O Núcleo
Estadual de Arranjos Produtivos Locais (NEAPL) realizou, nesta sexta-feira
(05), a segunda reunião ordinária após sua reativação, em maio deste ano. O
encontro aconteceu no gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento
Econômico, na presença do titular da pasta Jaime Calado e representantes de
entidades que compõem os grupos de trabalho dos 6 Arranjos Produtivos Locais
(APL’s) do RN.
O gerente de
desenvolvimento territorial do BNB, Agnelo Peixoto, deu continuidade à
apresentação do Programa de Desenvolvimento Territorial (PRODETER), iniciada na
primeira reunião do Núcleo. O Programa promove um financiamento integrado de
projetos para fortalecer as cadeias produtivas, articular políticas públicas e
estimular a inovação.
O PRODETER
iniciou suas atividades com um projeto piloto em 2016, no Seridó e Alto Oeste,
e teve continuidade em 2017 na região do Trairí, Sertão de Apodi, Agreste e
Litoral Sul, trabalhando a bovinocultura de leite. Em 2019, o projeto entra em
fase de expansão e chega a mais 6 territórios: na região de Mato Grande (2
territórios), o Programa vai trabalhar a fruticultura (caju, côco e banana); na
região do Potengi, vai trabalhar a bovinocultura de leite; na região
Açu-Mossoró (2 territórios), também trabalhará a fruticultura; e no Sertão
Central e Cabugi e Litoral Norte, o trabalho será no campo da
ovinocaprinocultura.
Dando
continuidade ao tema, José Augusto (BNB) apresentou a situação do território
Alto Oeste, que passa por ajustes na bovinocultura para produção de de leite
através da intervenção do Programa. O técnico explicou a metodologia do
trabalho, que começa com oficinas de capacitação para os produtores,
caracterização do território e pesquisa de campo, antes da execução das
soluções propostas, monitoramento e avaliação das ações.
Na região,
os principais gargalos identificados pelos comitês municipais que executam as
ações, formada pelos próprios produtores, foram a baixa produtividade, a
escassez de recursos hídricos, a falta de cooperação entre os produtores e
dificuldades na comercialização. A meta, segundo José Augusto, é aumentar a
produtividade em 30% dentro dos próximos 4 anos, através de iniciativas como a
desburocratização de crédito e a capacitação para o melhoramento genético dos
rebanhos. O território do Alto Oeste contempla 220 produtores em 16 municípios.
A Rota do
Cordeiro também foi destaque da reunião, apresentada pelo coordenador Carlos
Henrique Souza. As Rotas da Integração Nacional são criadas a partir da
identificação de atividades de grande potencial por parte do Ministério da
Integração. O objetivo é promover a estruturação produtiva e a integração
econômica de regiões menos desenvolvidas do país aos mercados nacional e
internacional.
Através da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a bovinocultura e
caprinocultura do RN foram reconhecidas pelo seu grande potencial, dando início
a Rota do Cordeiro Potiguar. O projeto identificou 3.407 propriedades
criadoras, em 19 municípios da região do Alto Oeste. Entre os desafios do setor
produtivo da região estão a falta de padronização do produto e o abate
irregular. Segundo o coordenador, superar essas dificuldades é importante para
atestar a qualidade da carne, leite e derivados, que podem vir a ser fornecidos
para frigoríficos, bares, restaurantes, supermercados, entre outros. O
secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado disse que o Governo está
garantindo as condições para o crescimento do setor. “Nós estamos hoje com 12
novos abatedouros e zeramos o ICMS dos criadores por determinação da
governadora”, explicou o secretário.
O projeto
Rota do Cordeiro espera alcançar resultados positivos, garantindo o bem-estar
dos animais e zelando pela sustentabilidade ambiental. Uma das principais metas
é promover o melhoramento genético dos rebanhos. “Nós constatamos que, em
algumas propriedades, chega a 30% a porcentagem do rebanho que não é mais
produtiva”, avaliou o coordenador Carlos Henrique. Para ele, a consciência
sobre o descarte de rebanho improdutivo é importante para promover a seleção
genética dos animais e melhorar a qualidade da produção.
A reunião
contou ainda com a presença de representantes da UFRN, FIERN/IEL, SEDRAF,
INCRA, Caixa Econômica e AGN.
Assessoria Imprensa SEDEC
Foto relacionada à divulgação
0 comentários:
Postar um comentário