De início, nesta quarta (5), estarão acampados os
profissionais de folga, à paisana e desarmados, mas os militares a serviço se
juntarão ao grupo se o governo não atender às demandas até o dia 15
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Foto: Jeovani Costa/acampamento
2014
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Nesta quarta-feira (05),
os policiais e bombeiros militares estaduais retomam acampamento em frente à
Governadoria, a partir das 8h, como forma de reivindicar o devido enquadramento
dos níveis remuneratórios, a remuneração de acordo com o posto de graduação e a
promoção ex officio – concedida quando o graduado permanece por tempo dobrado
em um mesmo nível por causa da ausência de vagas. Essas três demandas são
previstas em lei, mas ainda não foram colocadas em prática pelo governo, que
alega falta de condições financeiras. De início estarão acampados os
profissionais de folga, à paisana e desarmados, mas os policiais e bombeiros a
serviço cumprirão expediente no local a partir do dia 15 caso a gestão estadual
não tome alguma ação concreta até esse prazo.
O presidente da
Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do Rio
Grande do Norte (ASSPMBM/RN), Eliabe Marques, expõe que o descumprimento da
remuneração de acordo com a graduação é uma afronta grave ao princípio da
hierarquia – um dos pilares fundamentais da instituição militar. Isso porque
existem cabos e 3º sargentos há mais de dois anos recebendo salários de
soldados, e o problema se estende às outras graduações. Já a promoção ex
officio é a solução para os entraves nas carreiras dos militares, mas a sua
ausência faz com que alguns estejam há mais de 10 anos sem ascender
profissionalmente.
Esses dois benefícios
foram conquistados com a Lei de Promoção de Praças, elaborada em comum acordo
com o Poder Executivo, que negociou os pontos do texto para assegurar o
cumprimento de todos eles. “Os profissionais da segurança pública estavam
otimistas e depositaram toda a confiança nessa lei, ainda não cumprida pelo
Estado apesar de termos cedido ao máximo para conseguir a sua aprovação”,
ressalta Eliabe. Diante da insatisfação geral com o não atendimento às
demandas, a categoria iniciou suas mobilizações no dia 30 de julho, quando realizou
carreata até a Governadoria após Assembleia Geral onde os militares deliberaram
pela retomada do acampamento.
“O governo conhece
nossas reivindicações desde o dia 05 de fevereiro deste ano, porém, nada foi
realizado de lá para cá. Durante este período nós enviamos ofícios,
participamos de reuniões, mas nada de concreto foi feito. Por isso retomaremos
a mobilização para conquistar os nossos direitos. Não estamos pedindo nada
demais, apenas que a lei seja cumprida”, finaliza o presidente da ASSPMBM/RN. [por assessoria de imprensa]
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