O jornalismo
potiguar está de luto, com a morte de Caboré, mais precisamente Caicó, onde
nasceu Orlando Rangel Rodrigues há 71 anos. Irreverente ao extremo, Caboré
iniciou sua carreira de jornalista ainda muito jovem e foi um dos pioneiros da
Emissora de Educação Rural, inaugurada em Caicó no dia 1º de maio de 1963, anos depois ingressando no curso de Jornalismo já como os primeiros
alunos a prestarem vestibular na UFRN, cuja Faculdade Eloy de Souza fora transferida (encampada) para o
campus da federal, em Natal, segundo retifica o jornalista Cortez que foram colegas do
curso, concluído na Turma de 1979, com apenas três alunos, o outro, Dermi Azevedo.
No jornalismo,
atuou em jornais da capital, como a Tribuna do Norte e Diário de Natal e deixou
sua marca de repórter na então Rádio Cabugi, ao lado de Agnelo Alves e
outros nomes consagrados do jornalismo nos anos 1970/80. Nunca esqueceu sua terra
Caicó, de onde publicou revistas e jornais, com maior ênfase no período da festa
da padroeira Sant’Ana.
Nos anos
seguintes, o jornalista Caboré passou a escrever livros, foram nove publicações,
“a maioria de causos e besteirol puro”, como ele afirmava, embora ressaltasse que
“O Fogo da Pedreira”, lançado em 2001 (foto ao lado), e “A Síndrome da Rua Grande”, em 2010,
transcendem aos demais. Aliás, o texto de apresentação de O Fogo da Pedreira
foi deste blogueiro-jornalista que tive a honra de ser convidado para participar
da publicação cujo prefácio é do escritor e historiador Pery Lamartine (já
falecido).
Na política,
Orlando Rodrigues Caboré foi vereador em Caicó e na carreira era juiz classista
aposentado do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte (TRT-RN),
cargo que não existe mais no país.
Casado com Elisa
Nóbrega, filha de João Perício da Nóbrega – João Baé (da fazenda Umari), teve quatro
filhos: Reno, Fabió, Marielle e Thaise, e sete netos. Seus pais: Júlio
Rodrigues Barbosa e Rosália Rangel.
VELÓRIO
O velório do
jornalista Caboré está sendo no cemitério Morada da Paz, em Emaús, na grande
Natal, e às 16h ocorrerá missa e em seguida o sepultamento. Ele faleceu na
madrugada desta quarta-feira (18), na UTI do Hospital Promater, em Natal, onde
estava internado vítima de hemorragia gástrica que evoluiu para outras
complicações. Caboré era transplantado de rins e fazia hemodiálise há muitos
anos. Há dois dias nas redes sociais fora divulgada sua morte, porém era grave
seu estado de saúde.
Seu filho Fabió é casado com Eva, neta de meu tio Manoel
Salviano de Araújo, do sítio Ourives.
Neste momento,
rogo a Deus que o acolha na plenitude eterna e descanse em paz! Aos familiares,
minha solidariedade e sentimentos de pesar.
Foto 1- reproduzida
no lançamento
do livro O Fogo
da Pedreira
foto 2- nos
barracos em frente ao mercado público de Caicó
no Solar Bela Vista, em Natal, na noite de autógrafos.
Foto 3- Colação de Grau Turma Jornalismo 1979 da UFRN
(do acervo de Luiz Gonzaga Cortez ao lado de Orlando Rodrigues)
Foto 4- Editor Abimael, o autor e este blogueiro, no Solar Bela Vista, em Natal, na noite de autógrafos.
Post
atualizado com fotos
-Clique aqui e saiba sobre seu último livro: “A Síndrome da Rua Grande”.
- O fogo da Pedreira: a saga do
ataque da polícia ao bando de Antônio Silvino em Caicó. Editora Sebo Vermelho,
2001 Natal.
Ao que consta, "João Baé" chamava-se João Perício da Nóbrega , segundo Caboré e Braz me disseram várias vezes. Braz é filho de sr. JOÃO BAÉ, gente boníssima, já falecido.
ResponderExcluirMuito bem lembrado, Cortez, e fiz a correção. Braz é irmão de Elisa, filhos do saudoso João Baé, todos descendentes de Cosme Pereira.
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