Arquitetura do Sertão
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Foto acervo familiar |
O sertão é do tamanho do
mundo, dizia Guimarães Rosa. Dizia como ainda dizem os que se enveredam pelos
tortuosos caminhos dos rincões nordestinos em busca de histórias, respostas,
saberes. Não raro, porém, muitos retornam dessas terras ainda mais intrigados
com novas questões. A pesquisadora Nathália Maria Montenegro Diniz mergulhou
diversas vezes nesse território. Ali nasceram a dissertação de mestrado Velhas
fazendas da Ribeira do Seridó (defendida em 2008) e a tese de doutorado Um
sertão entre tantos outros: fazendas de gado nas Ribeiras do Norte (em 2013),
ambas realizadas sob orientação de Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno,
professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
(FAU-USP).
A sociedade, ao cruzar
os inventários post-mortem
encontrados nos arquivos e nas casas, pretende compreender e revelar a vida
cotidiana do sertanejo que se desenrolava a morosos passos no século XIX. Fará
novas viagens para refazer fotografias e rever anotações. Mais uma vez, um
retorno às suas raízes e às terras, tão diferentes das que via nas novelas na
sua infância. “Ainda procuro o que buscava desde o início: quero mostrar o que
eram esses outros sertões. Nós conhecemos a riqueza da arquitetura litorânea, a
arquitetura do açúcar e do café. Falta a arquitetura sertaneja”, conclui. [Fonte: Tok de História por Rostand Medeiros > Leia mais]
- Na foto, casa construída na quarta década do século
XX, por Pedro Salviano, na propriedade rural Umbuzeiro, em Caicó.
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