Leonardo Sodré
Jornalista
São muitas as opiniões sobre a marcha em defesa do Machadão que o jornalista Eduardo Alexandre está patrocinando neste sábado, 14, às 14h, com saída do Papodromo.
Muita gente acha inócuo o movimento porque a decisão de derrubar aquela praça de esportes e construir a famosa Arena das Dunas já estaria tomada pelos governos estadual e municipal, por pressão do federal, que baixou a crista para a poderosa FIFA.
Outras pessoas acham que a marcha poderá ser o “start” de um grande movimento popular que poderia salvar o Machadão. É preciso considerar que os que defendem a preservação do patrimônio histórico não são contra a realização da Copa de 2014 em Natal. Apenas querem que a Arena das Dunas seja construída em outro local.
Muitos argumentos prós e contra já foram veiculados, debatidos, criticados, etc. Mas, existe um argumento incontido na mente de todos os que acompanham os sucessivos escândalos em todas as esferas de governo: a desconfiança.
O fato é que muitos e até aqueles que defendem a derrubada do Machadão não confiam nos governos. Será mesmo que a Arena das Dunas servirá para abrigar os esquálidos campeonatos de futebol de Natal? Quantos times de futebol existem na cidade que disputam um campeonato?
A marcha tem um expressivo significado, mesmo que ela não produza nenhum efeito prático. Ela vai mostrar para a História que pessoas inconformadas com a destruição de patrimônio público um dia lutaram por isso.
Vai mostrar a cidade, de forma pacífica, que um país, um estado e um município não pode se render à vontade de um órgão mundial que controla um esporte, a FIFA, principal interessada nos lucros que vêm dos campeonatos mundiais.
Vai mostrar a cidade que não necessário destruir um patrimônio para construir outro. Enfim, vai mostrar que existem munícipes que pensam e que amam a sua cidade, a sua História e a realidade em que vivem.
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