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A edição do Novo Jornal deste domingo (17) publica uma matéria com o advogado, ex-radialista e ex-apresentador de tevê José de Arimatéia, conhecido nos meios de comunicação em Natal como Zé Ary. O título da chamada para o caderno de esporte diz: “Aconteceu, torcida potiguar: achamos o Zé ary”. E a propósito, este blogueiro foi colega de trabalho de Zé Ari, por muito tempo, na TVU da UFRN, e sente-se à vontade de contar um causo passado nos estúdios da emissora ainda no antigo prédio da Cidade Alta, aliás, artigo publicado tempos depois no Diário de Natal, em 20/03/2002:
Ossos do Ofício
João Bosco de Araújo
Jornalista
Nosso companheiro de ofício, José de Arimatéia, que todos o conhecem por Zé Ary, trabalhou por muitos anos na imprensa esportiva local. Nos idos dos anos 70, ele foi trabalhar no canal 5 de televisão, que acabara de ser instalado em Natal, a TVU.
Zé Ary, muito esforçado, foi indicado para apresentar um programa de esportes, sua área predileta como profissional de comunicação. Certo dia, nos estúdios da TVU, o programa estava no ar, ao vivo, com a cidade inteira assistindo aos gols e comentários da última rodada. Porém, nesse dia acontece o inusitado: Inesperadamente, uma mosca começa a rondar o interior dos estúdios. Subitamente, aproxima-se do rosto de nosso dublê de apresentador. Sem pestanejar, Zé Ary olha disfarçadamente para os quatro cantos, mas continua a fitar àquela lente de tv, com os olhos fixos na câmera.
É então que começa a peleja e o impasse, uma batalha de segundos que mais parece uma eternidade. É de praxe, a famosa mosca de estúdios a infernizar profissionais do vídeo. Mas aquele bichinho voador não iria acabar com a carreira de nosso colega que estava apenas começando.
Sem contar o característico “um... dois... três...”, nosso ousado apresentador dá uma sutil disfarçada e numa ‘beiçada’ só, sem titubear, intercalando seus comentários, ingere, de imediato – e sem nenhum constrangimento – o inseto voador. Todos ficaram a olhar estagnados.
A equipe que o rodeava respirava aliviada e os nobres telespectadores? Estes, certamente, entraram em desespero, pois a maioria naquele momento estava a fazer sua refeição, justamente naquele horário, para ver os últimos gols da rodada do futebol.
Trata-se de um acontecimento realmente inusitado, cujo cenário faz parte dos ossos do ofício. Aconteceram outros, como o da grande área do ABC, mas aí é outra história.
Hoje, aposentado, José de Arimatéia dedica seu tempo ao trabalho advocatício, seu ofício de formação acadêmica, com escritório em sua residência de Morro Branco, ao lado de sua família, da qual, dois filhos também os são advogados.
A-con-te-ceu, Zé Ary!
JBAnota – Por volta do meio do ano de 2009, uma mosca também atanazou a vida do presidente norte-americano, Barack Obama, enquanto ele dava entrevista a uma emissora de tevê, matando (não ingerindo como nosso Zé Ary) o intruso inseto diante das câmaras.
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