Aluna do
Projeto Talento Metrópole desde o período em que cursava o Ensino Fundamental,
Beatriz Cunha Freire, 18 anos, foi aprovada no início deste ano em um processo
seletivo para ingresso em Stanford e no Barnard College, universidades
reconhecidas entre as melhores instituições de ensino superior dos Estados
Unidos.
Com uma
trajetória surpreendente, que inclui medalhas em olimpíadas brasileiras de
computação, robótica e programação, Beatriz conta que sempre demonstrou
interesse pela área e desde cedo procurou participar de seleções e competições,
o que acabou a levando a ingressar no Talento Metrópole, iniciativa do IMD que
visa oferecer formação específica para jovens com altas
habilidades/superdotação.
Ao concluir
o Ensino Médio em 2018, a jovem não perdeu tempo e aplicou sua nota do Enem
para instituições brasileiras, além cadastrar interesse em universidades
estrangeiras. O resultado de tudo isso veio no início deste ano, quando recebeu
a aprovação na Universidade de Stanford, bem como no Barnard College, faculdade
privada norte-americana filiada à Universidade de Columbia, e no curso de
Ciência da Computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Com todas as
opções, a jovem optou por ingressar em Stanford, pois, segundo ela, a abordagem
interdisciplinar da Instituição, assim como a oportunidade de sair com mais de
um diploma (os chamados double majors) foi um ponto decisivo em sua escolha.
“As
faculdades americanas prometem mais oportunidades de aplicação do conhecimento,
incentivando iniciação científica, estágios e aulas práticas desde o primeiro
ano. Além disso, Stanford é classificada como uma das melhores do mundo na área
tecnológica, campo que eu sonho em seguir. A oportunidade de estudar em um
lugar como esse é incrível!”, empolga-se.
Seleção
Beatriz
conta que o processo de seleção para vaga em Stanford aconteceu em janeiro
deste ano, mas, devido a quantidade de informações solicitadas, teve de começar
a organizar-se meses antes.
“Enviei
minhas notas em um teste geral de matemática e inglês (ACT), um teste de
proficiência em inglês (TOEFL) e minhas notas de Física e Matemática, o SAT
Subjects. As notas solicitadas podem variar com as universidades e com as
habilidades do aluno. Enviei também meu boletim, “honors” (prêmios) que ganhei
e atividades extracurriculares das quais participei. Por fim, meus professores
de inglês e de programação e o coordenador da minha escola mandaram cartas de
recomendação”, relata.
Beatriz
viaja para os Estados Unidos em setembro, quando irá participar de uma semana
de orientações para alunos estrangeiros e em seguida iniciar as aulas. Ao
ingressar na Universidade, não há uma opção de curso definida, o que é
estabelecido somente no segundo ano da graduação, porém Beatriz já decidiu que
deseja cursar Computação.
Além das
universidades nas quais obteve aprovação, Beatriz Cunha está na lista de espera
de mais três instituições prestigiadas nos EUA, que são Harvard, Duke, Swarthmore
College e Wellesley College.
Talento
Ingressando
em 2015 no programa Talento Metrópole, Beatriz atuava em pesquisas no âmbito da
Realidade Virtual, recebendo a tutoria do professor do IMD Alyson Souza. A
pesquisa na qual colaborou, em específico, tem por objetivo utilizar a
realidade virtual para auxiliar no tratamento de fobia social.
O tratamento
da fobia social é feito por meio de exposição gradual do indivíduo afetado ao
objeto que causa ansiedade. Para isso, utilizou-se a realidade virtual com o
objetivo de colocar o paciente em um “enfrentamento virtual” seguro, dado o
controle do paciente sobre a interrupção do momento. A pesquisa rendeu o
segundo lugar no Simpósio de Realidade Virtual e Aumentada, evento anual
realizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC).
Ela ressalta
que sua atuação no Talento foi fundamental para preparação e colocação nas
seleções das quais participou. “O Talento ajudou muito. As universidades
americanas levam em conta atividades extracurriculares. Para as universidades,
isso mostra que desde cedo me envolvi com projetos na minha área de interesse”,
afirma.
Enquanto
suas aulas em Stanford não iniciam, Beatriz está cursando Ciência da Computação
na Unicamp e, apesar da distância, ela afirma que “adoraria” manter vínculo com
o Talento, e continuar realizando pesquisas na área de realidade virtual.
“Stanford
tem um laboratório que investiga essa tecnologia (realidade virtual). Eu
adoraria fazer pesquisa por lá, especialmente explorando as aplicações para
educação de RV. Estando próxima do Vale do Silício, também vou procurar
oportunidades nas grandes empresas de tecnologia, também na parte de RV. A
longo prazo, gostaria de trazer para o Brasil o que eu aprender sobre inovação
fora”, conta ela. [Assessoria de
Comunicação do Instituto Metrópole Digital]
Foto: Acervo Fundação CSN
0 comentários:
Postar um comentário