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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Padre Gleiber homenageia Monsenhor Walfredo Gurgel na data de seu aniversário

Monsenhor Walfredo Gurgel
Por Gleiber Dantas
@gleiberdantas – Florânia, 2 de dezembro de 2019.

Quando nasci, ele já não estava mais fisicamente entre nós. Para a fé católica, isso não significa ausência. A comunhão dos santos é o mistério que nos une a todos em Cristo, num eterno presente. Pelos laços familiares, mormente pela fé, não o tenho à distância, desde que o conheci, por intermédio de minha avó Neuza, que foi sua aluna, teve seu matrimônio por ele abençoado e foi, mais do que uma admiradora, uma devotada cultora de sua memória.

Em 1992, li “Um símbolo”, livro de Bianor Medeiros. Lembro que fiquei impressionado com sua biografia. Serviu-me de estímulo a perseguir a graça sacerdotal, que ele buscou com tanto amor, como revelam as cartas que escreveu, de Roma, para sua mãe Quininha, em Caicó, entre 1926 e 1932, material que conheci somente em 2008, quando de seu centenário. Ao ingressar no seminário, em 1995, conhecia-o ainda pouco.

Ele é o primeiro e sou o segundo descendente de José Calazâncio Dantas a ser sacerdote. Na vida político-partidária, nunca abriu mão de sua condição sacerdotal; não somente seu traje, mas sobretudo sua conduta de homem público revelava o padre, em profunda comunhão com a Santa Igreja e sua doutrina social. A oportunidade de fazer um mestrado em letras, na UERN, e empreender uma análise discursiva sobre o seu governo à frente do Rio Grande do Norte (1966-1971) deu-me condições de conhecê-lo ainda melhor e amá-lo mais ainda. Sou-lhe imensamente grato pelos benefícios que me tem concedido de buscar aperfeiçoamento na realização do ministério sagrado.

Monsenhor Walfredo nasceu há exatamente 111 anos, pelas 16h. Pode ser que aquela tenha sido uma tarde atípica, mas quem é de Caicó sabe que essa época do ano é comumente causticante. O calor daquele momento continua a me aquecer a alma. Sei que sua vida sacerdotal e de homem público pode muito estimular os clérigos da sua amada Diocese de Caicó e pessoas que acreditem ser possível realizar uma obra pública como ele a realizou, acima de cores partidárias, pautada nos valores do nacionalismo brasileiro. 

Ao Monsenhor Walfredo, minha gratidão, homenagem e fidelidade.

Foto de arquivo reproduzida do Novo Bar de Ferreirinha
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