Autor:
Sidney Caicó*
Com o
escândalo da lava jato políticos ficam mais cabreiros. Sabem que, em tese,
terão mais dificuldades para manter seus vultosos patrimônios, seus funcionários
fantasmas com altíssimos salários; essas centenas de bilhões bancados pelo
cofre público. _ Vamos pensar um pouco? Sem muito esforço. Fica cada vez mais
difícil político ter ideia para meter a mão no cofre público sem que a
campainha grite. Como então eles vão manter os seus cofres cheios e
reabastecê-los? Preocupados com a repercussão nas urnas, muitos acreditam que
não serão reeleitos. Então como ganhar eleição mesmo com ficha suja?
No Congresso
brasileiro existem alguns dos projetos mais polêmicos dos últimos tempos para
resolver essas questões: pagar contas de políticos na campanha eleitoral
(bilhões) e privatizações do patrimônio público (Amazônia, Pré-sal, outras
reservas), reforma trabalhista e previdenciária. _ Sente a pancada! O espinhaço
está ardendo? O chamado “distritão”, trocando para miúdos, é uma chapa
eleitoral que mistura todo mundo, juntos “num mói”, para serem eleitos de uma
“lapada só”! E por cima da carne-seca ainda ganham por isso. Também por outro
lado, as “privatizações” irão garantir que no mínimo sejam fornecedores de
matérias primas do Brasil para o Brasil, ou seja, o governo pagará por algo que
pertence ao Estado.
Na próxima
fica mais fácil para delação premiada, pois o político é empreiteiro e dono da
refinaria, dono do pré-sal e agora do maior patrimônio natural do mundo, bola
da vez, Amazônia.
Enquanto
isso tudo está rolando, o povo sofre nos hospitais. A criminalidade, reflexo do
Congresso assola nas ruas, uma matança, o caos é instaurado rapidamente. _
Escreva aí: um dos anos mais violentos na história do Brasil é 2017. Em meio ao
caos, um povo sem forças para lutar ou pensar. Falo do caos agora, pois de que
outra forma aprovariam tantos decretos absurdos, a reforma trabalhista
escravagista, um projeto previdenciário para defuntos, fora totalmente de
contexto em meio à corrupção. _ Tudo é pensado. Quando o povo abre os olhos já
secou! Alguém, um pau-mandado, chega e diz: espera mais um pouco que vai
encher! Como se o tempo é de seca? O crime chega primeiro nem pensa em dividir!
Sem muitos comentários.
_ já disse
certa vez: vendam as reservas para os brasileiros. Participação nos lucros das
extrações minerais e demais recursos naturais. Vendam parte das ações para o
povo. Com a venda de ações intrasferíveis, sob tutela do Estado, invistam nos
setores. Por 20 milhões vendem reservas que geram fortunas. O Pré-sal? Nem por
esse ínfimo valor. Estão doando! _ Faça a conta e divida por 207 milhões de
brasileiros, uma barganha. Meu amigo, você pode pagar até na conta de luz esse
valor! Que todo brasileiro ao nascer
tenha sua cota para garantir seu futuro. Assim possa pagar a educação, saúde,
segurança e aposentadorias.
_ Talvez um tanto utópico? Então, sendo assim,
o brasileiro pode responder de outra forma após o resultado da próxima campanha
eleitoral.
Imagem reproduzida da Internet/
arte divulgada pela Polícia Federal
*Sidney Caicó é escritor, autor do livro “O
tesouro de Sant’Ana”.
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