Profissional da área de tecnologia orienta:
a escolha de uma combinação de caracteres para as senhas pode fazer a diferença
na segurança dos dados
A divulgação
da troca de mensagens entre o atual Ministro da Justiça, Sergio Moro, e
procuradores da Operação Lava-Jato é um dos assuntos de maior destaque nas
últimas semanas. O fato traz à tona - além da investigação de corrupção -, o
quão seguro é uma navegação na internet e o uso de aplicativos. Uma pesquisa
realizada pela Avast revelou que 65% dos brasileiros se preocupam com crimes de
espionagem digital por meio de webcams ou de notebooks. Nos Estados Unidos,
esse percentual é de 61%. Além disso, há
ainda outros riscos, como clonagem de cartão de crédito, que alertam sobre a
segurança das senhas.
É fato que,
com o avanço das tecnologias, a população tem sua rotina diária totalmente
ligada a aparelhos eletrônicos, como PC’s e smartphones. Neste contexto, uma
das primeiras ações para se proteger de possíveis invasores é a garantia de uma
senha mais segura, ou seja, de difícil dedução, relaciona o professor Emmanoel
Monteiro, coordenador dos cursos de Tecnologia da Estácio de Natal, unidade
Alexandrino. Em tempos de riscos cada vez mais altos de ataques cibernéticos,
contar com uma combinação forte pode evitar muitas dores de cabeça.
Letras,
números, símbolos: são muitas as opções para compor uma senha, seja para acesso
a perfis em redes sociais ou contas bancárias. Mas como saber se a combinação
escolhida é suficientemente segura? Uma primeira dica do professor é que há uma
recomendação técnica para a produção de senhas, com normas definidas pela NBR
ABNT (Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas)
que podem servir como norte na hora da definição de uma senha considerada
segura.
“São
constantes as dúvidas sobre como gerar senhas seguras, que obedeçam à
complexidade requerida pelos atuais sistemas da internet e sem que seja preciso
anotar em algum local para não esquecer. Parece difícil, mas com uma técnica
simples podemos resolver”, explica Emmanoel. Os direcionamentos são definidos
pela NBR ISO 27002, que trata da conduta para Gestão da Segurança da
Informação.
De acordo
com o especialista, você pode utilizar preferências, eventos ou objetos
relacionados à sua vida pessoal – como comidas ou títulos de livros –, e
alterar alguns dos caracteres, mantendo o sentido das palavras. Por exemplo, se
na combinação “Romeu & Julieta” retirarmos os espaços em branco e
substituirmos as vogais por número ou caracteres especiais, desta forma teremos
“R0m3u&Jul1et@”.
“Uma palavra
que não está em nenhum dicionário, fácil de lembrar e que está em formato de
senha. Faça isso com qualquer palavra ou frase que deseja utilizar como senha.
Quanto maior a palavra ou frase, mais segura será sua senha”, aconselha
Monteiro.
Alguns
validadores de senha hoje no mercado exigem que se coloquem ao menos oito
caracteres, uma letra maiúscula, uma letra minúscula, um número e um caractere
especial. Isso não é uma recomendação da norma ISO, destaca o professor, mas ajuda
a fortalecer ainda mais a segurança da senha.
Mais dicas:
1 Fácil de
lembrar. Tem que ser uma informação que você não precise recorrer a anotações.
Ela deve estar sempre em mente para ser utilizada.
2 Não
baseada em nada que alguém facilmente possa adivinhar ou obter utilizando
informações relativas à pessoa. Por exemplo: nomes de pessoas, números de
telefones e datas de nascimento.
3 Não
vulneráveis a “ataques de dicionário”, ou seja, a senha não deve consistir em
palavras convencionais, presentes no dicionário, que podem ser facilmente
rastreadas.
4 Isentas de
caracteres idênticos consecutivos, todos os números e todos os alfabéticos
sucessivos. Por exemplo, 123 ou abc, não devem ser utilizados.
Uma última
orientação é nunca utilizar as mesmas senhas para assuntos pessoais e
profissionais. “Sei que isto nem sempre é uma questão fácil e prática para
todos, mas para ter uma melhor segurança, temos que realizar um mínimo de
esforço”, frisa. Uma dica, nestes casos de múltiplas senhas, é a utilização de
sistemas de gerenciamento como LastPass e o PasswordBox, entre outros
aplicativos disponíveis no mercado, que ofereçam a segurança necessária para
arquivar as senhas. [por assessoria de
imprensa]
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