Data este ano acontece em momento de crise
em decorrência da alta do trigo e de mudanças nos processos produtivos
Comemorado
nesse domingo (08), o Dia do Panificador será festejado pelo setor da
panificação potiguar na próxima sexta-feira (13) em festa realizada na AABB,
quando deve reunir associados da Associação dos Industriais de Panificação e
Confeitaria do RN (AIPAN|RN) e filiados ao Sindicato da Indústria da
Panificação e Confeitaria do RN (SINDIPAN|RN), além de convidados. Apesar do
clima de comemoração, a data este ano acontece em um momento considerado
delicado para os empresários do setor.
Eles amargam
um reajuste de mais de 30% na farinha de trigo em decorrência da greve dos
caminhoneiros, ocorrida entre o final de maio e início de junho deste ano.
Alguns panificadores foram obrigados a repassar parte desse prejuízo ao
consumidor final, mas a expectativa é de o preço da principal matéria-prima não
permanece com essa alta. Por isso, muitos optaram por não fazer o repasse
integral do reajuste.
Outra
polêmica que acompanha o setor: a concorrência desleal de padarias informais
que insistem em vender o pão francês por unidade e com o peso abaixo do
estabelecido pela Lei de Defesa do Consumidor: os que optam por essa modalidade
devem oferecer o pãozinho por 50g a unidade. No entanto, não é isso que
acontece. “Nós verificamos essa prática com mais frequência nas padarias
localizadas nas periferias, pois as dos bairros mais centrais vendem o pão
francês por quilo, o que acaba sendo mais justo para o consumidor. Quem compra
o pão por unidade, mas com o peso abaixo de 50g está sendo enganado”, esclarece
o presidente da AIPAN, Eliezer Marques.
Os
empresários do setor atentos à busca por melhorias e se diferenciar da
concorrência, têm buscado conhecimentos e práticas para reduzir custos e
incrementar os negócios, como por exemplo, investindo em produtos e serviços
diferenciados. Uma das tendências do mercado nacional é a aposta em tecnologias
para incrementar técnicas de produção e reduzir custos, a chamada Indústria
4.0. “No entanto, como a nossa indústria da panificação potiguar é ainda muito
artesanal, a orientação da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e
Confeitaria (ABIP) é de investir em fermentação natural, visando tornar o
produto o mais natural possível, como uma forma de atender ao consumidor mais
exigente, que deseja o pão livre de produtos químicos”, aponta Ivanaldo
Oliveira, presidente do SINDIPAN.
Essa redução
na industrialização, que se mostra uma tendência forte em nível nacional, tem
sido aderida por panificadores locais: algumas padarias em Natal têm investido
neste sentido. Os empresários interessados em seguir nessa linha contam com a
orientação das instituições SINDIPAN e AIPAN que, com o apoio de parceiros como
os moinhos, prestam capacitação e disponibilizam técnicas para o
desenvolvimento de produtos com fermentação natural.
Diferenciais
como esse colocam na frente os empresários que participam das atividades das
instituições representativas do setor. E é este o desafio atual de seus
representantes: atrair mais panificadores para que se filiem e participem das
atividades – palestras, treinamentos, encontros, eventos – de modo que unidos,
possam se fortalecer. “Nós oferecemos a possibilidade de o panificador se
atualizar e organizar os seus negócios, com orientações em todas as áreas, para
que possa reduzir desperdício, reformar a padaria, organizar os controles
internos e tenham uma visão melhor do mercado. Mas depende de cada um colocar
em prática, para que todo o setor ganhe”, reforça Eliezer. [Por Assessoria de Imprensa]
Imagem relacionada à divulgação
0 comentários:
Postar um comentário