O Governo do
Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap),
orienta a população quanto aos cuidados que devem ser adotados ao serem
encontrados resíduos de óleo em algumas praias do litoral potiguar.
A Sesap
ressalta a importância de a população evitar contato direto com a água e o solo
nas regiões atingidas pelo óleo, sobretudo os grupos que possuem maior
vulnerabilidade, como crianças e gestantes. Quando houver contato com o óleo,
mesmo que não haja o surgimento de sintomas, a população deve buscar atendimento
médico na unidade de saúde mais próxima.
De acordo
com o Ministério da Saúde, os efeitos à saúde decorrentes da exposição aos
derivados de petróleo podem se dar de diversas formas, como dor de cabeça,
náusea e irritações na pele, em caso de contato com o material, e dor
abdominal, diarreia ou vômito, em caso de ingestão.
Para os
profissionais que receberão a população que foi exposta a substância, a
secretaria de Saúde orienta a necessidade de notificação dos casos suspeitos
e/ou confirmados de intoxicação exógena na ficha do Sistema Nacional de Agravos
de Notificação (Sinan) e, em caso de surto alimentar, realizar o contato com o
Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs).
A pasta
também reforça que o Centro de Assistência Toxicológica do RN (Ceatox) está à
disposição da população para tirar dúvidas em casos de exposição ou
aparecimento de sintomas por meio dos telefones 0800 281 7005 (das 7h às 18h) e
pelos Whatsapps 24h (84) 98125-1247 ou (84) 98803-4140.
Trabalhadores
da pesca e voluntários
Os
voluntários na Operação “Se chegar a gente limpa” e os trabalhadores da pesca
também devem estar atentos aos cuidados necessários para se protegerem contra
os efeitos que podem ser provocados pelo contato direto com a substância. É
imprescindível a utilização de botas ou calçados impermeáveis, luvas PVC,
óculos de proteção, chapéu ou boné, roupa com proteção UVA/UVB e máscaras
descartáveis para vapores orgânicos.
A atenção
também deve estar voltada para a hidratação (ingestão de água) durante os
trabalhos e de não fumar próximo ao local das manchas de óleo.
Ingestão de
pescados
Outra
recomendação é avaliar os pescados oriundos das áreas atingidas. É necessário
observar se possuem manchas, furos ou cortes nas superfícies. O ideal é que as
brânquias (guelras) do peixe estejam com a cor rosada ou vermelha intensa,
brilhantes e sem viscosidade. Caso haja dúvidas sobre a qualidade do pescado
ele não deve ser consumido.
Ações do
Governo
Desde as
primeiras ocorrências no início de setembro, o Governo do Estado vem adotando
medidas para colaborar nas ações mitigatórias, com o auxílio direto aos
municípios atingidos, na instrução técnica de como coletar, manusear e
armazenar o óleo.
Foi
instalado o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), sob a coordenação da Defesa
Civil Estadual, para tratar das manchas encontradas e, como parte do Plano de
Resposta e Mitigação de Desastre, o Governo recebe, até esta quarta-feira (23),
o cadastro de voluntários que desejem atuar na operação "Se Chegar a Gente
Limpa". A iniciativa visa montar mutirões para atuação na limpeza das
praias potiguares atingidas por manchas de óleo.
Para atender
o Ministério Público Federal, foi feito, ainda em setembro, através do Idema,
ações educativas em todos os 10 municípios afetados. As ações orientaram sobre
os riscos e efeitos do contato dos resíduos betuminosos encontrados no litoral
do RN. Durante a atividade, foram realizadas reuniões com gestores,
secretários, associações, operadores turísticos, colônia de pescadores, comunidade
local, além de donos de pousadas e restaurantes.
- Confira aqui a nota informativa com as orientações gerais.
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