Um dos problemas mais
preocupantes anualmente registrados pelo setor de Serviço Social do Hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) tem desdobramentos desagradáveis tanto para o
doente, quanto para a unidade. Pessoas que não portam seus documentos pessoais
(como a carteira de identidade ou CPF) e que, por qualquer razão, dão entrada
no Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS) estão sujeitas a serem classificadas
como “Paciente Não Identificado”.
Na maioria dos casos, o
paciente é do sexo masculino, acima dos 25 anos, vítima de acidente de trânsito
ou espancamento e levado ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu).
“Esta é uma situação que
sempre nos traz grandes transtornos”, afirma a chefe do Serviço Social, Sandra
Moura. Ela explica que todos os exames de alta complexidade, por exemplo, tanto
na rede pública quanto na rede privada, só são autorizados se o paciente tiver
fornecido algum documento com foto. “A situação é ainda mais complicada quando
o paciente é morador de rua, pois, depois que recupera seu bom estado de saúde
e recebe alta hospitalar, geralmente, ele não tem para onde ir”.
Para Sandra, o município
de Natal deveria ter alguma unidade que desse suporte para os pacientes
moradores de rua. “Eles ficam ocupando um leito durante dias, quando estes
mesmos leitos poderiam estar sendo ocupados por outras pessoas, com maior
necessidade. Pior, não podemos simplesmente mandar o paciente embora, uma vez
que ele não tem onde morar”, finaliza Sandra.
Assessoria de Comunicação - ASCOM
3232-2618/3232-2630/8137-2493
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