Além do excesso de peso, fisioterapeuta
alerta para o tipo de mochila e como usá-la
A partir de
01 de fevereiro começam as aulas na maioria das escolas. São muitos livros e
cadernos, entre outros materiais, que crianças e adolescentes precisam
transportar todos os dias até o final do ano. Por isso, que pais e responsáveis
devem ficar atentos ao peso que será colocado nas mochilas dos filhos. A
professora do curso de Fisioterapia da Estácio Ponta Negra, Kalyne Cavalcanti
dá algumas dicas para evitar os problemas provocados pelo leva e traz da
mochila de casa para a escola.
De acordo
com a fisioterapeuta, o peso, o tipo e o tempo que crianças e adolescentes
ficam com a mochila nas costas podem provocar sérios problemas de postura, por
atingir diretamente a coluna vertebral. Nestes casos, podem ocorrer dores, cansaço,
câimbra, ou até mesmo uma lesão por sobrecarga devido ao uso contínuo da bolsa.
“Um dos acometimentos mais comuns é a hipercifose, conhecido popularmente como
corcunda. A criança tende a curvar os ombros para frente para equilibrar o peso
da mochila e o seu peso corpóreo, acentuando a hipercifose”, destaca Kalyne.
Para evitar
o problema, a professora alerta que na mochila não deve ser carregado mais do
que 10% do peso corporal. Então, por exemplo, uma criança que possui 40 quilos
não deve carregar mais que 4 kg nas costas.
Além do
peso, Kalyne Cavalcanti ressalta que os pais devem ser cuidadosos na escolha da
mochila e na forma de uso. “Quando escolher as mochilas, observe se possuem
alças largas e se são acolchoadas nas alças e nas costas, pois estas distribuem
melhor o peso por atenderem uma área maior dos ombros e minimizam a
sobrecarga”, explica.
Sobre o
posicionamento da mochila, a professora explica que ela deve ficar centralizada
na coluna vertebral com as alças ajustadas simetricamente nos ombros. Desta
forma, há uma distribuição adequada do peso, minimizando a necessidade de
inclinações para compensações, pois estas geram sobrecarga nos músculos, ossos
e articulações, o que potencializa o desenvolvimento de dores e lesões. “O
ajuste das alças deve feito de acordo com o tamanho da criança, reguladas de
forma que a parte inferior da mochila fique na linha da cintura ou um pouco
abaixo, mas nunca abaixo da altura dos glúteos”, afirma.
Kalyne diz
ainda que as mochilas com rodinhas também são aceitáveis, desde que respeitem a
carga de no máximo 10% do peso corporal, “com atenção para frequentemente mudar
o lado do corpo que puxa a mochila”, explica. A fisioterapeuta também recomenda
alguns cuidados ao puxá-las para que não gere lesões. “As crianças não devem
estar inclinadas para trás, nem devem ter que girar o tronco em grande
amplitude para carregar a mochila, que deve ficar próxima ao corpo, quase ao
lado e na altura da cintura para que a criança ande ereta e não posicione a mão
muito para trás”, explica a professora.
Todas essas
dicas são fundamentais para a saúde corporal das crianças, alerta a
fisioterapeuta. “Também podemos destacar que o excesso de peso corporal, a
ausência de atividade física, o mobiliário inadequado às atividades escolares,
são fatores que também podem levar a desvios posturais”, pontua. Para uma
melhor avaliação e orientação o indicado é procurar um fisioterapeuta. [por assessoria de imprensa]
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