Por Mayckon
Dantas
Analista de TI - Casa Durval Paiva
O termo
cyberbullying vem sendo usado constantemente para descrever atos repetitivos de
violência física, verbal e psicológica em meios virtuais, como sites, blogs,
mensagens de texto, diários virtuais. Casos como os de crianças e adolescentes
hostilizados são mais comuns do que se possa imaginar. Tal comportamento é
fruto de visões preconceituosas, com intuito de ridicularizar ou humilhar as
pessoas consideradas diferentes da maioria.
Nas redes sociais,
o cyberbullying pode começar a ser visto com aqueles alunos com destaque
intelectual maior que os demais, com alguma limitação, ou ainda com sequela de
alguma enfermidade, estes são na maioria das vezes excluídos do contato social
do grupo. Essas desigualdades provocam um desejo de exercer poder sobre aqueles
que são considerados diferentes, dominando-os ou atacando-os normalmente em
público.
O público
acolhido na Casa Durval Paiva é composto por crianças e adolescentes com câncer
e doenças hematológicas crônicas, sendo assim, testemunhamos diversos casos de
cyberbullying pela alopecia, perda de peso, ou ainda pela pele ferida em
decorrência de sucessivos procedimentos. Essas demandas chegam até ao
laboratório de informática através de depoimentos por parte dos pacientes ou
seus acompanhantes. As vítimas demonstram estar submersas diante da situação,
apresentando inúmeras mudanças de comportamento, como: tristeza ao realizar o
uso das internet nos computadores e outros dispositivos, ou mesmo sintomas,
como: dor de cabeça, de estômago ou suor frio, indicando alto nível de
angústia. Outra reação pode ser não querer mais frequentar as aulas no
laboratório de informática ou na escola, situações essas que causam desestímulo
e, consequentemente, queda em seu rendimento.
Buscamos no
trabalho interdisciplinar mediar projetos de conscientização, alertando que as
crianças e adolescentes precisam ser poupados, pois vêm de um processo de
perdas, onde eles convivem com sentimentos de tristeza, angústia e mudança em sua
própria imagem. Apesar de todos esses entraves, estes pacientes encontram-se em
pleno desenvolvimento intelectual e físico, tendo o direto de serem respeitados
como cidadãos plenos.
O indivíduo
que tenha sido vitima de cyberbullying, (qualquer tipo de ameaça verbal, física
ou psicológica) precisa de ajuda e necessita ser protegido. Após a ofensa, o
principal trabalho a ser exercido durante a recuperação é o de resgate da
autoestima. Os adultos devem ouvir as queixas e perceber os sinais das vítimas,
sinais esses que podem ser demonstrados na maioria das vezes pelas emoções. As
vítimas precisam se sentir cuidadas pela família, escola, comunidade e
autoridades. Muito importante também é deixar claro para o aluno paciente, seja
qual for a sua idade, que ele não é culpado pelas perseguições que está
sofrendo e que a situação é momentânea, com um fim benéfico que é a cura do
câncer.
Dentro dessa
circunstância, é necessário construir na sala de aula um universo de respeito,
onde o profissional deve intervir, pontuando ações dos colegas de sala e
gestos. Já a família, nesse momento, deve dar ouvidos às lamentações relatadas,
buscando a resolução dos conflitos e o fortalecimento do vínculo familiar,
fazendo com que a vítima sinta-se amparada e preparada para dar continuidade a
sua rotina diária, segura para enfrentar possíveis conflitos que venham a
existir.
Casa de Apoio à Criança com câncer Durval
Paiva
Assessoria de Comunicação
Foto relacionada à divulgação
Na luta contra o câncer, quanto
mais cedo, melhor!
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