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domingo, 3 de abril de 2016

Pesquisador percorre ataques no RN do cangaceiro Lampião e seu bando antes de chegar a Mossoró

A caminho de Mossoró, em junho de 1927, há quase 90 anos, Lampião e seu bando de cangaceiros atacaram outras comunidades de municípios do RN. Em busca de novos conhecimentos, desde 2010 o historiador e pesquisador Rostand Medeiros percorreu algumas vezes esse caminho que os cangaceiros utilizaram para chegar a Mossoró. É uma viagem muito interessante, como diz o autor. Confira abaixo, trechos dessa narrativa.

O ATAQUE DE LAMPIÃO AO SÍTIO PONTA DA SERRA

Autor – Rostand Medeiros [Tok de Hstória]

Foto acervo histórico/divulgação
- Era uma sábado, dia 11 de junho de 1927, pelos sertões da região oeste do Rio Grande do Norte, em meio à mata de caatinga fechada, seguindo por caminhos que praticamente não eram frequentados por automóveis, uma turba de homens armados e montados em seus cavalos levantava poeira. Era Lampião que seguia em direção ao seu objetivo principal – a cidade de Mossoró.

- Antes da chegada de Lampião a Ponta da Serra, baseado no que foi escrito, o último local visitado foi a propriedade Morada Nova, de Antônio Januário de Aquino. Naqueles tempos longínquos, as áreas rurais entre a Morada Nova e a Ponta da Serra pertenciam respectivamente aos municípios de Pau dos Ferros e Martins, muito maiores em suas áreas territoriais do que são na atualidade.

- Aquele era o segundo dia do grupo de cangaceiros em sua jornada avançando em terras potiguares. No dia anterior o grupo armado havia travado um combate em um lugar conhecido como Caiçara, onde fizeram uma guarnição de soldados debandarem, mataram um valente militar que não negou fogo e ainda atingiu mortalmente o cangaceiro Azulão. Depois percorreram várias propriedades rurais roubando, saqueando, depredando, sequestrando pessoas e espalhando uma onde de medo e terror.

- Logo aquele troço de uns 60 e tantos homens montaram em seus corcéis sertanejos e partiram. Seguiram altivos, coroados pelos seus chapéus de couro, transportando vistosamente suas armas, gritando, assoviando, proferindo palavrões, estalando chicotes e deixando no ar a catinga da mistura de perfume barato, suor e cachaça.

  
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