Por muito
tempo, a possibilidade de receber uma picada do inseto conhecido como barbeiro
e adquirir a Doença de Chagas preocupava a população brasileira. Durante as
aulas de ciências, aprendíamos todo o ciclo da doença: o inseto barbeiro
infectado picava a pele de uma pessoa e depositava suas fezes na região; ao
coçar o local, as fezes contaminadas caiam na corrente sanguínea; e, assim, era
transmitida a doença de chagas.
Mas essa
realidade mudou. Ações realizadas no controle de vetores ajudaram o Brasil a
receber, em 2006, a certificação internacional da interrupção da transmissão
vetorial da doença pela principal espécie do inseto, o Triatoma infestans.
Atualmente,
a doença é transmitida principalmente pelo contato do ser humano com o ciclo
silvestre do inseto, como picadas que acontecem nas zonas de mata e a
transmissão oral pela ingestão de alimentos contaminados, explica o
coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Renato
Vieira Alves.
“A forma
tradicional de transmissão, com o barbeiro colonizando e infestando
residências, foi controlada no Brasil. Atualmente, os casos novos registrados
acontecem principalmente na região norte do país. Mesmo nesses casos, a
transmissão não costuma acontecer nos domicílios, mas na mata. Nessa nova
realidade, a transmissão da doença de chagas acontece principalmente pela
alimentação, quando em algum momento da produção do alimento existe a
contaminação do alimento pelo conteúdo do estômago do inseto”, esclarece Alves.
Entre 2008 a
2017, a maioria dos estados brasileiros registraram casos confirmados de doença
de chagas. Entretanto, a maior distribuição, cerca de 95%, concentra-se na
região Norte. Destes, o estado do Pará é responsável por 83% dos casos. Consumo
de alimentos é a principal forma de transmissão > Saiba mais desta matéria, aqui no Blog da Saúde.
Imagem relacionada à divulgação
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