Especialista comenta
medidas governamentais e aconselha autônomos durante este período turbulento na
economia
A
pandemia da Covid-19, além de mudar o comportamento da população brasileira,
também está afetando e muito o cenário econômico do país. Na última semana a
Bolsa de Valores brasileira sofreu duras quedas e deixou o mercado econômico
instável e temeroso diante dos obstáculos que estão por vir. Empresários e
trabalhadores também estão em alerta, principalmente pela mudança de hábitos da
população, que altera a forma de trabalho e o consumo.
Diante
de todo esse cenário, o governo propôs algumas medidas emergenciais para conter
o efeito econômico da nova doença. “A expectativa é, com essas medidas, injetar
mais dinheiro na economia, fazendo com que os empregadores consigam ter
condições de, mesmo com a redução de receitas, cumprir as obrigações com os
trabalhadores”, destaca Daniel Carvalho, contador e sócio da Rui Cadete Consultores.
Uma
das medidas que devem injetar cerca de R$ 46 bilhões na economia é a
antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS. A primeira
parcela deve ser liberada em abril e a segunda parcela em maio. Os aposentados
e pensionistas também vão ter o teto de juros de empréstimo consignado reduzido
e um aumento no prazo de pagamento. Além disso, há propostas que preveem
transferência de valores para o FGTS, o reforço ao programa Bolsa Família e
antecipação do abono salarial.
As
iniciativas governamentais também incluem a manutenção dos empregos neste
momento de crise. As empresas que fazem parte do Simples Nacional, por exemplo,
poderão pagar a parte do imposto destinado ao Governo Federal com seis meses de
adiamento, ou seja, o pagamento de 20/04 passa para 20/10, 20/05 para 20/11 e
20/06 para 21/12. “Essa medida auxilia dando folego para pagamento de despesas
por parte das empresas”, comenta Daniel.
Também existe proposta para o pagamento do FGTS ser favorecido com o
adiamento por três meses.
“Durante
este processo, o recomendado é que as pessoas consigam se organizar
financeiramente. O ideal é não criar pânico e manter o consumo e investimentos
da mesma maneira como já vinham fazendo, para garantir a circulação
financeira”, recomenda o especialista. Porém, há uma parcela da população que
deve sentir mais essa crise do que outras – são os trabalhadores autônomos, que
dependem do lucro diário para manter as contas em dias.
Para
auxiliar a essa parcela do mercado, o Governo Federal auxiliará cerca de R$ 20
milhões de trabalhadores sem carteira assinada, com R$ 200 por mês durante os
próximos três meses. Este auxílio foi divulgado nesta semana e pode dar um
alívio para os trabalhadores informais e autônomos. “Eles precisam se preparar
buscando uma forma segura de continuar prestando os seus serviços e até mesmo
para uma redução em seus recebimentos. Este é um momento de até buscar outras
formas de renda, com a oferta de outros serviços e produtos”, indica Daniel. [por assessoria de imprensa]
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