Cinquenta e
dois profissionais de saúde de 100 municípios brasileiros estão em Natal
participando da Capacitação Introdutória para Apoiadores de Pesquisa e
Intervenção do Projeto de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção. O
curso foi aberto nesta segunda-feira (19/02) e segue até sexta (23), promovido
pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica
em Saúde (LAIS), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que
selecionou os apoiadores para trabalhar na implementação do projeto nos estados
e respectivas capitais e municípios prioritários, onde atuarão em procedimentos
pertinentes à pesquisa e a intervenções relacionadas ao agravo.
Reduzir a
doença e fortalecer a vigilância epidemiológica da sífilis adquirida, em
gestantes e sífilis congênita no Brasil, tem como um dos principais objetivos
do projeto, além da finalidade de constituir uma resposta integrada e
colaborativa contra a sífilis; articular os setores sociais e comunidades, para
fortalecer a resposta rápida à sífilis.
O Projeto
Interfederativo Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção também tem como
motivação, Incrementar e ampliar as ações da “Agenda de Ações Estratégicas para
a Redução da Sífilis Congênita no Brasil”, lançada em 2016; Responder ao
aumento da prevalência de sífilis em populações-chave; Fortalecer a articulação
e integração das ações de vigilância e atenção em saúde nas redes de atenção; e
Responder aos compromissos internacionais do Brasil para eliminação da sífilis
congênita.
De acordo
com o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS),
Ricardo Valentim, os 52 apoiadores foram selecionados por meio de edital
publicado com mais de 1,6 mil inscrições, que irão atuar fazendo pesquisa e
intervenção na ponta, nos municípios que estão na lista de pesquisa com maior
incidência da doença. Ainda segundo o coordenador, além dessa capacitação
ocorrerão outros seminários por região, para complementar a qualificação dos
profissionais apoiadores.
Abrindo os
trabalhos da capacitação, a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e
Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV/MS), Adele
Benzaken, destacou o procedimento de educomunicação continuada de capacitar não
apenas os apoiadores e profissionais de saúde, como também a realização de
campanhas nacionais. “Além disso, há um outro elemento que é gestão e
governança nos municípios onde estarão os apoiadores, estabelecendo uma linha
de cuidados”, exemplifica. Ainda nesta perspectiva, ela ressalta a realização
de pesquisas e lembra que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte tem
papel importante nessa área.
Entre os
participantes do primeiro dia do curso, a diretora do Departamento de Ações e
Projetos Estratégicos (DAPES) do Ministério da Saúde, Thereza De Lamare, e a
servidora da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Thaisa Lima, que nessa
fase do projeto foi relotada para a UFRN, em Natal. Ela ressalta a importância
da integração do projeto no Ministério da Saúde, nessa parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e observa que dentro do Ministério
o maior desafio é que todas as secretarias estejam integradas ao projeto e
destaca a inovação do Apoio Institucional, fundamental para o êxito da
proposta. “É também uma experiência nova da Secretaria Executiva, dessa
reestruturação de parceria”, observa, referindo-se a nova ação dos Núcleos
Estaduais do Ministério da Saúde (NEMS) de Apoio Institucional e Articulação
Federativa.
Para a chefe
Substituta da Divisão de Gestão do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde
(NEMS/RN), Olympia Karolina Garcia de Paiva, dentro desta nova missão dos
Núcleos de participação integrativa, de aproximação do Ministério, de construção
coletiva envolvendo os três entefederativos, “é uma satisfação ter este projeto
conosco, porque estamos próximo à Universidade Federal do RN e podemos oferecer
um acolhimento mais efetivo dos apoiadores”, pontua, citando os outros
parceiros envolvidos no projeto, como a Secretaria Executiva do MS, na qual os
Núcleos estão incluídos, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS) e OPAS – Organização Pan-Americana da
Saúde.
O psicólogo
Décio de Castro Alves é paulista, de Santos, mas atualmente mora em Brasília e
foi escolhido para apoiador dos municípios do Entorno do Distrito Federal, onde
atuarão dois apoiadores na região. Sua expectativa é a melhor possível, segundo
afirma, nesta capacitação que se inicia, para que esteja apto a desenvolver seu
trabalho. Como experiência, ele diz que atuou na atenção básica em sua cidade,
na gestão de programas de saúde mental e também na área de DST, na época de
ascensão da Aids. Outro selecionado como apoiador e presente no curso vem do
Amazonas. Taís Cruz de Andrade é do município de Tefé e esclarece que vai atuar
na capital, Manaus.
Até a
conclusão do curso serão abordas questões de saúde sexual e reprodutiva,
prevenção combinada e desafios, como ainda respostas para o enfrentamento à
sífilis.
Na abertura
do evento, foram convidados para compor a mesa das autoridades, o pró-reitor de
Extensão e Pesquisa da UFRN, Jorge Falcão; a diretora do Departamento de
Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do
MS, Adele Benzaken; a diretora do Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas da Secretaria de Assistência à Saúde (SAS/MS), Thereza de Lamare;
a chefe substituta da Divisão de Gestão do Núcleo Estadual do Ministério da
Saúde no RN, Olympia Karolina Paiva; a representante da Secretaria Estadual de
Saúde (Sesap-RN), Ivana Queiroz Fernandes; a secretária Adjunta de Ação
Integral à Saúde do município Natal, Genilce Almeida; a representante do
Conselho Nacional de Saúde, Francisca Rêgo; e a vice-presidente do Conselho de
Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RN), Dalva Bezerra da Silva. [Blog da Saúde]
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