Natal
irá sediar entre os dias 13 e 14 de setembro Seminário de Psicologia e
Psiquiatria Forense voltado para o debate entre as decisões judiciais e a saúde
mental
Foto: Divulgação |
O evento será promovido no Hotel Parque da Costeira,
e está direcionado a psiquiatras, psicólogos e profissionais da área jurídica. Nos
debates, será abordada a análise mental do réu durante as fases processuais,
fazendo uma imersão nos princípios da Psicologia Jurídica e Psiquiatria
Forense.
Durante os dois dias de evento, diversos
profissionais da área ministrarão palestras sobre o tema e os seus
desdobramentos. Os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) Antonio de
Pádua Serafim, Daniel Martins de Barros e Fabiana Saffi, que coordenam o Núcleo
de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (Nufor)
estão entre os convidados.
Criado há mais de dez anos, o Núcleo especializado
da USP concentra os estudos na área de perícia psiquiátrica e psicológica,
presta assistência as vítimas e familiares de violência, realiza perícias nos
vários âmbitos do sistema judiciário e colabora para a otimização das políticas
públicas das Instituições, órgãos federais e estaduais relacionados à questão
da saúde mental e justiça.
Abaixo, um bate-papo com a pesquisadora Fabiana
Saffi:
1º - Como poderíamos distinguir o trabalho de um
PSICÓLOGO / PSIQUIATRA FORENSE de um
trabalho de um PSICÓLOGO / PSIQUIATRA CLÍNICO?
Existe convergências e divergências na atuação do
clínico e do forense. A convergência está no uso de técnicas e conhecimentos
clínicos para entender o caso jurídico estudado. Já as divergências são várias,
como a finalidade, a motivação, as fantasias que permeiam uma situação
pericial.
2º - Quais os instrumentos necessários para uma
avaliação de ambos os profissionais, PSICOLOGO E PSIQUIATRA?
A perícia deveria ser realizada apenas por
especialistas na área (peritos), mas infelizmente nem sempre isso é possível.
Para o perito, além do conhecimento específico de sua área, é muito importante
o conhecimento básico da legislação, inclusive de seu código de ética, de como
responder a um quesito e como realizar a redação de laudo.
3º - Em que
situação o profissional PSICOLOGO OU PSIQUIATRA é solicitado?
O psicólogo e o psiquiatra forense são chamados a
atuar quando existem dúvidas em relação a saúde mental de pessoas que estão em
litígio; quando é necessário traçar um perfil psicológico em determinadas
situações, como em caso de disputa de guarda; quando existem dúvidas sobre a
veracidade das informações fornecidas (ex: em casos de abuso sexual).
4º - Quem solicita o serviço do profissional, a
justiça ou as partes?
Tanto a justiça como as partes podem solicitar a
atuação do profissional forense. Sendo solicitado pela justiça ele é o perito
oficial, sendo solicitado pelas partes ele é o Assistente Técnico, também
conhecido como Perito Particular.
5º - Quais os compromissos e/ou riscos que o
profissional assume ao realizar uma avaliação de um réu?
Segundo Nerio Rojas, um renomado médico legista:
"O dever de um perito é dizer a verdade; no entanto, para isso é
necessário primeiro saber encontrá-la e, depois, querer dizê-la. O primeiro é
um problema científico, o segundo é um problema moral.”
Para maiores informações sobre o seminário e
inscrições, acessem o site www.captaeventos.com.br
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João
Maria Medeiros
Assessoria de imprensa
(84)
9144-6632 / 2226-9092
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