direitos aos militares estaduais
A
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou durante sessão plenária
desta quinta-feira (16) o Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado. A
matéria estabelece regras previdenciárias especiais para os policiais e
bombeiros militares. O projeto enviado pelo Executivo foi aprovado. Contudo,
das 12 emendas apresentadas que significavam direitos aos militares, somente
uma foi aprovada pela Casa - e diz respeito aos oficiais médicos.
A
subtenente Márcia Carvalho, presidente da ASSPMBMRN, esclarece que apesar de o
Projeto de Lei ter sido amplamente discutido com as associações de Oficiais e
Praças representativas dos militares, o texto enviado pelo Governo do Estado à
Assembleia Legislativa foi modificado. Isto em relação ao acordado em reuniões
que teve o apoio incondicional dos próprios Oficiais na época que fizeram parte
dessa mesma comissão de elaboração do projeto no âmbito interno da Corporação.
“Estamos com sentimento de traição do Governo porque o texto que fizemos,
conjuntamente com os oficiais, foi alterado. Quando soubemos, já estava tudo
arquitetado para ser aprovado dessa outra forma”, realça Márcia.
A
regulamentação era bastante aguardada pelos militares, especialmente pelas
pensionistas (viúvas de policiais) que estavam sendo prejudicadas pelo atual
sistema (IPERN). Porém, conforme a subtenente, o que era aguardado acabou sendo
um retrocesso em razão da supressão de inúmeros direitos como o abono
permanência, a isenção da contribuição para os militares reformados por doenças
incapacitantes, a reforma com proventos do posto ou graduação subsequente,
auxilio doença, entre outros.
“Repudiamos
veemente esse tipo de atitude do Governo contra nós, policiais militares, que
estamos na batalha diária. Fomos a única categoria que não parou de trabalhar
durante a pandemia. Pelo contrário, colaboramos ativamente, muitas vezes nos
arriscando para fazer cumprir as determinações do Governo, mas o que ganhamos é
isso, traição mesmo, esse é o sentimento, considerando ainda que esse governo
se diz ‘do trabalhador’”, lamenta a subtenente.
Emendas
não aprovadas
Ainda
houve a busca de correção das distorções no texto do Sistema de Proteção Social
através de emendas parlamentares. Contudo, com 13 votos contra 9, o texto
original do Governo foi aprovado na íntegra e as emendas não foram aprovadas.
Votaram
contra as emendas que representavam direitos aos militares: Dr Bernardo (MDB),
Eudiane Macedo (Republicanos), Francisco do PT (PT), George Soares (PL),
Hermano Morais (PSB), Isolda Dantas (PT), Jacó Jácome (PSD), Kleber Rodrigues
(PL), Raimundo Fernandes (PSDB), Souza Neto (PSB), Ubaldo Fernandes (PL), Vivaldo
Costa (PSD).
Por Assessoria de
Imprensa
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