A
seca que se abate sobre a parte não litorânea do Rio Grande do Norte é a maior
dos últimos 100 anos. Essa situação deixa o produtor rural completamente
descapitalizado e impotente, assistindo a falência do seu negócio e vendo seu
rebando ser dizimado pela fome e a falta de água.
Foi
o que disse o produtor e ex-deputado estadual Carlos Alberto Marinho (Cacau),
uma entrevista em que conclamou a governadora Fátima Bezerra, a Assembleia
Legislativa, a bancada federal e os prefeitos a saírem da atitude de inércia
que adotam diante de realidade tão difícil.
-
É preciso que despertem antes que seja tarde demais. Hoje, eu não sei se
seremos capazes de preservar a metade do nosso rebanho – advertiu.
PRIORIDADE
–
Carlos Marinho acrescenta que o quadro mais agrave atinge regiões num raio de
150 quilômetros no entorno de Natal – como Agreste, Potengi, Trairi e Mato
Grande.
-
Os últimos dois anos foram perdidos. Não bastasse a pandemia, minando a nossa
capacidade de produção agrícola, veio a maior seca dos últimos 100 anos, que
está dizimando o rebanho – pela falta dágua e de volumoso (comida).
E
prosseguiu: “Tivemos apenas chuvas localizadas em parte da região Oeste. Num
raio de 150 quilômetros de Natal, com exceção da faixa litorânea, não teve
chuva, não tem água e não tem alimentação para o gado”.
Resultado:
“No tocante à produção de leite, hoje, nós só temos hoje leite na região de
Jucurutu ou em algum ponto isolado, onde exista perímetro irrigado”.
PROVIDÊNCIAS
– O ex-parlamentar chama a atenção para o
poder político do Estado, representando, principalmente, pela governadora,
Assembléia Legislativa, bancada federal e prefeitos municipais, com respaldo
dos vereadores, para que nessa hora de crise, o produtor rural não se sinta só.
-
Todos estão endividados e pendurados nos bancos, especialmente Banco do
Nordeste e Bando do Brasil, sem a menor condições de pagar suas contas.
E
continuou: “O produtor rural está descapitalizado, não pode manter seu rebanho,
e tão pouco, pagar a bancos – como o Banco do Nordeste e Banco do Brasil.
Teriam que ser roladas as dívidas vencidas, uma carência de mais 3 anos, e as
que se vencem este ano, terão que ser perdoadas dentro do seguro safra, ou
prorrogadas por mais 10 anos, de modo que dê um fôlego, para que, se chover no
próximo ano e as coisas se normalizarem, a atividade rural do semiárido volte a
funcionar.
Na
opinião de Carlos Marinho, sem a mobilização do poder político em defesa do
produtor rural, as consequências serão catastróficas. [por assessoria de imprensa]
2021 www.AssessoRN.com | Jornalista João Bosco Araújo - Twitter @AssessoRN | Instagram: www.instagram.com/assessorn/
0 comentários:
Postar um comentário