É
difícil ouvir que a gente não se importa com o outro, ou que a gente só olha
pro próprio umbigo, não é? Mas você já parou para fazer algo por alguém hoje?
Ou está tão absorvido em conseguir um aumento, quem sabe um emprego em que
tenha mais destaque, estabilidade, conforto. Mas tudo pra você. Não pro outro.
Afinal, de vez em quando a gente dá um dinheiro no semáforo, ou até manda
roupas pra algum lugar carente e acha que já cumpriu o dever de bom cidadão.
Mas
você sabe, não é assim. Faz pouco tempo que uma amiga me mostrou o que
significa se doar por inteiro por alguém. Tive o privilégio de estar com ela no
momento do parto que veio carregado de emoções de uma gravidez solitária, foi
solitária, cheia de contratempos que podiam ter enfraquecido qualquer pessoa.
Mas não a ela.
O
que mais me chamou a atenção é que nas horas de maior dor, quando as contrações
estavam tão fortes que ela não conseguia nem mesmo respirar, ela falava: “Vem
filho. A mamãe te ama muito. Ela está te esperando”. Naquele momento parece que
a força voltou . E foi naquela hora que os olhos da minha amiga brilharam de
novo. E com uma força que ainda não tinha aparecido, ela foi até o final. Em
poucos minutos, o bebê nasceu. Foi um momento lindo. De amor, de êxtase, de
vitória!
Todo
o esforço não foi por ela, mas por alguém que viria logo, logo. Nesse dia não
só a histórias deles dois mudou. A minha também. Percebi que por mais forte que
sejamos, sempre precisamos de apoio. Sempre precisaremos de alguém que acredita
na gente, que está ali até mesmo para ser duro. Seja essa pessoa conhecida, ou
não.
Minha
amiga acreditou em mim e me escolheu pra esse momento e, provavelmente, nem tem
ideia de que foi ela quem me ajudou. E não o contrário. Por isso, olhe pro
lado, olhe pro outro, lembre que somos 2, 3, 10, 1000...quase oito bilhões no
planeta e podemos transformar vidas e não apenas tentar viver uma só. Se doar
por alguém, faz de nós verdadeiros seres humanos.
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*Publicado em saúde crônica/minsaúde
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