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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Retração de investimentos da Petrobras é tema de audiência

A Câmara Municipal de Natal realiza amanhã (19) uma audiência pública para debater “a atual situação de investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte”. O debate foi proposto pelo vereador George Câmara (PCdoB) e ocorre às 9 horas no plenário da casa. O objetivo da audiência é o de identificar causas, dimensionar efeitos e propor alternativas de enfrentamento para o problema do desemprego no setor petrolífero do Rio Grande do Norte.
 
São aguardadas as presenças de diretores do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro/RN) e da Petrobras, além de representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e de Entidades de Pesquisa Socioeconômica como o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/RN) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/RN).
 
Nos dois últimos anos a Petrobras adotou nacionalmente um novo plano de negócios baseado na elevação de investimentos nas áreas marítimas, sem uma previsão de novas aplicações nas atividades em terra, como é o caso do RN. Os efeitos dessa diretriz já se fazem sentir, sobretudo, na região oeste do Estado, com a extinção de milhares de postos de trabalho.
 
Em terras potiguares, onde somos um dos maiores produtores de petróleo em terra, a diretoria da estatal retraiu os investimentos na prospecção e exploração dos campos terrestres do Estado e priorizou as áreas com produção marítima ou onde o petróleo do Pré-sal foi descoberto. O resultado desta investida em áreas de produção terrestre como é o caso do RN foi a redução do número de trabalhadores diretos, o que ocasionou a não renovação de contratos com empresas terceirizadas provocando a demissão de milhares de trabalhadores e o enfraquecimento da economia regional.
 
No RN, a companhia vem apenas mantendo sua produção local, ausentando-se de investir nos campos em terra potiguares e passando a investir prioritariamente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, onde se concentra a produção em área marítima, inclusive o petróleo encontrado na camada do Pré-sal. Com isso, surgiu uma verdadeira onda de demissões em massa que já alcançou quase 3 mil desempregados e provocou o esfriamento da economia no Estado.
 
Arthur Varela
[arthurufrn@hotmail.com] 
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