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domingo, 5 de agosto de 2018

“Eu tenho um sonho: uma campanha limpa”, revela jornalista em sua página

Eu tenho um sonho: uma campanha limpa

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti - jornalista*

Como qualquer eleitor que reconhece a importância e a grandeza de um voto - como ato de cidadania - tenho meus candidatos, mas considero como legítimas e dignas todas as outras aspirações.

Se fosse candidato - que Deus me livre - também pensaria da mesma forma.

Que Deus me livre? Por que?
Porque, aos 74 anos, não me sinto mais com idade de procurar sarna pra me coçar.

Qualquer cargo público, sob a minha visão, mais do que prestígio e poder, coloca nos ombros de quem o ocupa responsabilidades muito pesadas.
Tanto do ponto de visto concreto, como do ponto de vista abstrato.

Veja-se um cargo executivo, por exemplo: a segurança destroçada, com as forças policiais absolutamente marginalizadas, sem condições materiais e, muitas vezes até psicológicas, de enfrentar a bandidagem. A saúde, meu Deus do céu: é duro saber que existem pessoas morrendo à mingua por falta de atendimento. E vai por aí à fora.

Mesmo sabendo que tais problemas não foram criados por mim, não conseguiria dormir sabendo que encontrar solução pra todos eles estava sob a minha responsabilidade.

Por isso, não escondo a minha admiração por aqueles que se dispõem a ir buscá-los (quando candidatos) e que, especialmente por isso, têm o dever e a obrigação de enfrentá-los (eleitos e no exercício dos cargos que pediram ao povo).

Do ponto de visto abstrato (mas que não deixa de ser absolutamente concreto), pela desconfiança generalizada que hoje afeta a classe política, embora reconheça que, ela própria, criou as motivações dessa desconfiança, ao aceitar e ao estimular privilégios aos quais 99% da população não têm acesso.

Mas, convenhamos, apesar desses privilégios, há, também, um grande contingente de políticos dedicados, com verdadeiro espírito público, e que assumem o difícil encargo de defender a sua terra e os interesses de quem os elegeu e, por isso, vivem expostos à execração pública.

Minha expectativa é de que os candidatos estejam conscientes dos desafios que essa condição (de candidatos) impõe a cada um: a de serem servidores públicos, convictos de que o bom salário que estão buscando precisa ser merecido - pela experiência, pela capacidade de enfrentar e resolver problemas, pela ação transparente, eficiente e bem intencionada.

Desejo a todos uma campanha de alto nível, respeitosa entre si e, principalmente, com relação à população que se ressente de decepções.


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