Por Simone Norat Campos
Dentista - Casa Durval Paiva
CRO/RN 1784
A hemofilia
é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura; de transmissão genética e uma
deficiência na coagulação sanguínea, caracteriza-se pela ausência de um dos
fatores de coagulação (fator VIII-hemofilia A ou fator IX-hemofilia B). Acontece
em pacientes do sexo masculino. A odontologia vem buscando seus atendimentos
numa visão de tratamento mais ampla desses pacientes, cuidando de indivíduos
que tenham repercussão na região oral, não se restringindo aos dentes.
O
acompanhamento odontológico ocorre de forma cada vez mais precoce, como no caso
da odontopediatria, com prevenção e orientações educativas, a partir do
desenvolvimento pré-natal. O odontopediatra, no atendimento a bebês, crianças e
adolescentes tem um papel muito importante numa equipe de saúde no que se
refere a uma investigação durante o exame clinico, para um correto diagnóstico
e plano de tratamento, alertando assim para possíveis sinais característicos de
sangramento em cavidade bucal. É importante que o dentista tenha conhecimento
dos distúrbios de coagulação, bem como, das possibilidades de atendimento
odontológico.
Os pacientes
hemofílicos precisam de um atendimento odontológico especializado, pois a
coagulação é mais demorada provocando hemorragias frequentes. O atendimento
pode ser feito desde a prevenção até a extração dentária, porém, esta exige que
o dentista entre em contato com o hematologista para que o paciente tome o
fator de coagulação VIII ou IX antes do procedimento, para que fique em nível
de coagulação normal. Deve-se evitar a anestesia troncular (aplicada na região
retromolar na mandíbula) devido ao risco de formar hematomas e sangramento ou
na área ao redor da faringe, que pode levar a obstrução das vias aéreas
superiores, podendo levar o paciente a morte devido à alta vascularização dessa
área.
É importante
salientar que uma boca sadia, com gengivas saudáveis e dentes limpos não sangra
espontaneamente, nem mesmo nos pacientes com distúrbio da coagulação.
Sangramento espontâneo na gengiva se dá pela presença de restos alimentares,
causados pela má escovação, onde o paciente com medo que sangre mais, deixa de
escovar, inflamando a gengiva e favorecendo ainda mais o sangramento, daí a
importância de uma higiene bucal adequada e da prevenção com flúor no dentista,
evitando também o aparecimento da cárie dentária. A higiene bucal deve ser
mantida mesmo na presença de sangramentos gengivais. Esses sangramentos
denunciam a necessidade de melhorias da própria higiene oral e, principalmente,
da necessidade da visita a um dentista.
Restaurações,
tratamento endodôntico (de canal), ortodontia (aparelho dentário), raspagem de
tártaro, podem ser realizados desde que adequados a cada caso.
As medidas
de higiene oral, escovação e uso do fio dental devem sempre ser reforçadas e
estimuladas constantemente junto aos pacientes, de acordo com as devidas faixas
etárias. Na Casa Durval Paiva são atendidos pacientes, tanto crianças, como
adolescentes, com distúrbios da coagulação, como os pacientes hemofílicos,
estes recebem tratamento odontológico preventivo, educativo e curativo.
É importante
salientar que o dentista não deve ter receio em atender o paciente hemofílico,
desde que bem orientado quanto aos cuidados e o médico hematologista deve ser
consultado sempre que necessário.
Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval
Paiva
Assessoria de Comunicação
Foto relacionada à divulgação
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