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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Reunião discute projetos para a bovinocultura e ovinocaprinocultura no RN


O Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (NEAPL) realizou, nesta sexta-feira (05), a segunda reunião ordinária após sua reativação, em maio deste ano. O encontro aconteceu no gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, na presença do titular da pasta Jaime Calado e representantes de entidades que compõem os grupos de trabalho dos 6 Arranjos Produtivos Locais (APL’s) do RN.

O gerente de desenvolvimento territorial do BNB, Agnelo Peixoto, deu continuidade à apresentação do Programa de Desenvolvimento Territorial (PRODETER), iniciada na primeira reunião do Núcleo. O Programa promove um financiamento integrado de projetos para fortalecer as cadeias produtivas, articular políticas públicas e estimular a inovação.

O PRODETER iniciou suas atividades com um projeto piloto em 2016, no Seridó e Alto Oeste, e teve continuidade em 2017 na região do Trairí, Sertão de Apodi, Agreste e Litoral Sul, trabalhando a bovinocultura de leite. Em 2019, o projeto entra em fase de expansão e chega a mais 6 territórios: na região de Mato Grande (2 territórios), o Programa vai trabalhar a fruticultura (caju, côco e banana); na região do Potengi, vai trabalhar a bovinocultura de leite; na região Açu-Mossoró (2 territórios), também trabalhará a fruticultura; e no Sertão Central e Cabugi e Litoral Norte, o trabalho será no campo da ovinocaprinocultura.

Dando continuidade ao tema, José Augusto (BNB) apresentou a situação do território Alto Oeste, que passa por ajustes na bovinocultura para produção de de leite através da intervenção do Programa. O técnico explicou a metodologia do trabalho, que começa com oficinas de capacitação para os produtores, caracterização do território e pesquisa de campo, antes da execução das soluções propostas, monitoramento e avaliação das ações.

Na região, os principais gargalos identificados pelos comitês municipais que executam as ações, formada pelos próprios produtores, foram a baixa produtividade, a escassez de recursos hídricos, a falta de cooperação entre os produtores e dificuldades na comercialização. A meta, segundo José Augusto, é aumentar a produtividade em 30% dentro dos próximos 4 anos, através de iniciativas como a desburocratização de crédito e a capacitação para o melhoramento genético dos rebanhos. O território do Alto Oeste contempla 220 produtores em 16 municípios.

A Rota do Cordeiro também foi destaque da reunião, apresentada pelo coordenador Carlos Henrique Souza. As Rotas da Integração Nacional são criadas a partir da identificação de atividades de grande potencial por parte do Ministério da Integração. O objetivo é promover a estruturação produtiva e a integração econômica de regiões menos desenvolvidas do país aos mercados nacional e internacional.

Através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a bovinocultura e caprinocultura do RN foram reconhecidas pelo seu grande potencial, dando início a Rota do Cordeiro Potiguar. O projeto identificou 3.407 propriedades criadoras, em 19 municípios da região do Alto Oeste. Entre os desafios do setor produtivo da região estão a falta de padronização do produto e o abate irregular. Segundo o coordenador, superar essas dificuldades é importante para atestar a qualidade da carne, leite e derivados, que podem vir a ser fornecidos para frigoríficos, bares, restaurantes, supermercados, entre outros. O secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado disse que o Governo está garantindo as condições para o crescimento do setor. “Nós estamos hoje com 12 novos abatedouros e zeramos o ICMS dos criadores por determinação da governadora”, explicou o secretário.

O projeto Rota do Cordeiro espera alcançar resultados positivos, garantindo o bem-estar dos animais e zelando pela sustentabilidade ambiental. Uma das principais metas é promover o melhoramento genético dos rebanhos. “Nós constatamos que, em algumas propriedades, chega a 30% a porcentagem do rebanho que não é mais produtiva”, avaliou o coordenador Carlos Henrique. Para ele, a consciência sobre o descarte de rebanho improdutivo é importante para promover a seleção genética dos animais e melhorar a qualidade da produção.

A reunião contou ainda com a presença de representantes da UFRN, FIERN/IEL, SEDRAF, INCRA, Caixa Econômica e AGN.
Assessoria Imprensa SEDEC
Foto relacionada à divulgação
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